terça-feira, 29 de agosto de 2017

ACCEPT - The Rise of Chaos (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 9,6/10,0

Tracklist:

1. Die by the Sword
2. Hole in the Head
3. The Rise of Chaos
4. Koolaid
5. No Regrets
6. Analog Man
7. What’s Done is Done
8. Worlds Colliding
9. Carry the Weight
10. Race to Extinction


Banda:


Mark Tornillo - Vocais
Wolf Hoffmann - Guitarras
Uwe Lulis - Guitarras
Peter Baltes - Baixo
Christopher Williams - Bateria


Contatos:

Bandcamp:
Assessoria:

E-mail:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Alguns nomes no Metal são icônicos, apesar de não terem nos dias de hoje a projeção do seu passado de glórias. E o melhor exemplo para ilustrar estas palavras é o quinteto alemão ACCEPT. Antes de tudo, o grupo é o pai por direito do que viemos a chamar de “Heavy Metal Germânico”, com sua energia envolvente, corais e refrãos marcantes, e a base instrumental de primeira. Eles tiveram suas glórias maiores nos 80, pararam, voltaram nos 90, pararam, e desde que voltaram, estão mantendo o alto nível de seus discos. Que o diga o mais recente disco deles, “The Rise of Chaos”, lançado no Brasil ela Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil em mais uma parceria.

É preciso estabelecer algo: o disco não tem absolutamente nada de novo. Não, é apenas o bom e velho ACCEPT de sempre, com seu estilo melodioso, agressivo e marcante (o que já é bem mais que suficiente). Assim como “Stalingrad: Brothers in Death” e “Blind Rage”, podemos dizer que “The Rise of Chaos” honra o nome do grupo, mesmo estando longe do nível de seus discos mais clássicos.

As guitarras do novato Uwe Lulis (ex-GRAVE DIGGER, REBELLION) e do veterano Wolf Hoffman estão excelentes, om riffs envolventes e de fácil assimilação, e solos de primeira. A base rítmica de Pete Baltes (baixo) e do também novato Christopher Williams é sólida e pesada, mantendo a coerência e solidez dos ritmos das canções. E Mike Tornillo está cada vez mais entrosado, cantando bem e impondo agressividade em sua voz em cada uma das faixas. Talvez “The Rise of Chaos” tenha sua melhor performance em um álbum desde que entrou na banda.

Esclarecendo: “The Rise of Chaos” não inova, mas o ACCEPT precisa inovar mais o que?

A produção, mixagem, masterização e gravação são, mais uma vez, de Andy Sneaps. A parceria que vem dando certo não foi mexida, justamente para quilo que Wolf tem dito em algumas entrevistas: a fusão da velha essência e identidade do ACCEPT com uma sonoridade mais forte e “cheia” que os equipamentos modernos permitem. Dessa maneira, a sonoridade se torna híbrida, com muita energia e pesada, mas sempre com o feeling de que existe uma banda tocando.

A arte da capa e o layout são de Gyula Havancsák, artista húngaro que já fez capas para bandas como ANGELUS APATRIDA, ANNIHILATOR, DESTRUCTION, GRAVE DIGGER e outros. E a imagem da capa é icônica, deixando clara a idéia do título. E a versão nacional é em formato Digipack!

O que se pode dizer de “The Rise of Chaos” além de que é um dos fortes concorrentes ao Top 10 de muitos ao final do ano?

Como dito acima, seguindo o velho estilo eles lançaram um disco ótimo, com músicas excelentes e arranjos fantásticos. A banda parece mais cheia de vigor que em “Blind Rage”, com vontade de fazer música de alto nível. E quem ganha somos nós.

