terça-feira, 22 de agosto de 2017

AYREON - The Source (CD Duplo)


2017
Nacional

Nota: 9,7/10,0

Tracklist:

Disco 1:

1. The Day That the World Breaks Down
2. Sea of Machines
3. Everybody Dies
4. Star of Sirrah
5. All That Was
6. Run! Apocalypse! Run!
7. Condemned to Live


Disco 2:

1. Aquatic Race
2. The Dream Dissolves
3. Deathcry of a Race
4. Into the Ocean
5. Bay of Dreams
6. Planet Y is Alive!
7. The Source Will Flow
8. Journey to Forever
9. The Human Compulsion
10. March of the Machines


Banda:


Arjen Lucassen - Guitarras, baixo, bandolim, sintetizadores, Hammond, solina strings
Ed Warby - Bateria


Convidados:


James LaBrie - Vocais (como o Historiador)
Tommy Karevik - Vocais (como o Líder da Oposição)
Tommy Rogers - Vocais (como Químico)
Simone Simons - Vocais (como a Conselheira)
Nils K. Rue - Vocais (como o Profeta)
Tobias Sammet - Vocais (como o Capitão)
Hansi Kürsch - Vocais (como o Astrônomo)
Michael Mills - Vocais (como TH-1)
Russell Allen - Vocais (como o Presidente)
Michael Eriksen - Vocais (como o Diplomata)
Floor Jansen - Vocais (como a Bióloga)
Zaher Zorgati - Vocais (como o Pregador)
Will Shaw - Backing vocals
Wilmer Waarbroek - Backing vocals
Lisette van den Berg - Backing vocals
Jan Willem Ketelaars - Backing vocals
Joost van den Broek - Piano
Ben Mathot - Violino
Maaike Peterse - Violoncelo
Jeroen Goossens - Instrumentos de sopro
Paul Gilbert - Guitarra solo
Guthrie Govan - Guitarra solo
Marcel Coenen - Guitarra solo
Mark Kelly - Sintetizadores


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Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Álbuns de Rock Progressivo ou de Prog Metal nunca são muito simples de serem abordados. Digo isso devido à forte carga técnica e às muitas variações instrumentais que existem em trabalhos do gênero. Muitos possuem a mais errada das idéias: que discos do gênero são cansativos, enfadonhos e entediantes.

Este autor costuma dizer que sempre surge um disco que quebra qualquer tipo de concepção errada, que coloca regras e dogmas no chão. E verdade seja dita: o multi-instrumentista e compositor holandês Arjen Lucassen é capaz de fazer qualquer um rever suas idéias, especialmente quando falamos do projeto dele, o AYREON. E o décimo disco de estúdio deste, chamado “The Source”, realmente é destruidor de concepções errôneas.

Musicalmente falando, temos uma mistura de Metal Sinfônico com elementos de Prog Metal e mesmo muita “vibe” de Rock Progressivo fluindo desse disco. Óbvio que esse tipo de mistura não é lá tão novo assim, mesmo porque o projeto já faz isso há quase 25 anos, mas a abordagem de Lucassen foge do trivial, pois mesmo os momentos mis complexos de “The Source” não quebram sua acessibilidade. Sim, é bem trabalhado, cheio de partes Progressivas e sinfônicas, mas mantendo um enfoque melódico (proposital ou não) de que o produto final possa ser assimilado por um público cada vez mais amplo. E isso com uma gama de vocalistas e músicos convidados que faz o conceito de Ópera Rock chegar bem perto de seu sentido mais interior: uma orquestra Heavy Metal, onde somente Lucassen e Ed Warby (baterista do GOREFEST nos anos 90) sejam os músicos que participam de todas as canções. E imaginem isso em um disco duplo de estúdio!

