quinta-feira, 23 de novembro de 2017

HELL’S PUNCH (Thrash Metal - Belo Horizonte/MG)


Início de atividades: 2013   
Discos lançados:  “Burn It Down” 2016
Formação atual: Sérgio Ferreira (vocais, guitarra), Mark (guitarra), Wesley Ribeiro (baixo fretless), André Bastos (bateria) 
Cidade/Estado: Belo Horizonte/MG


BD: Como a banda começou?

Sérgio: Começou como uma vontade de voltar a fazer um som, uma decisão minha com meu irmão, que deixou a banda depois de um ano. Queria apenas fazer jams. Aí convidaram a gente para fazermos um Big Four Cover tocando Slayer, e aí obvio que aceitamos. Depois de 3 shows, achamos que tínhamos que compor e fazer nosso som e assim começou tudo de verdade. Estamos tocando há décadas, tinha uns 10 anos que não fazia som com o Overdose e estava na fissura para voltar a tocar. Mark e Wesley também meio parados com o Sextrash e Wesley tinha saído do Drowned e Humurabi... André está na ativa demais, toca em várias bandas em BH, acho que era o que mais estava tocando… Enfiamos as caras e compusemos disco, gravamos e saímos tocando. Nosso primeiro show já foi abrindo para o Suicidal... kkkkkk... Foi engraçado até... Mas começamos com o pé direito! 


BD: O que os incentivou a formarem uma banda?

Sérgio: Somos músicos desde novos acho que está no nosso sangue, acho que é isso. Nós quatro respiramos música e por caminhos diferentes chegamos onde estamos hoje, com trajetórias diferentes, mas agora felizes com o HELL’S PUNCH


BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?  

Sérgio: Cara, a cena está caída demais, shows vazios, prejuízos e etc... Amador total.  Acaba que poucas bandas vivem de Metal hoje no país, 2 ou 3, e nem sei se vivem bem, mais.... Eu fui da época ainda que gravadora dava suporte, vendia-se CD, LPs e etc. Fiz 4 turnês mundiais com o Overdose em esquemas totalmente profissionais. Tour Manager, tour support, som, luz, agência de turnê, gravadora, merchandising, despesas pagas, cachê bom e etc... Hoje, vejo bandas tendo que pegar incentivo cultural para viajar em esquemas amadores, tocando para meia dúzia de pessoas. Vão sozinhos, na cara e na coragem, para tentar algo em esquemas que, às vezes, são piores que aqui. Isso é triste, além de não achar isso muito legal (usar recursos do governo). É uma pena. Eu acho que Metal e HC são sons para poucos, mas não exageremos né (risos)?

Tem que ter gente nos shows, tem que ter mosh e hoje tá complicado.   


BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock?

Sérgio: Aqui (BH) é dominada por banda cover... kkkk.... Acho tão engraçado por que chegam a ter fã-clube, kkkkk... Fã de cover chega a ser surreal, mas é isso, embora algumas sejam homenagens lindas a bandas (nada contra só acho que não deveria ser só isso)... Só tem público show cover, e para mim isso demonstra a estupidez cultural que vivemos também. Um ou outro lugar na cidade ainda dá para tocar com público razoável - Stonehendge, Matriz... Acho que são esses locais ainda vivos para o som pesado. Mas comparado à cena de dos anos 90, não tem nem 10% do público. Triste...


BD: Conseguem tocar com regularidade?

Sérgio: Até que conseguimos tocar um pouco, mas bem menos que acho que seria legal. 


BD: A estrutura é boa?  

Sérgio: Poucos lugares têm estrutura boa, vivemos uma crise não só no país como também no Metal e HC nacional e mundial. Mas tocamos por amor e vamos continuar a meter bronca!! Segundo CD já está sendo composto e a gente mete as caras e fazemos mesmo!!! Fazemos porque amamos isso! 


BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?

