IM: AMORPHIS started as a Death Metal band and you added Progressive
and Folk Metal to your style... Why?
Esa Holopainen: Why not? Hehee... Seriously speaking we got
bored repeating ourselves and death metal as a form of music didn't offer any
challenges to us. I mean, it’s fine to play death metal and I totally respect
old school bands that are still around like ENTOMBED (is it A.D. these days) and GRAVE.
IM: On the second and third albums, the lyrics
were based on Finland’s famous poetries. Is there a particular reason for that?
Esa: Those old poems are telling stories where
people in Finland used to believe before christianity took over. It’s about old
traditions and old gods that seem to fit our music perfectly. Luckily there are
still bunch of people who believe in nature laws rather than in a guy who lived
2000 years ago and walked around the desert.
IM: You are one of Finland’s most famous band. How
do you see that?
Esa: Flattering, of course. We’ve done a lot of
work and it’s not been easy to come where we are. The career has been like a
rollercoaster ride. We’ve faced up and downs but I can’t complain, last ten
years has been really, really good.
IM: You guys used some poems to compose some songs
lyrics, how was this process?
Esa: We have a friend named Pekka Kainulainen, he has written lyrics for last five albums. The
process usually goes that we compose all the music and Pekka does the lyrics. Then we start to arrange lyrics into music.
It’s actually a quite long process.
IM: About the Latin American tour, how was it?
Tell us more about it.
Esa: It was amazing. We had so much good time and
met great people and crazy fans. Hehee... Absolutely fave countries were Brazil
and Colombia. I really hope to come back soon again.
Best regards,
Esa
Isabele Miranda is a journalist, press manager and owner of Maximus Metal Channel
IM: Os álbuns que
você cantou com GAMMA RAY foram
relançados e remasterizados com faixas bônus. O que você achou destas
reedições?
Ralf: Bem, no
início era um pouco estranho ouvir aquelas músicas que foram cantadas no álbum
original com vocais do Kai. Mas no
final eu me acostumei à isso, além do mais eu e o Kai (Hansen) somos grandes amigos, então eu não tenho nenhum
problema com isso.
IM: Existe alguma
chance de ter uma reunião de comemoração com a sua ex-banda GAMMA RAY? Sabemos que muitas pessoas
estão esperando ansiosamente por isso!
Ralf: Sim, eu
nunca diria não! Nós somos grandes amigos e vamos com certeza fazer algo juntos
novamente no futuro. Nós nos encontramos em Munique no ano passado e eu subi no
palco para cantar uma música com eles.
No momento não existe nada de definitivo, mas eu cantei no “XXX” álbum solo do Kai, e foi muito divertido!
IM: Recentemente
o vocalista Fabio Lione, disse em
uma entrevista ao site brasileiro Whiplash é seu fã, o que você acha disso?
Ralf: Isso é
muito legal da parte dele. Ele é um grande vocalista também e nós nos
encontramos no ano passado, em dezembro no Titans of Metal show. Ele é um cara
legal!
IM: O baterista brasileiro
Aquiles Priester, que é um dos
melhores bateristas do mundo se juntou à banda, mas por alguma razão ele não
permaneceu até o lançamento deste novo álbum. Por que ele não permaneceu na
banda?
Ralf: Simplesmente
não era possível para nós para lidar com a distância. Ficamos entusiasmados
demais por ter um baterista fantástico como ele trabalhando com a gente depois
do Randy, mas nós não pensamos nas
consequências. No final, conversamos de forma muito amigável em relação ao
desligamento dele do PRIMAL FEAR e
sempre teremos um sentimento muito respeitoso quando nos encontrarmos na
estrada.
IM: Aquiles
recentemente numa entrevista falou sobre as várias trocas de vocalistas na
banda dele, HANGAR, um dos motivos
que ele apontou foi que geralmente vocalistas são vagabundos, pois muitos acham
que estar numa banda é simplesmente chegar e cantar, o que acha dessa
declaração?
Ralf: Eu não
posso falar pelos outros. Não sei as razões para essas declarações, mas eu não
acho que isso seja basicamente uma coisa somente de “vocalistas”. É uma questão
de caráter e cada ser humano é diferente. Posso apenas dizer sobre mim, que eu
sou um cara muito confiável.
Isabele Miranda é jornalista, assessora de imprensa e proprietária do Maximus Metal Channel
Em termos de Metal extremo, o Brasil sempre foi uma
potência, e continua sendo. E pelo que este autor pode perceber, olhando para o
nevoento futuro, vai ser por muitos anos, talvez para sempre. Desde que os
avanços tecnológicos se fizeram mais acessíveis para todos que tenham
conhecimento suficiente para usufruir deles, o cenário brasileiro emparelhou em
qualidade com os outros países. E ainda temos a vantagem da latinidade que o
brasileiro tem em si, o que dá um toque mais pessoal e diferenciado aos
trabalhos gravados aqui. E por isso, o primeiro disco do veterano do Death
Metal carioca FORCEPS, chamado “Mastering Extinction”, é tão bom.