E como já é de praxe, montar uma sonoridade consensual e sólida com tanta gente assim é um verdadeiro parto sem anestesia. Só mesmo a batuta do maestro Arjen Lucassen na produção, mixagem e gravação para garantir isso, sendo que as vozes de James LaBrie, Hansi Kürsch, Tobias Sammet, Russell Allen e Tommy Rogers foram captadas por outros técnicos. E na masterização, Brett Caldas-Lima e Pieter Kop fizeram um ótimo trabalho, garantindo que “The Source” soe pesado, claro e coeso, como se todos estivessem trabalhando ao mesmo tempo e no mesmo estúdio (só o timbre da caixa que poderia ser um pouco mais bem acabado).

A arte, por sua vez, é um trabalho primoroso de Yann Souetre, que buscou retratar todo conceito da obra em sua arte, que ficou excelente, ancorando visualmente a música dos dois discos.

Como já é de praxe em termos de discos do AYREON, “The Source” é um disco conceitual, e apresenta a volta do grupo ao tema de ficção científica, em quatro diferentes partes (“The Frame”, “The Align of the Ten”, “The Transmigration” e “The Rebirth”). Mas óbvio que isso acaba forçando a banda a se superar musicalmente, a ir adiante e criar algo diferenciado. E conseguem, pois o disco é absurdamente ótimo.

É difícil achar uma música que se destaque, mas indicamos as seguintes:

No disco 1, indicamos a longa e variada “The Day That the World Breaks Down”, com suas melodias grandiosas e orquestrações singulares (fora belas guitarras), o belíssimo trabalho dos violinos em “Sea of Machines” e seus belos duetos e teclados, a graça sutil e Folk que surge espontaneamente em “All That Was” (que belíssimos vocais femininos!), o sabor mais agridoce de “Run! Apocalypse! Run!” e suas partes “heavyssívas” com ótimos teclados e bom trabalho de baixo e bateria, e a bem trabalhada e cheia de arranjos melodiosos “Condemned to Live”.

No disco 2, temos uma pedrada bem pesada logo de cara que se destaca, que é “Aquatic Race” e seus riffs mais densos (embora existam partes melodiosas bem envolventes), a mezzo lenta e mezzo pesada “The Dream Dissolves” (nas partes mais introspectivas, os teclados mostram arranjos belíssimos), a belíssimas partes vocais em “Into the Ocean” e seu jeitão Progressivo anos 70, a grandiosa e mais rápida “Planet Y is Alive!” (com muitas guitarras ótimas e uma base rítmica excelente), a cálida e intimista “The Source Will Flow”, a ganchuda e envolvente “Journey to Forever” com seu refrão excelente e seus arranjos Progressivos/Folk que remetem bastante ao Progressivo de nomes como YES e JETHRO TULL em certos momentos, mesmos elementos presentes em “The Human Compulsion”. E o encerramento quase agonizante e mecânico de “March of the Machines” nos chama à reflexão dos perigos de usar demais a tecnologia.

Grandioso e complexo, mas acessível e envolvente, “The Source” irá conquistar ainda mais fãs para o AYREON, sem dúvidas. E aproveitem a versão nacional, que a Hellion Records colocou nas lojas!




SODOMA - Mutapestaminação (Álbum)


2017
Selo: Altera Pars Records
Nacional

Nota: 9,7/10,0


Tracklist:

1. Audiatur et Altera Pars
2. Pesthereticanonica
3. 7Strega
4. Mutapestaminação
5. Libertinos
6. Devora-te
7. Ramaerata
8. Destrói Dei Verbum
9. Viperovz Papisa


Banda:



Hate Devoro - Vocais, baixo
Samidarish - Guitarras
Seth - Guitarras
Dagon - Bateria


Contatos:

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Bandcamp:
Assessoria: http://www.metalmedia.com.br/sodoma (Media Media)


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Uma banda com identidade já definida pode, entre um disco e outro, sofrer um processo evolutivo. Óbvio, mas acontece de forma que, muitas vezes, não somos capazes de prever. E quanto maior o intervalo de tempo entre dois discos, mais claramente se percebe a evolução de um grupo. E no caso do quarteto SODOMA (de João Pessoa, Paraíba), é evidente ao ouvirmos “Mutapestaminação”, seu novo álbum que acaba de sair, o quanto o grupo evoluiu.