Pedradas como a energia seca e cativante de “Die by the Sword” (andamento com velocidade média, esbanjando melodia, ótimo refrão e Mike pondo os pulmões para fora, cantando muito bem), a trampada e com aquele jeitão clássico do quinteto “The Rise of Chaos” (aqui a sessão rítmica mostra sua força e peso, sem exagerar na técnica), a levada pegajosa e mamutesta de “Koolaid” (aquela pega em meio tempo tão ACCEPT, um refrão com bons backing vocals e um trabalho primoroso das guitarras), o peso “Metal Made in Germany” de “No Regrets” e “Analog Man” (a primeira com boas passagens mais melodiosas, e mesmo certo tom de acessibilidade musical, e a segunda com aquelas pequenas paradas que o quinteto sempre fez muito bem, com os vocais ótimos, excelentes backing vocals e guitarras excepcionais), aquelas melodias bem feitas e grudentas do grupo apresentadas em “Worlds Colliding”, e as melodias em um andamento “up tempo” de “Race to Extinction”.

“The Rise of Chaos” veio para mostrar que o grupo está vivendo um ótimo momento na carreira. E usando a frase de um grande amigo meu, quem gosta de Metal, gosta de ACCEPT.


OS CAPIAL - Emboscada Caipira de Plasma (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 8,7/10,0


Tracklist:

1. Aguacero
2. Ácaro
3. Agrotóxico
4. Alfobre
5. Anarkofobocolatras
6. Arreio
7. Baruio
8. Brejo
9. Cabaça
10. Carreador
11. Cevar
12. Colonião
13. Comitiva
14. Dois Potros
15. Emboscada Caipira de Plasma
16. Esterco
17. Farpa
18. Flatulando e Andando
19. Fossa
20. Forquilha
21. Gabiroba
22. Geada
23. Lobeira
24. Metalinguagem Grindcoreana
25. Praga de Bicho Pega - Oxiuríase Mandada
26. Tríplice Lavagem
27. Xepa
28. Zinabre


Banda:


Dito Paieiro da Silva - Guitarras, vocais
Bento Chapéu de Paia Pereira - Bateria


Contatos:

Site Oficial:
Twitter:
Instagram:
Assessoria:

E-mail: marcelocaraciolotucci@hotmail.com

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Antes de tudo, a música precisa ser divertida. Sim, pois ouvir algo por mera militância é chato (que o diga os fãs de certos músicos da MPB, pois sabem ser um chute no saco), e aliar a isso música de alto nível dentro da proposta que o grupo adota para si. E sabendo entreter e apresentar um trabalho musical muito bom vem a dupla de Araraquara (SP) OS CAPIAL, dispostos a causar surdez precoce nos ouvintes com seu mais recente disco, “Emboscada Caipira de Plasma”.

É o terceiro disco dos matutos do Death/Grind nacional. Visual e liricamente evocando a vida do trabalhador braçal das roças, mas musicalmente explodindo ouvidos e sangrando pescoços com uma música com bastante influência de NAPALM DEATH, MACABRE e outros nomes da extrema podridão do Metal extremo, percebe-se que o dueto desce a marreta (ou a enxada) em todos com uma música muito agressiva e extremada, mas sempre de bom gosto. Sim, a música dessa dupla caipira é de muito bom gosto, e cheia de personalidade.

Artur Rinaldi é o produtor de “Emboscada Caipira de Plasma”, bem como ele mesmo fez a mixagem e masterização. Embora o grupo não necessite de uma superprodução em termos sonoros, Artur fez um bom trabalho, já que a podreira aqui fica na música e a agressividade vem dos timbres instrumentais, já que a qualidade sonora é bem limpa e seca, nos permitindo entender bem o que esses dois sujeitos estão aprontando.

A capa de Luciano Salles ficou muito boa, com um desenho simples que enfoca os temas líricos do grupo.

OS CAPIAL é mesmo um grupo diferente, já que é preciso, antes de tudo, ter coragem de fugir do ponto comum de muitos, e usar essa temática lírica e visual requer colhões. E esses caipiras conseguiram, pois sua música é divertida e um prato cheio para os fãs de estilos extremados. Só aquele seu coleguinha mais trevosos vai ficar triste, mas não ligue: um pirulito e um toddynho gelado, e ele fica quieto e não enche mais o saco.