Sérgio: Metal nunca vai acabar, mas sim, passa por crises. Acho que sangue novo tem que aparecer e por vezes coisas boas aparecem mesmo. NUNCA vai morrer, mas das crises que vivi nessas 3 últimas décadas essa é a pior, sem dúvida! Quem gosta de Metal e HC não liga para crise nem porra nenhuma, tá no sangue! Mas agora está preocupando um pouco mais. Acho que há uma estupidificarão enorme da juventude e banalização da cultura e sendo assim acho que o metal, que é um som de alto nível de maneira geral, tende a sofrer mais.   


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?  

Sérgio: Cara, acho que estamos no ciclo de baixa agora, mas acho todos tem que participar dos eventos, temos que tocar e foda-se! Acho que só assim a coisa pega. Se não comparecermos não vai ter incentivo em fazer show de Metal. Acho que Metal sempre foi underground e quando vira mainstream dá merda, mas o underground está sem se movimentar e temos que retomar isso tocando, gravando bons sons e unindo esforços para fazermos bons eventos.


BD: Deixe sua mensagem final para os leitores.

Sérgio: Porra, obrigado pela força Metal Samsara, continuar apoiando é o modo de fazermos nossa parte para coisa melhorar para todos que verdadeiramente curtem Metal. À galera das antigas e galera nova, o HELL’S PUNCH está por aí tocando em todas as mídias sociais, streaming, para baixar o CD, e ainda temos CD físico à moda antiga pela Cogumelo Records. Façam contato! Sempre batemos um papo nas mídias com a galera que curte no Brasil e fora tb. Tem sido muito legal! Não interessa o quão mal o mercado está, estaremos fazendo som e tocando para quem quiser ouvir, todos são bem-vindos!!!!     

Links para contatos:


Links para audição:


Veja o vídeo oficial de “Hate” :

MATAKABRA - Marginal (EP)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 9,3/10,0

Tracklist:

1. Ogum (intro)
2. No Açoite
3. Mordaça


Banda:


Rodrigo Costa - Vocais
Fernando Marques - Guitarras
Rafael Coutinho - Baixo
Theo Espindola - Bateria

Convidado:

Bruno Saraiva - Teclados
Professor Jeison Silva - Percussões


Contatos:

Site Oficial:
Twitter:
Assessoria: https://www.facebook.com/cangacorockcomunicacoes/ (Cangaço Rock Comunicações)


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Maus tratos a 95% da população do nosso país. É sempre assim, é a história de 517 de uma nação que erra e não aprende. Continuam presentes no dia a dia o ódio aos menos afortunados, aos homossexuais, ao afrodescendente e indígena, ou seja, em tudo. Ódio que necessita ser extirpado, nem que em uma dolorosa cirurgia sem anestesia, pois nada justifica tanta opressão, tanto ódio, tanta afronta às diferenças. E carregados de revolta suficiente para rasgar os céus, o agora quarteto pernambucano MATAKABRA chega com seu mais recente trabalho, o EP “Marginal”.

Se em “Prole” (EP anterior da banda) eles já davam sinais que não são a típica banda de Metalcore com passagens limpas e de melodias evidentes, aqui fica mais clara a vocação extrema do grupo. Ainda com uma sonoridade moderna (clara pelos timbres gordurosos dos instrumentos, apesar de bem definidos), percebe-se que o grupo está ainda mais raivoso e extremo, quase como se pudéssemos chamar o estilo musical deles de Death Metalcore. E não, não seria nenhuma heresia, já que elementos os elementos de Death Metal de antes estão mais evidentes dentro da musicalidade moderna do quarteto.

Produzido por eles mesmos, a sonoridade de “Marginal” é ainda mais abrasiva e brutal que em prole. A afinação baixa das guitarras e baixo deixaram tudo ríspido agressivo, mas a sonoridade continua limpa e intensa. Sim, o grupo conseguiu um bom nível de sonoridade mais uma vez, mas um passo adiante do que já haviam mostrado antes.

A arte da capa evoluiu, em um trabalho muito bom de Pedro Muniz, deixando claro que o trabalho do grupo é focado em algo agressivo até os ossos.

O EP abre com “Ogum”, uma introdução que começa com efeitos climáticos, para logo surgir a sonoridade de berimbaus, evocando a herança afro-brasileira de todos nós. Mas quando “No Açoite”, recheadas por influências modernas e com baixo e bateria trovejando em ritmos quebrados e técnicos (mas ouve-se um solo de guitarra caótico, mas bem feito). E “Mordaça” mostra um lado um pouco mais melodioso, embora a brutalidade reine, mostrando vocais urrados ótimos e riffs de guitarra de cair o queixo (e mesmo algumas partes rappeadas surgem, cheias de efeitos de teclados, deixando tudo ainda mais moderno).

Torno a dizer: já passou da hora do MATAKABRA gravar um álbum, pois o grupo é ótimo!

Ouçam, se apaixonem, e aporrinhem bastante seus vizinhos!

PRIMORDIUM - Old Gods (Álbum)


2017
Selo: Rising Records / Metal Under Store
Nacional

Nota: 9,3/10,0

Tracklist:

1. Pesejet (intro)
2. Num (Pralaya)
3. The Awakening (Manvantara)
4. God of Light
5. Nuit
6. Geb’s Throne
7. Anhu Shu
8. Iunet Mehet (Pillar of North)
9. Lady of Water
10. The Scribe
11. Chernoby (Hammeron Cover)


Banda:


Gerson Lima - Vocais
Thiago “Lux Tenebrae” Varella - Guitarras, violões, didgeridoo, backing vocals
Alex Duarte - Guitarras, backing vocals
João Felipe Santiago - Baixo, violões, samples, backing vocals
Lucas Somenzari - Bateria, violões, backing vocals

Convidados:

Garibaldi Soares - Vocal urrado em “Iunet Mehet (Pillar of Water)”
Flávio França - Guitarras em “Chernobyl”
Irlan Maciel - Violão em “God of Light”
Luciano Hunter - Vocais em “Nuit”
Thormiank - Guitarras em “Anhu Shu”
Farid Almohamed - Percussões em “Iunet Mehet (Pillar of Water)”
Necrovomit - Cítara em “Pesejet”, flauta Hulusi em “Iunet Mehet (Pillar of Water)”
Ariane Salgado - Violino em “The Awakening”, vocais femininos em “Nuit”


Contatos:

Site Oficial:
Instagram:
Assessoria: www.braunamusicpress.com (Brauna Music Press)


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Em termos culturais, o Metal do Brasil anda progredindo. Muitos estão fugindo do “mais do mesmo” em termos de letras e buscando algo diferente, numa forma de se destacarem do tsunami de certos estilos. Alguns realmente se superam, criando um trabalho cultural de primeira, mas ao mesmo tempo, com o lado musical ditando as regras e se mostrando. E de Natal (RN), terra tão fértil e cheia de boas bandas, o experiente PRIMORDIUM vem mostrar sua força mais uma vez com seu mais recente trabalho, “Old Gods”, seu segundo Full Length.

Óbvio que algum ou outro fã vai seguir os olhos e falar em NILE, pois a banda aborda a mitologia egípcia em suas letras (em geral, os mais radicais são assim). Mas quem se guia pelos ouvidos vai encontrar uma banda com um Death Metal diferenciado: agressivo e bruto, mas lapidado por boa técnica e algumas melodias soturnas que surgem aqui e ali. Ao mesmo tempo, o uso de percussões (que dão, ao mesmo tempo, um ar oriental e um jeitão regional), flautas, cítaras e violinos dão aquele requinte especial, aquele traço de personalidade própria que eles buscam. E dessa forma, “Old Gods” mostra o quanto o trabalho do quinteto é precioso e diferente.