Seis anos separam “Sempiterno Agressor” (penúltimo álbum da banda) e “Mutapestaminação”, e vemos que o Death/Black Metal do grupo evoluiu muito em todos os quesitos. Está mais bem acabado, mais agressivo que antes, com um jeitão um pouco mais envolto no Black Metal, de onde o trabalho atual herdou melodias sombrias. O nível de esporreira sonora do grupo cresceu ainda mais, sem dó os ouvidos alheios, mas ao mesmo tempo, a qualidade estética como um todo está em níveis estratosféricos.

Ou seja, “Mutapestaminação” é um disco infernal em todos os sentidos. Inclusive em ser um disco marcante para o gênero.

As nove canções do álbum passaram pelas mãos de Victor Hugo Targino na produção, mixagem e masterização. Mas o resultado é que, apesar de bruto e explosivo na agressividade, “Mutapestaminação” soa claro e limpo, com timbres instrumentais bem selecionados e pesados. Óbvio que tem aquela dose de peso e crueza que os grupos do gênero precisam ostentar em seus discos, mas a qualidade beira o soberbo.

A arte visual é de primeira, com uma capa desafiadora (feita por Rafael Tavares), layout inteligente, além da diagramação do encarte ser mais simples, mas eficiente e chega onde o grupo quer. E isso em um Digipack interessante, que já pudemos ver antes em bandas do Norte e Nordeste.

E se preparem, pois o SODOMA mostra que veio com sede de sangue e luxúria, soando mais agressivo e requintado que antes. Os arranjos estão muito bem feitos, preenchendo todos os espaços, sem contar que a entrada do baterista Dagon deu mais peso e diversidade aos ritmos do grupo. Maduro, requintado e agressivo até a raiz, é uma regurgitada brutal nos cornos de qualquer atrevido que lhes cruze o caminho.

Essa matilha se esforçou para criar um disco de quebrar os ossos e dentes alheios e fazer história. São nove massacres sonoros de primeira grandeza, cantados em português e mostrando letras bem construídas.

Melhores momentos: a insana e técnica “Pesthereticanonica” e sua tempestade de riffs e solos brutais (uma velocidade extrema, mas com boas mudanças rítmicas), o inferno veloz e opressivo de “7Strega” e seus vocais insanos (e isso sobre um instrumental muito bem feito), o ataque assassino de uma base rítmica sólida e técnica em “Mutapestaminação” (como a bateria está técnica, forçando o baixo a se superar), a libidinosa e provocante “Libertinos” e suas melodias brutais, a mais tradicional em termos de Death/Black Metal “Devora-te” (embora o trabalho dos vocais seja bem diferente do que conhecemos), as partes soturnas e mais cadenciadas da foice musical chamada “Ramaerata” (que guitarras as desse quarteto!), a carnificina de “Destrói Dei Verbum” e novamente a base rítmica cometendo um massacre de ótimo bom gosto (com técnica e um peso salutar), e a o holocausto de pecado e morte que exala da veloz “Viperovz Papisa” e seus vocais insanos (mas como os ritmos se alternam sem que a canção oca). E a introdução “Audiatur et Altera Pars”, que inicia o disco, serve para convocar todos os lobos dessa matilha para um massacre sonoro absurdo e de extremo bom gosto. Ou seja, falei de todas para mostrar como o disco é de alto nível.

Deixem-se seduzir pelo trabalho do SODOMA e unam-se à Matilha para uma caçada de sangue, morte e luxúria ao som de “Mutapestaminação”. Vão gostar da experiência!