Arranjos bem feitos, uma música madura e com muito potencial, tudo isso transforma a audição de “Emboscada Caipira de Plasma” em algo muito agradável. São 28 esporros sonoros pesados como um trator, mas destacamos os urros guturais e passagens diversificadas de “Ácaro” e “Agrotóxico”, o massacre caipira presente nos riffs de “Alfobre”, “Anarkofobocolatras” e “Arreio”, a barulheira de porcos sendo castrados em “Baruio” (reparem nos urros), na trinca-botinas “Cabaça”, os arranjos bem feitos de “Cevar”, a matança extrema de “Dois Potros” (ritmos mais cadenciados e azedos de cara, mas logo a velocidade retoma seus picos elevados, com a bateria indo muito bem) e de “Emboscada Caipira de Plasma” (o contraste entre urros guturais e berros rasgados, e solos doentios fazem a festa), a cômica “Flatulando e Andando” (ouça e entenderão o que digo), a levada mais Death Metal/Hardcore de “Forquilha”, e os riffs extremos e tempos mais lentos de “Metalinguagem Grindcoreana” formam uma espinha dorsal excelente do trabalho do OS CAPIAL.

É melhor tomarem cuidado, pois esses dois “Matutos from Hell” vieram mostrar que existe um ponto comum entre Jeca Tatu e Death/Grindcore. E ai de quem discordar deles, pois pode levar uma enxadada ou um golpe de facão no lombo!


MYRKGAND (Black/Death/Power/Epic Metal - João Pessoa/PB)


Banda: MYRKGAND

Início de atividades: 2012

Discos lançados: “Myrkgand” (2017)

Formação atual: Dmitry Luna (todos os instrumentos, vocais)

Cidade/Estado: João Pessoa/PB

Dmitry Luna (MYRKGAND)

BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?

Começou quando eu criava músicas por conta própria e guardava essas composições com a intenção de formar uma banda, mas como aqui na região é muito difícil (pra não dizer impossível) encontrar músicos que sejam ao mesmo tempo bons e responsáveis, acabei eu mesmo tomando a iniciativa de gravar tudo sozinho. Demorei uns anos até poder gravar, pois estive juntando a grana necessária pra isso. Sempre fui eclético, e sou fã de muitas bandas de várias vertentes do Metal, então pensei que seria uma boa dar uma mesclada nos gêneros que eu mais me identifico (Death, Black, Folk e Power Metal). Sempre fui fã de RPGs, fantasia, mitologia, monstros, demônios, espadas e magia, nisso tenho facilidade em tratar desse tipo de temática, como também um prazer especial pelo assunto. O que mais me incentivou foi minha paixão por música e arte, a vontade de fazer algo totalmente meu, sem interferências, e também sem me moldar de acordo com mercado ou com o gosto alheio. Busco agradar a mim mesmo acima de tudo, se alguém gostar, massa! Falando de incentivo, um músico que sempre me incentivou e até hoje é minha maior influência é o Chuck Schuldiner, fundador do DEATH, que sem dúvidas é minha banda favorita. A banda alemã BLIND GUARDIAN é outra que sempre me influenciou como músico e pessoa, me baseio muito neles e me influencio. Os livros de J.R.R. Tolkien também me incentivaram muito e ajudaram a construir quem sou, a mitologia nórdica também... E por aí vai. Muitas bandas, leituras e jogos me influenciaram durante a vida, e com o MYRKGAND eu busco depositar toda a minha essência, algo que eu faço com toda sinceridade, do fundo da minha alma.


BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?

