Início de
atividades:
Janeiro de 2016
Discos lançados: “whocantbenamed” (2017)
Formação atual: Kalyl (baixo e voz), Vicente “Mad Butcher” (bateria) e Vinícius Martins (guitarra)
Cidade/Estado: Mossoró/RN
BD: Como a banda
começou? O que os incentivou a formarem uma banda?
Kalyl Lamarck: Nós três já nos
conhecíamos de outros projetos paralelos, atuamos no cenário Rock/Metal local
há algo em torno de uma década. Isso permitiu que os interesses em comum fossem
convergindo e canalizados para a consolidação do grupo. Daí, já imaginávamos
que se nos uníssemos em uma banda, algo legal poderia sair como resultado,
principalmente da característica de sermos muito dedicados.
BD: Quais as
maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?
Kalyl: Nossas
principais dificuldades são geográficas para tocar nos grandes centros. É uma
verdadeira epopeia sair de Mossoró/RN para tocar em qualquer cidade do Sudeste,
por exemplo, já que nosso aeroporto mais próximo fica há quase 300km, com acesso
através de estradas perigosas e preços caros de passagens. Isso já impõe um
custo e esforço muito altos para qualquer giro que pensemos em fazer.
BD: Como estão
as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com
regularidade? A estrutura é boa?
Kalyl: Consideramos
nossa cidade com uma estrutura privilegiada para produzir eventos de Metal/Rock,
já que é bem localizada, pois está entre duas grandes capitais (Natal e
Fortaleza), além de se compararmos a outros panoramas na região, é muito fácil
conseguir local para realizar evento de Rock a um preço baixo, a exemplo do
Carcará, um clube que fornece já estrutura de palco e som, sempre com ótimas
oportunidades aos produtores. Isso se reflete na quantidade de bandas que
passam mensalmente pela cidade. Com certeza é uma das cidades mais ativas em
relação a show no Nordeste. Isso não quer dizer, claro, que seja uma produção
rentável, mas tão somente viável, já que estou comparando com as dificuldades
enfrentadas Nordeste afora e que são tremendas.
BD: Hoje em dia,
muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo,
e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de
comentário?
Kalyl: Encaramos isso
como um comentário de alguém antigo, que se cansou ou não sabe onde ouvir
ótimos sons. A quantidade de bandas excepcionais hoje é assustadora. Eu prefiro
o cenário atual, gosto de ouvir bandas sem ter massiva imposição de gravadoras
como antes, que tenham boa qualidade de gravação e uma produção independente
que nos inspire.
BD: Em termos de
Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?
Kalyl: Nós não
conseguimos enxergar o cenário brasileiro como algo ruim. Só não podemos
ignorar a questão cultural de uma população que gosta de farra, festas e a
música é som ambiente; além da geografia do país que torna o translado muito
caro, e do protecionismo acarretado pela questão tributária que dificultam
bastante o alavanco de bandas de Metal/Rock a produzirem discos, possuírem equipamentos,
viajar para fora sem, para tanto, arcarem com taxas abusivas. No entanto, nunca conhecemos outra realidade,
nos resta tentar se adaptar e superar as barreiras.
BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.
Kalyl: Agradecemos o espaço do Metal Samsara, gratidão pelo suporte! Aos leitores, queremos convocar pra tomar uma com a gente, bater cabeça e dar o sangue quando passarmos ae na sua cidade! NO GODS, NO BULLSHIT!!
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