DESDOMINUS - Without Domain (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 10,0/10,0

Tracklist:

1. Supremacia Underground
2. Opposition Warrior
3. Without Domain
4. False Creator’s Creator
5. The Other Side... (Atheist Mind)
6. Intro
7. Reality of Whispers Mine
8. Ejaculate in Your Stupidity
9. The Fall and the Vision
10. Judgement of the Souls


Banda:


Douglas - Vocais, guitarras
Willian Gonsalves - Guitarras, violão, vocais limpos
Ney Paulino - Bateria, narrações poéticas


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Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Existem discos lançados por bandas do Brasil que, mesmo com o desdém do fã nativo, se tornam clássicos com o passar dos anos. E ao mesmo tempo, vão ficando raros, esgotados, ainda mais nesses tempos em que as mídias físicas andam perdendo espaço para o formato digital. Por este motivo, podemos dizer que o selo Heavy Metal Rock é corajoso em disponibilizar mais uma prensagem para “Without Domain”, primeiro disco do DESDOMINUS, de Americana (SP). E tanto gravadora como banda merecem aplausos por isso.

O tempo não passa para “Without Domain”, mesmo depois de 14 anos desde seu lançamento original. E verdade seja dita: a vocação do grupo para criar um Blackened Death Metal melodioso à lá DISSECTION já era perceptível, naqueles tempos. Mas não se enganem: o grupo (um trio na época) já mostrava a que vinha naqueles tempos, que tinha talento e personalidade suficientes para criar algo grandioso, com linhas de guitarras que mostravam a mistura perfeita entre brutalidade e melodia, baixo e bateria com boa técnica, e com vocais bem rasgados típicos do Black Metal. E verdade seja dita: mesmo com esse tempo todo, a música deles não soa datada em nada.

Ou seja, “Without Domain” ainda é um disco maravilhoso.

A produção sonora que o grupo teve na época foi muito boa. Firme, suja nas devidas proporções para manter o trabalho agressivo, mas permitindo a compreensão do ouvinte, cada uma das faixas está com uma sonoridade muito boa. Mesmo nas faixas oriundas da Demo Tape “Judgement of the Souls” (de Junho de 1999) estão com boa sonoridade. Poderiam ser melhores, óbvio, mas elas não só encaixam bem no contexto da música do grupo, mas era o que se podia fazer na época.

A arte, por sua vez, ficou ótima para capa e contracapa, e o encarte poderia ter sido mais bem feito em termos de cores, com letras mais claras nesse fundo escuro. Mas ficou bom, e nessa versão, o disco é em Digipack, um atrativo a mais.

Com bom nível técnico e muita personalidade (inclusive vocais femininos podem ser ouvidos em “Reality of Whispers Mine”), o trio convence por uma música bem feita e agressiva, mas com lindas melodias dando total embasamento ao que eles podiam fazer. E não é pouco, inclusive com narrativas poéticas em nosso idioma no início das canções.

A rispidez e criatividade musical do DESDOMINUS transcendem todas as dificuldades, em especial a raivosa “Supremacia Underground” com seus vocais rasgados e boas mudanças de ritmo (entremeadas por boas melodias), a fúria brutal e trabalhada de “Opposition Warrior” (baixo e bateria mostram boa técnica e entrosamento), a bem feita e com arranjos fenomenais de guitarras e vocais “Without Domain” (alguns vocais limpos aparecem aqui e ali, bem como melodias surgem dos riffs do grupo), “False Creator’s Creator” e seu início com linhas de violão, que logo dão espaço à riffs melodiosos, um andamento um pouco mais lento e com boas variações rítmicas (com baixo e bateria guiando essas mudanças sem nenhum percalço), e o outro melodioso de “The Other Side... (Atheist Mind)”, feito com voz e violão. A idéia que de inicio temos é que “Without Domain” seria um EP, mas que recebeu a adição das faixas da Demo Tape “Reality of Whispers Mine”, onde vemos faixas ótimas como “Reality of Whispers Mine” e seus belas passagens de guitarras, a mais brutal e opressiva “Ejaculate in Your Stupidity”, a mais cadenciada e envolvente “The Fall and the Vision”, e os contrastes entre violência desmedida e partes melódicas introspectivas de “Judgement of the Souls” nos permitem ver que a banda se manteve consensual e fiel às suas raízes, mas sabendo evoluir.

No mais, o DESDOMINUS continua sua saga no Brasil, mas a facilidade de ter mais uma vez “Without Domain” é algo maravilhoso. Quem já tem a versão original vai querer pelo Digipack, e quem ainda não tem, enfim terá esta obra maravilhosa do Metal brasileiro.

Ouça sem moderação alguma!

MORCROF - Codex Gnosis Apokryphv: Portae Ex Solis Svrsvm Aqvilonem (Single)


2015
Nacional

Nota: 9,1/10,0

Tracklist:

1. Prealvdivm: Aperite Portae
2. Portae Ex Solis Svrsvm Aqvilonem


Banda:


Eziel Kantele-Väinö - Vocais
Brahmss Kermanns - Teclados
R’Bressan - Guitarras
C’Borges - Guitarras
Paullus Moura - Baixo, backing vocals
R’Herton - Bateria


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Assessoria: http://www.facebook.com/cangacorockcomunicacoes/ (Cangaço Rock Comunicações)


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O cenário Black Metal brasileiro, apesar dos muitos problemas existentes nele, é um dos melhores do mundo. Somente nessas terras existe a diversidade sonora em basta observar que cada vertente do Black metal existe por aqui. E honrando a velha escola, o Brasil tem o veterano MORCROF (de São Paulo), com seus 25 anos de experiência. E enquanto aguardamos a chegada de seu novo disco, vamos aproveitando do Single “Codex Gnosis Apokryphv: Portae Ex Solis Svrsvm Aqvilonem”, de 2015.

Ainda temos o bom e velho Black Metal soturno e de andamentos cadenciados, onde se tem a clara influência da escola grega, especialmente do VARATHRON, mas com melodias subjetivas e teclados à lá ROTTING CHRIST, mais a identidade própria do grupo. Os arranjos de teclados dão aquele teor mórbido e sombrio ao grupo, que possui um ataque de guitarras excelente (com ótimos riffs, onde as melodias têm sua origem), mais um trabalho técnico e pesado de baixo e bateria (pois manter esses tempos mais lentos interessantes durante todo o tempo não é algo simples de se conseguir), e ótimos vocais que oscilam entre timbres operísticos, guturais fúnebres e alguns momentos mais rasgados. É uma fórmula que, sabendo aplicar, não tem erro, ainda mais quando o grupo sabe ser criativo.

A produção consegue dar uma sonoridade que é sombria, mas clara para que compreendamos o que o sexteto está fazendo. Óbvio que a qualidade poderia ser melhor, já que os timbres de baixo e bateria poderiam mais bem definidos, mas mesmo assim, está em um nível bom. Aliás, talvez esse jeito mais cru e sujo seja mesmo o que a banda deseja, mas sem que afete a nossa compreensão.

O Single tem duas faixas: “Prealvdivm: Aperite Portae”, que serve como introdução para a sinistra “Portae Ex Solis Svrsvm Aqvilonem”, uma moenda de ossos pesada e azeda, cheia de linhas melódicas mórbidas, vocais que alternam de timbres, e a parte instrumental é pesada e intensa, além de muito bem feita. A canção ultrapassa os 8 minutos de duração, mas faz parte da identidade do grupo ser assim. É parte do que o MORCROF é, e sempre rende ótimos frutos.

No mais, aguardemos ansiosos por seu mais novo trabalho, que se chamará “.:.CODEX.GNOSIS.APOKRYPHV.:.arcano.verba.revelatio.:.” e deve estar quase saindo da forja de Hefesto. Mas até lá, ouçam este Single e o ao vivo “Live at the Brazilian Swamp”, para aliviar a ansiedade.