A cena brasileira enfrenta vários problemas... Desunião e ignorância reinam, inversão de valores, antiprofissionalismo de todas as partes em todos os âmbitos, rixas sem sentido e rivalidades criadas a troco de nada. Acho que o problema maior do brasileiro com o Metal é a falta de visão: é não apoiar os eventos como se deve fazer, é não comparecer e não fortalecer os shows, é ir beber na frente e não pagar ingresso... coisas desse tipo. As pessoas usam a desculpa que “ah, só vou pro show da banda que eu gosto”, mas não pensam que se são sempre os mesmos produtores trazendo, no dia que eles tiverem prejuízo com uma banda que você não gosta, eles acabam por não trazer no futuro as bandas que você gosta. Ir aos eventos, estar vivendo o Metal e trocando brindes e vivência com as pessoas das variadas cenas (estados diferentes) deveria ser algo mais frequente, algo que estivesse realmente em nossas veias, deveria ser tradição! Isso daqui é cultura, mas por vezes nos deparamos com retardados que sequer sabem o que significa cultura. Muitas vezes vejo pessoas das próprias bandas da cena que sequer comparecem a evento NENHUM, só os que eles tocam. Egoísmo reina, falta de visão e falta de noção e humildade. Mas é claro que há exceções, tem também uma galera que resiste e faz sua parte! Tomara que um dia consigamos reverter este quadro.


BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?

João Pessoa não tem estrutura nenhuma, deplorável. Quando tem show é um milagre, e quando tem vemos pseudo-produtores amadores e meia-boca... Geralmente um povo que defende que “Ahhh o underground é assim mesmo, tudo na doideira”. Mais uma vez falamos aqui de inversão de valores, hehe. Uma galera que acha que ser underground é não ser nada profissional, é ser atrasado, não cumprir horários, é não ter PA, não fazer o que foi acertado em contrato, não ter o mínimo pra uma banda se apresentar... Isso é quase que frequente por aqui. Fora o público que ainda é uma merda, mal comparece. Eu há anos organizo excursões saindo daqui pra cidades próximas como Recife, Natal, Fortaleza, que trazem bem mais shows, e mesmo assim é bem difícil arrumar a galera pra ir, mesmo nos shows internacionais, pois muitos se contentam em ficar no YouTube assistindo shows. E repetindo o que falei na resposta da pergunta anterior: as pessoas não possuem visão suficiente pra chegar à conclusão que: ao fortalecer outros shows da cena você está contribuindo para no futuro acontecer os shows que você mais deseja.


BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas você, como banda, como encara esse tipo de comentário?

Eu não concordo com isso de “fim do Metal”. É ser radical e conservador demais! Há boas bandas surgindo e mesclando Metal com vários outros gêneros musicais, inovando e surpreendendo muita gente. Muitos dos que falam isso são só ranzinzas que têm preguiça de procurar e conhecer novas bandas. Bandas brasileiras como Cangaço, que mistura baião e cultura nordestina no Death Metal progressivo; o Hate Embrace, que lançou um disco na mesma pegada falando sobre a saga do cangaceiro Lampião pelo nordeste, com um instrumental espetacular; Arandu Arakuaa que mescla com cultura dos índios brasileiros (inclusive explorando línguas indígenas em suas letras)... isso estou só citando bandas brasileiras, mas pelo mundo há muita banda boa surgindo. Bandas inovadoras e promissoras! Inclusive há bandas antigas que estão lançando novos trabalhos espetaculares, caso de KREATOR, TESTAMENT, DARK FUNERAL, ABBATH, que fizeram discos ótimos recentemente, deram verdadeiras aulas. Creio que: essas bandas que estão ficando velhas, morrendo/se acabando, esses anciões deixam legados, ensinamentos, fazem escola e influenciam as novas bandas a criar, não só imortalizando seus trabalhos, mas com a convivência que muitos desses astros do Metal têm com outras bandas mais novas, em shows e turnês mundo afora. Isso deixa marcas fortes e muda realidades. Fora que em todas as gerações da humanidade vemos seres humanos geniais com capacidade de criação de coisas magníficas, no futuro não será diferente.


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?

Acho que isso já foi respondido nas questões anteriores. Resumindo: falta visão, união, compromisso com a cena e encarar o Metal como um movimento realmente cultural, não só um entretenimento em eventos isolados.


BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.

