Formação atual: Werner Lauer (baixo,
vocais), Udo Lauer (guitarras), Francisco Neves (guitarras, backing vocals),
Victor Oliveira (bateria).
Cidade/Estado: Londrina/PR
BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?
Victor Oliveira: em 2014 a cena de Londrina estava meio em baixa, e
queríamos fazer algo para tentar mudar isso, sendo assim o Werner e o Udo refizeram
a INVISIBLE ENEMY e me chamaram para
a batera e o Cláudio para a guitarra.
Nesse tempo, mudamos o nome da banda para TERRORSPHERE
fazíamos um Thrash Metal com influências de SEPULTURA e SLAYER. Só
que essa formação foi meio curta, o Cláudio
fez apenas 3 shows e saiu da banda. Nessa época eu fiquei um tempo fora também
e a banda ficou inativa. Algum tempo depois, o Francisco entrou na TERRORSPHERE
trazendo com ele a influência do Death Metal, funcionou muito bem com as
composições próprias. Os shows também foram aparecendo nessa época e o
entrosamento aumentando, sendo assim decidimos registrar essas músicas, o
resultado foi o “Blood Path”.
BD: Quais as maiores dificuldades que estão
enfrentando no cenário?
Victor: Pra ser sincero, a dificuldade é a mesma de qualquer
outra banda, não é fácil manter uma banda hoje em dia, custos com equipamento,
ensaio e transporte. Além das pessoas moralistas te julgando pelo fato de você
ser Headbanger e ter uma banda de Metal.
BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de
Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?
Victor: Londrina ultimamente tá muito legal em termos de
bandas. Temos os amigos do ACID BRIGADE, CORPSIA, HELLPATH, HERETICAE,
GURO, THUNDERLORD levantam a bandeira do Metal Pé Vermelho com a gente, e particularmente,
nós da TERRORSPHERE somos muito
gratos a grandes bandas como SUBTERA, DOMINUS PRAELII, PACTUM, DHUEND e PSICODEATH por colocar o nome de
Londrina no mapa. Temos vários parceiros e através deles conseguimos tocar com certa
frequência. Recentemente tocamos ao lado de bandas que sempre ouvimos tais como
CLAUSTROFOBIA, NERVOCHAOS e o show solo do WARREL
DANE, foi muito gratificante pra nós poder dividir o palco com esses
ícones.
BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal,
já que grandes nomes estão partindo e outros parando. Mas e vocês, que são uma
banda, como encaram esse tipo de comentário?
Victor: Grandes bandas se vão, mas muitas aparecem, o Metal
sempre surpreende. Que fã do Death não ficou contente com o surgimento do GRUESOME? Os que abrem a boca para falar do fim do Metal
certamente não pararam para ouvir as bandas novas.
BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o
cenário dar certo? Qual sua opinião?
Victor: Falta, na verdade, maturidade a população, pois para
eles o Headbanger é estereotipado como vagabundo. No Brasil o nível cultural é
muito baixo, onde o que prende a atenção são músicas com letras pobres e fácil
compreensão e alta conotação sexual. E é isso que a mídia transmite para eles
tomando espaço das bandas. Na cena o número de bandas cover vem aumentando
muito, você vê grandes músicos que poderiam estar compondo coisas muito legais
perdendo tempo tocando músicas de outros.
BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.
Victor: Agradeço em nome da TERRORSPHERE ao Metal
Samsara pelo espaço e a todos que vem acreditando e apoiando o trampo da TERRORSPHERE. Nossa motivação parte
daí. Valeu!!
Or order the album digitally now from iTunes and Amazon.
»Dear Desolation« was produced, engineered, mixed and mastered by Will Putney at Graphic Nature Audio in Belleville, NJ. Artwork was created by Eliran Kantor (HATEBREED, TESTAMENT, ICED EARTH, SODOM).
"Brutal, orchestral, aggressive, melodic, fast, subtle and above all to the point!”
ROCK TRIBUNE (B)
"This highly orchestrated album sounds as much like an opera as symphonic metal can without losing its edge. Simone Simons’ vocals are flawless and haunting. Mark Jansen, guitarist and growler, out does himself as chief composer and has ramped up his writing to the caliber of NIGHTWISH and beyond.”
ANTI HERO MAGAZINE (UK)
"Fifteen years into a career brimming with highs and unfathomable artistry, EPICA continue to shine.”
METAL HAMMER (UK)
Today, EPICA release their long-awaited EP, »The Solace System«, which includes six brand-new songs, written and recorded during the process of their latest album »The Holographic Principle«. After unveiling the 2nd episode of their animated video-series in the form of a spectacular music video for 'Immortal Melancholy' on Tuesday via BILLBOARD, and starting their massive “Ultimate Principle Tour – North America” on Thursday, these Dutch Symphonic Metal giants now present the unboxing video of their exclusive boxset entitled »The Holographic Principle - The Ultimate Edition«! Be quick if you want to add this stunning box set to your collection as our stock is close to SOLD OUT!
»The Solace System« was recorded, mixed & mastered by team Joost van den Broek and Jacob Hansen. The video clip was produced by anime-master Davide Cilloni. The splendid artwork is once again by the hand of Stefan Heilemann.
Simone Simons (vocalist) comments on the EP:
"During the early writing process of »The Holographic Principle« we found out that we were blessed with a huge amount of songs. The songs that didn't fit on our album are now available for you on this special EP! I hope you guys will enjoy these songs as much as we do!"
And there’s more good news! Nuclear Blast has recently re-released two ancient albums of EPICA, »Design Your Universe« and »The Divine Conspiracy«, on vinyl. Each album is available in two different colours.
Formação atual:
Duzinho (vocais), Leandro Violla
(guitarras), Chapolin (guitarras), Vic Escudero (baixo), Pedro Bertti (bateria)
Cidade/Estado:
Mococa/SP
BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma
banda?
Duzinho: Meu
sonho sempre foi trabalhar com música. Eu era muito novo quando o Metal
atravessou meu caminho com BLACK SABBATH.
Eu tinha uns 6 anos em 1989 e tive minha infância regada a MTV dos tempos
áureos. Imitava no quarto artistas como Axl
Rose, James Hetfield, Kurt Cobain, Chris Cornell, Bruce Dickinson... E isso
sempre foi me motivando a ser um vocalista. Encontrando ao longo do tempo
outras influencias, eu conheci o Violla
em 1998, tínhamos 15 anos e começamos a conversar muito sobre muitas bandas que
escutávamos. Ele me apresentou algumas coisas, eu também apresentei a ele e
isso veio a somar nossos pensamentos de formar algum projeto. Trabalhamos num power
trio de Rock nacional por mais de um ano, onde eu era baterista e ele baixista,
mas não era isso que eu realmente queria.
Em 2007 começamos a trabalhar com um projeto nosso, uma
banda que desde sempre falamos em criar. Começamos até a já ir compondo músicas,
mas não deu pra manter a formação e os trabalhos extras tanto meu quanto do Violla fizeram com que isso se
encerrasse no mesmo ano.
Quando juntamos uma nova turma de amigos em 2012, eu comecei
a participar dos ensaios de uma banda dele e do Chapolin e pós algumas vezes cantando, Violla me convidou a formar mais uma vez nosso projeto. E
convidamos o próprio Chapola pra
fazer a segunda guitarra, o baixista que tocava com eles na época e meu primo Pedro na bateria, que sempre me cobrou
de fazer algum som num final de semana. Somado isso, eu tinha acabado de
assistir um show de uma das maiores influencias minha em particular, o PROJECT46, que fazia tudo o que eu
sonhava. Metal pesado, crítico ao sistema e cantado em português. Estava então formada a MELANIE KLAIN que começou a trabalhar em Janeiro de 2013.
BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no
cenário?
Duzinho: Hoje a
internet facilitou muito a exposição do trabalho para uma gama maior de
pessoas. Porém isso tem que ser feito de forma crescente e profissional. Não
adianta apenas soltar as musicas em algum player ou criar uma página em alguma
rede social. Você precisa manter o trabalho ativo. E isso custa tempo... Esse
fator que normalmente se torna algo difícil de conciliar. Mas temos que manter
o pensamento fixo que só com o trabalho é que se mantém o nome em destaque no
cenário.
Fora isso, acredito que mesmo trabalhando de forma mais
ativa o nome de sua banda, os ouvintes do gênero ainda estão muito presos em
suas zonas de conforto em não disponibilizar atenção as novas bandas. Não
generalizo, mas isso se torna uma barreira a se superar. Você como banda, não
pode fazer com que as pessoas engulam a baixo o seu trabalho. Mas ficar
esperando acontecer também é um tiro no pé. Então a criatividade tem que estar
no mesmo ritmo em que novas bandas surgem. Isso de fato é bom, pois não tem
onde o público alvo reclamar. Mas é uma luta constante pra que você mantenha o
seu trabalho em divulgação.
A falta de espaço em eventos se torna algo complicado. Já
ouvimos muitos “não” em quase 5 anos. Festivais pequenos, grandes, bares, casas
noturnas... Tudo fica muito complicado quando você oferece “som autoral”. Bate
um pouco de desânimo ver uma banda cover ou tributo tocar muito mais que a sua
de música própria, mas ficar em casa lamentando sobre tudo isso também não dá.
Na grande maioria das vezes temos que usar tudo como uma fonte de inspiração e
focar no que realmente possa ser de grande serventia pra melhorar.
BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de
Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?
Duzinho: A
região sempre está em movimento. Eventos não faltam. A MELANIE KLAIN mesmo já fez alguma coisa por aqui em Mococa. Mas não
conseguimos manter uma boa sequência de apresentações. MOTIVOS: falta de
compreensão de alguns organizadores que não entendem que se temos que viajar,
precisamos de recursos pra nos deslocar. Algumas vezes (quase sempre) ouvimos
as frases, “vai ser bom pra sua divulgação”, “liberamos a cerveja pra banda”,
“ano passado lotou e esse ano vai dar mais gente pra ver o seu trabalho”... Tá
certo que precisamos dos palcos pra mostrar nosso som, mas infelizmente não
conseguimos tocar por conta de não podermos sair de nossa cidade. O dinheiro é
uma base forte em qualquer banda e também pra que se possam fazer eventos de
qualidade. No mínimo precisamos nos ouvir e ter segurança nos shows, o que
implica na qualidade dos palcos e tudo mais. Não temos um palco de Wacken, mas
é o que normalmente sempre falo, tudo depende do interesse de organização,
patrocinadores e público pra que essa qualidade física seja boa.
BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal,
já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma
banda, como encaram esse tipo de comentário?
Duzinho - É
difícil bater de frente com o “tradicionalismo” de muitos fãs. E quando isso se
torna uma venda e um tampão nos ouvidos, se declara uma guerra. Bandas
iniciantes reclamam que não tem espaço, alguns fãs reclamam da qualidade
inferior dessas bandas... Acaba virando um circulo vicioso. Metal é tipo o Jason
Voorhess.
Já tentaram matar ele de tudo que é jeito. Mas ele sempre volta, e volta cada
vez mais FODA e puto da cara. É uma comparação meio tosca, mas é assim que
funciona. Acredito que deva existir um respeito dos fãs para com as bandas que
estão tentando aparecer agora. Ouça, avalie e se existir algo a melhorar, faça
uma crítica construtiva.
Isso é
bom... Eu sei que vão existir alguns músicos que não conseguirão absorver isso
e acabar falando um monte de asneira. Assim também como alguns fãs de Metal que
chegam com os dois pés no peito da banda quando não se precisa fazer isso. A
base de tudo é o RESPEITO como disse acima.