Para resumir: o PRIMORDIUM veio para chocar os mais conservadores e conquistar novos fãs.

João Felipe Santiago (baixista do grupo) foi o produtor, além de mixar e masterizar “Old Gods”. A sonoridade busca ser clara suficiente para que o ouvinte consiga compreender a complexidade musical do quinteto, mas a crueza nos tons de guitarra e bateria poderia ser menor. Não chega a estragar o trabalho, mas o grupo merecia uma sonoridade mais esmerada nesse aspecto. Mas está boa, pois compreendemos claramente os instrumentos e vocais, percebemos os arranjos, e, além disso, tem peso e agressividade.

A arte da capa é de Sandro Freitas, e ficou muito boa, mostrando a concepção lírica do grupo. E o layout e encarte são de Alcides Burns, conhecido designer gráfico. Tudo para que a arte visual seja tão grandiosa como o lado musical.

E musicalmente, o PRIMORDIUM corresponde. Justamente pela capacidade de criarem e pela falta de pudores com as famosas “regrinhas do Metal”, eles te potencial para se tornarem um dos maiores nomes do Metal nacional. Arranjos bem feitos, uma dinâmica instrumental que não nos deixa entediados (pelo contrário, nos prende ao trabalho musical da banda), e sem falar nos convidado que deram um toque todo pessoal e abrilhantam “Old Gods”. Pessoas de bandas como SON OF A WITCH, EXPOSE YOUR HATE, TONANTZIN, NIGHTHUNTER, MIASTHENIA, OMFALOS, AGNIDEVA, BOCA DE SINO, e TERRORZONE.

Não é possível falar de uma canção em especial que seja, pois eles capricharam.

Por mera necessidade de conceder uma referência inicial aos ouvintes, destacam-se “Num (Pralaya)” (brutal e opressiva, mostrando riffs de primeira, mas logo as percussões regionais dão aquela ambientação oriental que nos seduz), a ganchuda e envolvente “The Awakening (Manvantara)” e mudanças de ritmo (cheia de belos violinos, percussões, vocais femininos aqui e ali, além de orquestrações bem feitas e do ótimo trabalho de baixo e bateria), o peso opressivo e azedo de “God of Light” e suas passagens sutis de teclados (e mais uma exibição técnica de gala por parte de baixo e bateria) e “Geb’s Throne” (esses guturais à lá Karl Willets são ótimos), o massacre de riffs e solos animais na diversificada “Anhu Shu”, a beleza étnica da instrumental “Iunet Mehet (Pillar of North)”, e os tempos quebrados e linhas melódicas de “The Scribe” (que são maravilhosas). Mas não se pode deixar de falar na roupagem Death Metal soturna e mais atual que eles deram à “Chernoby” (canção do finado grupo de Thrash/Heavy Metal HAMMERON, conterrâneo deles) é maravilhoso, narrando o terror do punho nuclear desencadeado pela usina de Chernobyl, em Pripyat (Ucrânia).

No mais, “Old Gods” marca um momento decisivo na carreira do PRIMORDIUM, pois desse disco em diante, o rupo já não cabe mais no Brasil. Hora de pensarem em voos mais altos.

TORRENCIAL - Nação Em Fogo (Álbum)


2017
Selo: Mulambo S.A.
Nacional

Nota: 8,8/10,0


Tracklist:

1. Ilusão
2. Perdedora
3. Trinta Segundos
4. Evolução/Destruição
5. Ao Redor
6. Nação em Fogo
7. Guerra Após Guerra
8. Busque e Confronte
9. Suicídio
10. V. E. M. O.


