Por Marcos “Big Daddy” Garcia
A modernidade tem trazido mais e mais a necessidade do uso
dos famosos kits digitais a serem usados em resenhas.
Sim, o uso dos mesmos surge da necessidade das bandas, já
que o enfraquecimento das gravadoras (que investiam nas bandas), a expôs aos
uso do meio digital, e mesmo das plataformas na internet.
Por este motivo, este autor postou em sua página pessoal no
Facebook um mini-tutorial sobre como fazer um kit digital, o chamado presskit,
ponto onde muitas bandas estão falhando absurdamente.
As dicas:
Presskit (arquivo
compactado):
O que precisa
estar presente:
1. Músicas em boa
qualidade sonora: evite arquivos gigantescos, mas que as músicas estejam
com uma boa compactação. No caso de MP3, a compactação 320 Kbps seria uma boa
alternativa (é um padrão usado por muitos, inclusive). Frisando: falamos da
qualidade de compactação de áudio, não da gravação.
2. Capa do disco:
o arquivo, em geral, a imagem deve estar em alta resolução, uma vez que
revistas necessitam que ela esteja assim.
3. Foto da formação da banda que GRAVOU o
disco: nem todos os sites o revistas usam, mas é bom ter a mão. E a foto
não deve ter o logo da banda.
4. Logotipo da banda
SEPARADO da foto: mais uma vez, nem todos usam, mas é bom ter à mão.
5. Release atualizado
e com as seguintes informações:
- Tracklist do disco:
porque o que tem de bandas que não numeram as canções e nem colocam informações
nos arquivos não é um número pequeno. E isso força o autor a ter que pesquisar
na internet, o que já é um gasto extra de tempo.
- Links de contatos:
Facebook, YouTube, Soundcloud, Bandcamp, página oficial na internet, e-mail de
contatos, enfim, tudo que tiverem de links da banda. Novamente: não force o
escritor a gastar mais tempo que o necessário.
- Formação QUE GRAVOU
o trabalho: é preciso dar crédito a quem tocou no disco.
- Uma pequena
biografia do grupo: com as informações mais essenciais, como qual cidade e estado
de onde vem, quando foi formada, bem como estilo e proposta sonora. E como falamos em biografia, conte um pouco da história do grupo de forma resumida, no máximo 5 parágrafos (não enfeite o pavão, não precisa, seja conciso).
- Dados sobre a
produção: quem produziu, mixou e masterizou, nome do estúdio, período de gravação,
nome do artista que fez a capa e a arte do disco. E se a banda tiver um selo,
que diga o nome e link da mesma.
- Link para audição:
se a banda possuir um vídeo oficial, lyric vídeo, ou mesmo uma ou mais faixas
do disco em questão para a audição, faça a gentileza de colocar os links no
release, pois economiza tempo.
6. Pelo amor dos meus filhinhos, TUDO ISSO EM UM ÚNICO ARQUIVO COMPACTADO: não dê mais trabalho que
o necessário, pois ficar dando download em arquivo por arquivo é um processo
repetitivo, chato e que toma tempo. E se não deseja que o disco seja divulgado
abertamente, use serviços de transferência de arquivos como o WeTransfer ou
mesmo o Google Drive.
Há ainda aqueles que preferem usar links digitais no
YouTube, Soundcloud ou Bandcamp. O autor não indica o uso dessa estratégia para
resenhas por muitos motivos, especialmente pela dependência de internet ativa,
o que como sabemos, nem sempre está à mão. Peço que se lembrem de que muitas
empresas de internet deixam seus clientes horas, e mesmo dias, sem o serviço,
basta olhar as reclamações no Facebook vez por outra (e que não são incomuns em
cidades distantes dos grandes centros).
Mas se insistir e for investir nas plataformas musicais da
internet, mantenham nas suas páginas do Facebook atualizadas os quesitos como
formação, biografia e links de contatos. O Bandcamp também oferece espaço para
isso. No YouTube, tenham a delicadeza de criar uma lista de músicas que permita
o escritor a retornar ao início de cada uma das canções.
E mesmo nesses casos da opção pelas plataformas digitais,
recomendo que enviem ao escritor foto da banda, release e a capa do disco.
Estas dicas nascem da experiência deste que vos escrever
como autor de resenhas.
Muitas vezes, escrevemos algo que não está correto e a banda
reclama. Mas quem nos nega a informação acertada é ela mesma, e tudo fica mais
difícil.
E sobre o tempo em que bati vezes seguidas acima, 5 ou 10
minutos para um autor que tenha que resenhar uma quantidade grande de discos, é
um tempo precioso. Pense se um autor tiver que gastar tempo com os pontos
citados em 10 resenhas. Serão 50 minutos/1 hora que foram gastos com fatores
que tomaram um tempo de uma resenha!
Antes que surjam discordâncias ou mimimis injustificados dos discípulos de Naruto (querendo ver o que está atrás do que está atrás, e em geral, arrumam problemas), não estou falando de mandarem discos físicos (pois estes contém 80% das informações que cito), mas de fazer um kit digital decente. É o seu trabalho que se torna valorizado.
Não é um tutorial perfeito, mas só de seguir essas dicas, já ajuda muito.