UK punk legends THE ADICTS have released their second album trailer of »And It Was So!«, where they're discussing why they stopped doing interviews for a long period of time.
The band also recently released the music video for 'Picture The Scene'. This infectious, graphical, motion voyage, was skillfully directed by Bobby Hacker and produced by Luke "Ramone" Davison. The song comes off their upcoming album »And It Was So!« which will be released on the 17th of November via Arising Empire and Nuclear Blast.
The band also released their first album trailer of »And It Was So!« , where Monkey and Pete are discussing who the Droogs are and if they are a "punk rock" band.
The album was recorded at Pete's Place in La Habra .Engineered was handled by Tom Arley, Pete Dee and Christopher Brookes. Pete was also in charge of handling the mixing of the record. The artwork for the album was created by the band.
THE ADICTS will be on tour with DIE TOTEN HOSEN at the end of the year.
THE ADICTS have inked a record deal with Arising Empire a few months ago.
Unparalleled with their Clockwork Orange Droog attire, infectious high energy, uptempo music and unforgettable performances, THE ADICTS are no strangers to the scene having formed in the 1975 in Ipswich, England. These punk legends continue to raise sonic hell.
THE ADICTS commented, "We are proud to announce we have signed to Nuclear Blast Records & Arising Empire Records!"
Nuclear Blast Founder Markus Staiger comments, "Back then I visited my first punk show ever in Böblingen… I’ve never seen something like THE ADICTS before… THE ADICTS made me become a punk and are legends today!"
Tobbe Falarz of Arising Empire comments, "I’m accompanying this band for years and I’m super happy to welcome one of the most influencing UK Punk bands to Arising Empire!"
Discos conceituais, em geral, nascem da ideia de um músico (ou
banda) sobre um tema que pode ser fictício ou real, e mesmo quando falamos do
segundo grupo, podemos ver apenas uma parte do que se trata, ou seja, o assunto
pode ficar subaproveitado.
Localização estimada do sismo de Lisboa de 01/11/1755,
No caso de “1755”,
novo disco do quinteto MOONSPELL, de
Portugal, a banda pegou um evento marcante da história de seu próprio país e o
narrou de forma que se transpareça a realidade do ocorrido, mas se encaixe na
forma lírica tão tradicional que eles desenvolveram para si.
Para início de uma longa conversa: o tema central de “1755” é o grande Terremoto (ou Sismo)
de Lisboa, ocorrido no dia 01/11/1755, entre 09h30min e 09h40min da manhã
(horário local). Era Sábado, manhã do Dia de Todos os Santos (lembrando que
Portugal era até então um país assumidamente católico e opositor à Reforma
Protestante), logo, as ruas da cidade e igrejas estavam abarrotadas. As estimativas
atuais (já que não existem dados do evento na época de sua ocorrência) falam que
a intensidade do sismo foi de algo em torno de 8,5-9,0 na escala de Magnitude
de Momento, um terremoto extremo, e que como referencial comparativo ao leitor, é preciso dizer que o Sismo de Tōhoku (em 11/03/2011, no Japão) atingiu 9,1 nesta mesma escala.
As coordenadas estimadas (mais uma vez: não existem dados do
evento) do epicentro do sismo são 36°N 11°O a 200 km a Oeste-Sudoeste do Cabo
de São Vicente, e a uma distância entre 100 e 500 km de Lisboa. O sismo ocorreu
próximo da fronteira entre as Placas Tectônicas Eurasiática e Africana (uma
zona de subducção, onde a Placa Africana subducta sob a Placa Eurasiática). Em
termos de catástrofe, a cidade foi arrasada pelo sismo, pois apesar da pouca
duração (a duração do evento em si é algo em torno de 3 minutos e meio até seis minutos).