Valorizem as novas bandas, não só do Brasil, mas também de todos os outros países. Contribuam para o crescimento do Metal no Brasil comparecendo aos shows da sua cidade e região, viajando para assistir alguns, comprando material das bandas nos eventos ou na internet, CDs, camisas, e todo o resto. Fortaleçam, pois todos têm muito a ganhar com isso! Eventos melhores, com mais estrutura, e ocorrendo com muito mais frequência também! Se instruam, se aprimorem, busquem mais conhecimento e raciocinar mais sobre o que é realmente necessário para uma melhoria da cena como um todo, como uma unidade! Faça sua parte. Se divirtam mais e discutam menos, curtam mais e se confrontem menos. Rivalizem menos e apoiem mais, não percam tempo e saúde em confusões, ganhem tempo e felicidade com o que vocês mais gostam. Vamos manter essa chama acesa \m/


Links para contatos:

Links para audição:







DIPLOMATAS (Punk Rock - RJ)


Início de atividades: Final de 2016

Discos lançados: Uma “Demo” com 7 faixas.

Formação atual: Gringo (Baixo e Vocal), Victor Leal (Trompete), Fabio Garcia (Guitarra), Vitor Hugo (Guitarra) e Torres (Bateria).

Cidade/Estado: Rio de Janeiro/RJ 

DIPLOMATAS


BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?

O DIPLOMATAS no início era uma banda de tributo ao Punk nacional. Onde só tocávamos clássicos como INOCENTES, OLHO SECO, CÓLERA, VÍRUS 27 e tantas outras. Mas durante os ensaios, começamos a incluir umas músicas próprias e o repertório começou a crescer absurdamente e vimos que a banda tinha se transformado numa outra coisa com a chegada do Victor Leal que entrou pra fazer uma participação e acabou efetivado. Assim conseguimos explorar mais outros estilos como o Ska por exemplo. O “tributo” deu lugar a um repertório bem legal e com possibilidades ilimitadas.


BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?

Sem dúvida a falta de estrutura nos eventos. Decidimos não queimar cartucho tocando em eventos onde não conseguimos nem nos ouvir. É frustrante preparar um repertório, ensaiar com afinco pra fazer um puta show e na hora não conseguir passar da forma que deve ser. Continuamos trabalhando firme nas novas músicas, fazendo nossos próprios eventos e preparando bons conteúdos pra a web, que incontestavelmente é a realidade, continuamos mandando material e aguardando uma oportunidade pra apresentar nosso trabalho nas casas que hoje valem a pena se apresentar, como o Circo Voador e Imperator, por exemplo, além de algumas poucas no underground carioca.


BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?

Sem querer, acabei respondendo essa pergunta na anterior. Como falei, pra não correr esse risco de tocar num evento sarapa, preferimos fazer nosso próprio evento como a Festa Arriba Cabrón. Fazemos algo temático, por conta da identidade que a banda foi criando. Essa pegada Punk e Ska com uma linha de trompete meio mexicano nos ajuda nesse sentido. Percebemos que os shows de bandas underground no Rio de Janeiro estão se mostrando pouco atraentes. Por isso a gente prefere promover uma festa com DIPLOMATAS encabeçando e uma ou duas bandas convidadas.


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?

Olha, falta muito. Eu (Gringo) tive oportunidade de ir com a minha outra banda (8MM) para a Europa numa turnê de 30 dias e foi um total choque cultural. Lá fora, por menor que seja a casa, você tem uma estrutura legal de show, um suporte de alimentação e cachê. E o público apoia comprando CDs e camisetas. Temos ótimas bandas aqui, bandas que quando decidem se aventurar no Velho Continente são tratadas como se fossem bandas grandes aqui. No final dos shows quando vinham conversar com a gente o pessoal sempre falava que nossos shows no Brasil deviam ser lotados, eles achavam que a gente só tocava em grandes palcos, enfim... Expectativa versus realidade rsrsrs


BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.

Primeiro gostaríamos de agradecer o espaço, atitudes com essa são fundamentais para a reconstrução de uma cena. Hoje em dia é tanta “facilidade” de informação que é difícil prender a atenção e aguçar a curiosidade do público.

DIPLOMATAS é uma banda de rock que se preocupa em passar um material de qualidade e sempre um show com uma vibe pra cima.


Links para contatos:

www.diplomataspunkrock.com  (Aqui o Download é liberado)

Links para audição: