2017
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. Midnight Flyer
2. Star of Rio
3. Gemini
4. Sad State of Affairs
5. Jennie
6. Domino
7. Josephine
8. Space Whisperer
9. Something Mysterious
10. Saturn in Velvet
11. Just Another Night (Bônus Track)
Banda:
Björn “Speed” Strid - Vocais
David Andersson - Guitarras
Sebastian Forslund - Guitarras, percussão
Sharlee D’Angelo - Baixo
Richard Larsson - Teclados
Jonas Källsbäck - Bateria
Convidados:
Johanna Beijbom - Backing vocals
Åsa-Hanna Carlsson - Violoncelo
Martin Lindqvist - Saxofone
Contatos:
Site Oficial:
Twitter: https://twitter.com/NFO_Official
Youtube:
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: nightflightorchestra@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
E eis que o projeto THE
NIGHT FLIGHT ORCHESTRA, surgido do desejo do vocalista Björn “Speed” Strid e do guitarrista David Andersson (ambos do SOILWORK)
e do baixista Sharlee D’Angelo (do ARCH ENEMY, WITCHERY e SPIRITUAL BEGGARS) de explorarem um universo
musical diferente do que estavam acostumados, chega ao terceiro disco, “Amber Galactic”, que aporta esta terra
de Vera Cruz pela parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil.
Mas qual seria a sonoridade da banda, para aquele que não
são iniciados e ainda não conhecem o trabalho deles?
Para início de conversa, esqueça as bandas principais de
ambos, pois não vai encontrar nada daquilo no NFO. Aqui é o mais puro,
divertido, melodioso e descompromissado Classic Rock dos anos 70, com claras referências à
Soul Music da Motown, mais aquela aura do Rock e Rhythm’n’Blues, inclusive com
a presença de saxofones, violoncelos e backing vocals femininos. Basicamente, é
o som que existia antes do Metal apenas longe de ser datado com muito swing e
energia. E sim, extremamente pessoal e diferente, além das melodias que aderem
a nossos ouvidos e não saem mais.
Bom é apelido!
A produção de “Amber
Galactic” é excelente. O sexto tomou as rédeas do processo nas mãos, tendo
a engenharia sonora de Bengan Andersson,
a mixagem de Sebastian Forslund (que
também fez a arte gráfica do disco), mais a masterização de Thomas “PLEC” Johansson. Tudo para que
o disco soe espontâneo, com uma pegada mais “old”, mas longe de soar datado. E
sabe-se lá como, mas é isso que temos: o novo e o velho se mesclando de uma
forma que o vencedor é o ouvinte.
Arranjos bem feitos, um dinamismo musical enorme, boa
técnica (do jeito que as músicas pedem), cada um dos refrãos são altamente
pegajosos, e as canções são inspiradas (e sem perder a espontaneidade), onde
vemos que TOTO, SUPERTRAMP e outros
deixaram uma marca no grupo, sem, no entanto, fazer com que essas influências
fiquem aparentes (é bem trabalhoso percebê-las). Por isso o trabalho da banda
transcende muito rótulos. É THE NIGHT
FLIGHT ORCHESTRA, e ponto final!
E não, esqueçam, destacar uma ou outra canção de “Amber Galactic” é um sacrilégio! Ouçam
o disco de ponta a ponta!
Para uma referência inicial, indicamos a sedutora e ganchuda
“Midnight Flyer” e seus andamentos
de primeira (fora o trabalho dos vocais estar magnífico, fora as ótimas guitarras),
o belo trabalho de backing vocals e arranjos de baixo e bateria em “Star of Rio” e em “Gemini”, a presença criativa dos teclados (que alinhavam
perfeitamente a música) e guitarras em escalas havaianas em “Sad State of Affairs”, “Jennie” e seus ótimos arranjos quase
Pop dos teclados (tem bastante da pegada Pop dos anos 70 e início dos 80), “Domino” e seu jeito quase Disco Music (e
seu excelente refrão), a grudenta e de melodias acessíveis “Josephine” (outra com belos teclados, mas os vocais e backing
vocals estão em alto nível novamente e que refrão chicletoso do cão), o famoso “ouvi-gamou”
que permeia os arranjos de guitarras do Rockão de “Space Whisperer”, o típico AOR/Pop Rock “made in 1981-1982” de “Something Mysterious” (poderia
seguramente ser trilha sonora de filme ou de comercial de cigarros, com
certeza), e o Boogie provocante de “Saturn
in Velvet” com um groove essencial na sessão rítmica. E sem mencionar a
ótima faixa-bônus, “Just Another Night”,
uma versão bem personalizada do grupo para o velho hit de Mick Jagger, vindo direto do primeiro disco solo dele (“She’s the Boss”, de 1985), que aqui
soa um pouco menos eclético que o original, mas igualmente excelente, inclusive
pelo ótimo solo de saxofone.
Mais uma vez, sou forçado a falar de todas as canções, pois
não há uma delas que seja especial, favorita ou melhor que as outras. O disco
inteiro é maravilhoso.
Aproveitem, pois o disco é sensacional, e vai te ganhar de
vez, sejam fãs de Metal, Rock, saudosistas do Pop dos anos 70 ou 80... Basta
estar vivo para gostar de “Amber Galactic”!