Muitas pessoa fugiram dos desabamentos indo para a zona portuária da cidade. Lá, viram o recuo das águas do mar, revelando o fundo
oceânico repleto de destroços e cargas perdidas. E 40 minutos depois, veio o tsunami
que atingiu a cidade com uma onda que teve altura estimada entre 6 a 10 metros,
seguida de outras duas. A área portuária de Lisboa e suas partes mais baixas
foram inundadas, e a energia das ondas foi tamanha que elas chegaram a subir pelo rio Tejo, pegando de surpresa os que estavam em fuga. Aquelas áreas da cidade que não foram devastadas pelas águas foram, enfim, consumidas por vários incêndios, que levaram até cinco dias para serem controlados. O fogo destruiu inclusive a Livraria do Rei José I,
cheia de pergaminhos, livros raros e pinturas de Ticiano, Rubens e Correggio. O rei sobreviveu, pois
estava em outra cidade (Santa Maria de Belém), mas devido à catástrofe, nutriu fobia por prédios
pelo resto da vida, preferindo morar em um complexo de tendas no Alto da Ajuda,
em Lisboa.
A estimativa de mortes vai de 10.000 até 100.000 pessoas, e
o Terremoto de Lisboa deu ainda mais ênfase às muitas mudanças de ordem
política, social, econômica, filosófica e mesmo religiosa que já ocorriam no
país, além de ver o nascimento da Sismologia moderna (tudo graças ao pensamento
Iluminista do Marquês de Pombal,
adepto do pensamento do Despotismo Esclarecido).
Lisboa tomada pelas águas do tsunami e já mostrando incêndios (gravura em cobre).
4 parágrafos usados apenas para descrever um tema que o MOONSPELL discorre em 9 canções.
Falemos dos aspectos musicais da obra em si.
Para quem conhece o quinteto de longa data, sabe que eles
transitam em um meio termo entre suas influências extremas de seu início de
carreira com uma estética elegante e melódica que resgata elementos do Doom
Metal e do Gothic Rock. E diferente do que se ouve em “Night Eternal” e “Alpha
Noir/Omega White” (que têm uma estética mais seca e agressiva) e em “Extinct” (onde eles usaram bem mais de
seu lado Doom/Gothic), em “1755” o MOONSPELL acha um ponto de equilíbrio
entre estes dois aspectos de sua personalidade, ora mais seco e agressivo, ora
mais denso e introspectivo, e ora ambos fundidos de maneira homogênea. Mas
adicionem a isso orquestrações fantásticas, corais wagnerianos, ritmos étnicos
e uma infinidade de experimentalismos que enriquecem o trabalho dos Lobos de
Lisboa, fora as letras totalmente no idioma lusitano, reforçando a poética
rebuscada que usam há anos.
Sim, o MOONSPELL
se superou mais uma vez...
A banda buscou novamente as mãos de Tue Madsen (com quem trabalharam em “Alpha Noir/Omega White”) para a produção. Tudo para buscar uma
sonoridade que pudesse transmitir a gama de sentimentos que permeiam “1755”, já que a música vai da
melancolia à agonia, do medo à revolta, do terror da morte à dor e esperança da reconstrução, algo que a instrumentalmente a banda
faz, mas era preciso uma qualidade sonora bem feita, e Tue conseguiu. A qualidade está limpa, densa e agressiva, mas perfeita para o que o quinteto queria explorar.
E, além disso, os timbres de cada instrumento foi escolhido com sobriedade.
Capa da versão em vinil.
Já a capa de João
Diogo capta toda a essência do disco e de suas letras. De forma bem
trabalhada, sismo, tsunami e incêndio estão ali, sem mencionar o lado dos
ofícios religiosos da data do evento, além das mortes. Tudo claro e bem
expressado em termos gráficos.
Com o mesmo pioneirismo herdado daqueles que foram os
primeiros a enfrentar os mares desconhecidos, o MOONSPELL também ousa bastante em “1755”, foge do ponto comum e cria possibilidades a serem
exploradas no futuro, já que o uso dos elementos já mencionados é uma inovação
para o quinteto. Além disso, o grupo flerta com uma complexidade de arranjos um
pouco maior que antes, embora não destoe ou danifique a personalidade musical
que cultivam a 25 anos de muito trabalho.