Banda:


Luciano Pinguim - Vocais, guitarras
Carlos Ferreira - Guitarras
Guilherme Tosta - Baixo, vocais
Anderson Gonçalves - Bateria

Convidados:

Alexandre de Orio - Violões em “Ilusão” e “Busque e Confronte”, guitarra solo em “Busque e Confronte”
Rafael Paiola - Orquestrações e sequenciamento em “Ilusão”
Rafael Augusto Lopes - Guitarra solo em “Ao Redor” e “Evolução/Destruição”


Contatos:

Site Oficial:
Twitter:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Desde que o Thrash Metal retornou dos porões do underground no final dos anos 90, nota-se que o estilo foi se atualizando e ganhando contornos mais modernos, embora muitos ainda prefiram algo mais retrô em termos sonoros. Seja como for, ver o estilo vivo e produzindo novos nomes é algo sensacional. E finalmente, após anos de muito suor e luta, o TORRENCIAL, quarteto de Itapevi (SP) chega com seu primeiro álbum, “Nação Em Fogo”.

Preservando aspectos da velha escola americana, mas com uma forte conotação moderna em termos de agressividade sonora, mais algumas influências de HC/Crossover (reparem nos vocais e perceberão a influência de grupos da escola de Nova York do estilo), e uma musicalidade muito bem escopada, o TORRENCIAL vem mostrar que tem música e raça para chegar longe. Vocais urrados, backing vocals raçudos, guitarras faiscando em riffs ótimos e solos caprichados, baixo e bateria com um trabalho de muito peso e boa técnica, é bom prepararem-se para torcicolos e ouvidos doloridos!

Em termos de produção, o quarteto se junto ao conhecido produtor e guitarrista Rafael Augusto Lopes para montarem a sonoridade de “Nação Em Fogo”. Percebe-se que a maior preocupação foi em deixar o som claro e inteligível para o ouvinte, pois os timbres são bem definidos, e a sonoridade ficou mais seca. Mas ao mesmo tempo, esses timbres claros são muito agressivos, dando peso às músicas sem maltratarem as linhas melódicas das bandas. Poderia ser melhor em alguns aspectos, mas o resultado final está muito bom.

Na arte gráfica, Jean Michel (da DSNS Artwork) fez uma apresentação visual intensa, focada em tons escuros de azul e vermelho, ficando assim algo agressivo e chocante aos olhos, mostrando toda a carga ideológica das letras do grupo.

O trabalho do grupo, feito na marra, na cara e na coragem, merece elogios. Mesmo não sendo inovador, tem personalidade forte e é capaz de detonar moshpits insanos. Percebe-se que o TORRENCIAL tem uma preocupação estética com os arranjos, mas sem que as músicas soem excessivamente técnicas ou sem espontaneidade.

E se preparem, pois “Nação Em Fogo” transborda em garra e muita rebeldia em formato musical. E músicas como a raivosa e bem trabalhada “Ilusão” (onde nos momentos mais cadenciados se sente a força do HC nova-iorquino, além de baixo e bateria estarem muito bem, e termos a participação de Alexandre de Orio nos violões durante a introdução), a carregada no peso e ritmos mais cadenciados “Perdedora”, o arranca-rabos totalmente Crossover da curta “Trinta Segundos” (que guitarras e backing vocals), a velocidade e técnica apresentadas em “Evolução/Destruição” (onde Rafael Augusto Lopes dá uma canja nos solos), a raiva que transpira de “Nação em Fogo” e seus arranjos dinâmico (reparem como a interpretação dos vocais é muito boa), a pegada Thrash/HC de “Guerra Após Guerra” (que arranjos de guitarras!), a diversificada em termos de ritmos “Busque e Confronte” (baixo e bateria estão excelentes, mas com um solo de Alexandre de Orio que dá aquele brilho especial à canção), e a tortura Thrasher ouvida em “V. E. M. O.” formam a espinha dorsal da qualidade do disco, embora todas as músicas sejam ótimas.

Demorou, foi sofrido e suado, mas finalmente, com “Nação Em Fogo”, o TORRENCIAL mostra que tem talento e espaço no cenário do Metal brazuca.