Nós da
MELANIE KLAIN estamos quebrando
muitas barreiras. Banda autoral, sem rotulação de estilo, com uma mulher na
formação, que canta em português e critica a forma de vida da sociedade. Isso é
a receita da desgraça, se for falar a verdade. Pois muitos torcem o nariz pra
todos os itens, ou pelo menos pra algum. Mas pensamos que se nós cinco gostamos
do nosso som, vão aparecer cinco amigos, com mais cinco amigos, com mais cinco
amigos que vão gostar também e assim por diante. Procuramos passar nossa
mensagem e fazer Metal. Pra quem quiser ouvir, seja bem-vindo. Pra quem não
quiser, paciência.
BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário
dar certo? Qual sua opinião?
Duzinho - Como já falei... CURIOSIDADE DO PÚBLICO EM PROCURAR NOVAS BANDAS. O apoio, incentivo
e presença nos eventos e redes sociais são de praxe pra todos. Mas sabemos que
essa tal “preguiça” é um veneno. Eu vejo a mídia especializada no Underground
Nacional divulgar material novo todo dia. Isso é lindo... Pois mostra a força
do nosso cenário e competência dos envolvidos. Se tem público presente, com
certeza terão as bandas pra fazer esse pessoal se matar nos “CIRCLE PIT” e
balançar a cabeça em casa, no carro, na rua, em qualquer lugar.
Acredito que se esse interesse ficar mais forte, conseguimos
expandir ainda mais essa filosofia de “união”. É triste saber que temos uma
gama muito grande de bandas, mas ao mesmo tempo não ver essas bandas todas na
estrada. Eu sei que é muito difícil viver de música. E mais difícil ainda ter
uma qualidade de vida melhor se você já está vivendo do Rock/Metal. O Pompeu do KORZUS disse uma vez, que os artistas desse tal “universitário” POP
que domina o mercado musical hoje estão em alta, tem algo em mente que
infelizmente a maioria de nós aqui não tem. Isso engloba todo mundo. Bandas,
ouvintes, mídia... Que é questão de fazer grana. “Ah Duzinho, deixa de ser mercenário”. A questão nem é ser
mercenário... Mas você já parou uma vez pra ver o tamanho da estrutura que os
shows desses artistas têm? Tudo bem e certo que é o som da massa, o cara que
ouve tá se fudendo se está afinado, se tem conteúdo ou se aquilo transmite uma
mensagem positiva. Mas eles se uniram em torno de um objetivo e um vai puxando
o outro. Nome disso??? União.
Vende fácil? Vende muito fácil. Mas precisamos dar mais
atenção a quem realmente está disposto a fazer algo em prol do estilo. Procurar
e divulgar melhor o trabalho de sua banda. Melhorar os pontos fracos e evoluir
musicalmente. Parcerias são extremamente necessárias. E termino dizendo aquela
frase feita. “Se não vai ajudar, não atrapalhe”.
BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.
Duzinho -
Esqueçam as diferenças e vamos ficar mais unidos. Focar no trabalho de
divulgação. Independente de estilos ou gêneros, o respeito é a base tudo. Nós
que movimentamos esse cenário e ele em movimento ninguém segura. Vamos ter
paciência com quem está começando e apoiar principalmente. Acredito que todos
nós que temos banda, procuramos evoluir em um processo gradativo, mesmo que
seja devagar. Desistir não está nos planos, mas precisamos desse apoio de
todos.
Muito obrigado a todos vocês que acreditam e nos incentivam.
O Rock/Metal é um patrimônio nosso, então vamos cuidar com mais atenção.
Obrigado demais pela oportunidade, Marcão. Vejo seu esforço
em ser mais um pilar do Underground Nacional. Obrigado também a Gleison Junior pela divulgação e a
todos os evolvidos.