Na ativa desde 2006, enfrentando as dificuldades do
underground e as mudanças de formação, o grupo mostra-se mais maduro em relação
ao EP “Humanicide”, de 2012. As
influências de Brutal Death Metal técnico e esporrento à lá SUFFOCATION, ABORTED, CANNIBAL CORPSE e DYING
FETUS estão lá na maçaroca sonora do quarteto, mas a identidade deles pulsa
feroz e agressiva. Talvez a experiência de abrir para bandas como CANNIBAL CORPSE e outros tenham ajudado
o grupo a amadurecer mais e mais, a ponto de criarem algo pessoal, bem
trabalhado e agressivo de doer os ouvidos menos acostumados, mas requintado e
de muita qualidade. E nem mencionei a torrente de energia que flui desse disco,
que é absurda!
A produção de “Mastering
Extinction” ficou de alto nível.
Gravado no estúdio Mamute Records, tendo a produção de Doug Murdoch e Emmanuel Ivan, as partes de guitarras e baixo foram gravadas pelos ex-membros Raphael Gabrio e Fernando Alonso. Mas eles
souberam escolher timbres fortes e agressivos, e mesmo com a afinação baixa e o
nível de brutalidade nas alturas, se consegue compreender sem esforços o que a
banda está tocando. Sim, a gravação é bem cuidada e com um insight de limpeza enorme.
A arte gráfica é de Rafael
Tavares, dando um corpo às idéias transmitidas pelas letras do grupo. E
nota-se certo feeling “Lovecraftiano” na arte, aquela atmosfera de horror que
certas capas de discos de Death Metal dos anos 90 causavam nos fãs. Aquele
sentimento que faziam com que todos nós quiséssemos ouvir o disco ainda mais.
Sendo mais maduro e conciso que o “Humanicide”, podemos aferir que o FORCEPS galgou mais um degrau na escala evolutiva. Percebe-se que o
grupo está mais solto, mais fluído em cada uma das músicas, com os arranjos
assentando perfeitamente e tornando aqueles encaixes entre as partes das
canções ótimos. Nada é abrupto, desnecessário ou demais, tudo está bem justo. E
sem ser conceitual, todos os temas que são abordados nas letras de “Mastering Extinction” falam sobre como
a raça humana busca se imortalizar a qualquer preço, mas quão vazia é esta
busca.
Embora não seja um disco trivial, gostar de “Mastering Extinction” é simples. E em
suas 10 canções evidenciam como é importante para o quarteto manter uma solidez
absurda. Em “Atrocities” e “Transdifferentiated Nano-Cells”, a
técnica e peso da base rítmica sustentam uma saraivada insana de riffs intensos,
sempre com boas mudanças de ritmo e vocais guturais à lá Frank Mullen. “To Become
Gods” é uma sinistra narrativa que antecede a curta e explosiva “Mastering Extinction”, que como toda
faixa-título tem uma responsabilidade enorme, que ela supera graças às boas passagens
rítmicas e linhas harmônicas dos vocais (que assentam bem sobre a base
instrumental). Esses mesmos elementos de brutalidade e técnica recheiam “Consuming Nociception” e “Self-Imprisoned Singularity”, onde
baixo e bateria exibem uma técnica excelente pelo festival de variações de
ritmo (mas sem perder o peso e a coesão instrumental). Um pouco mais veloz que
as anteriores, sempre com um show da base rítmica, “Pineal Torture” chega com uma estruturação um pouquinho mais
voltada ao Death Metal clássico. Também um pouco mais voltada ao Brutal Death
Metal norte-americano dos anos 90 é “Human
Cryptobiosis”, que devido à duração de pouco mais de 5 minutos, está
recheada de boas passagens mais técnicas, e um trabalho complexo de guitarras e
baixo. Feita com efeitos sinistros, “The
Anthropogenic Era” é outra introdução que visa aclimatar o ouvinte para “Creating Ectogenesis”, uma torrente de
energia azeda e bem feita, com vocais urrados com boa dicção e toda uma
estruturação harmônica bem trabalhada, mas simples de assimilar.
Desta forma, o FORCEPS
escreve mais uma página em sua história de forma salutar. E ouvir “Mastering Extinction” é uma obrigatoriedade
para fãs de Metal extremo.
Ah, sim: após as gravações de “Mastering Extinction”, a banda recebeu em sua formação Thiago Souza para o baixo (que também
toca no DEMOLISHMENT e no ENGINES OF TORTURE) e Bruno Tavares para as guitarras (que também
é do DEMOLISHMENT e do VORGOK).