“1755” se inicia com uma nova versão para a introspectiva “Em Nome do Medo”, que originalmente é
de “Alpha Noir/Omega White”, embora
esta nova tenha alguns elementos diferentes orquestrais, pianos e teclados,
além de ótimo trabalho de vocais, especialmente nos corais. Estes mesmos corais
surgem para ambientar “1755”,
evocando a aura religiosa do Dia de Todos os Santos, uma canção de impacto forte,
mostrando a agressividade crua e cheia de energia, mas sempre requintada, da banda,
onde surgem ritmos orientais em meio à catarse musical, e se percebe a força
das guitarras do grupo (especialmente nos solos) se manifesta. Riffs sujos se
entremeiam com corais, e o andamento abrasivo de “In Tremor Dei” desfila toda a perplexidade e medo diante do
desastre e a desilusão com a fé, tendo a presença do cantor Paulo Bragança nos vocais, trazendo
assim um sutil toque de Fado (ritmo musical tradicional de Portugal) à canção. Em “Desastre”, abate-se a realidade de
tudo que cerca o evento, a revolta contra a religião da Coroa portuguesa (deus
é julgado por causar tamanha catástrofe), e isso com adornos de orquestrações
bem feitas, sem mencionar a força de baixo e bateria, que dão o peso agressivo
necessário à banda, e é um dos melhores momentos do disco. Segue-se com a
estética um pouco mais densa e cheia de momentos Industriais (à lá “Sin/Pecado”) misturada com peso
abrasivo em “Abanão”. Um jeitão mais
pesado e cheio de passagens de teclados soturno relembra os “aftershocks”
(tremores menores que o evento principal que ocorrem depois deste) e fala sobre o questionamento a deus e
seus escolhidos, a culpa e omissão dos mesmos em “Evento”, com um belíssimo trabalho de cordas em ritmos não convencionais
(e que solos) e dos vocais (urros rasgados se fundem a sussurros sinistros),
além da presença da célebre frase “Enterram-se os mortos e cuidam-se os vivos”,
atribuída ao Marquês de Pombal. Melodias
à lá Metal tradicional se mesclam a corais de primeira em “1 de Novembro”, data do evento e que narra os esforços pela
reconstrução da cidade, mostrando ainda o medo das pessoas, e como as guitarras
e base rítmica estão bem por todas as nuances musicais que permeiam esta
canção. E este mesmo esforço ainda é narrado na bela e soturna “Ruínas”, falando das condições da
cidade após tremor, tsunami e incêndio, e a música em si é cheia de adornos
orientais e góticos, e mais um trabalho ótimo dos teclados e base rítmica. Mais
uma vez com o uso de uma introdução cheia de cordas dissonantes não convencionais vem
a grandiosa “Todos os Santos”, com
um andamento pesado e bem trabalhado, com partes mais agressivas e belos vocais
(inclusive “inserts” gregorianos), recordando a revolta das pessoas diante do
que se passara e da árdua tarefa de reconstruir Lisboa. E fechando, vem a versão personalizada e densa para “Lanterna dos Afogados”, do grupo Pop
brasileiro PARALAMAS DO SUCESSO, com
uma roupagem mais sinistra e pesada, em especial pelos vocais usando tons
agressivos, limpos e sussurrados, guitarras mais pesadas, base rítmica intensa
e teclados sinistros, que pode ser uma clara referência aos mortos pelo tsunami
que arrasou as áreas mais baixas de Lisboa. E para os que gostam das versões deluxe, esta tem uma versão de “Desastre”, que difere da original por ser cantada em espanhol.
A revolta direcionada à religião, clara em alguns momentos, representa a reflexão do povo com a ocorrência de tal catástrofe em uma festa
religiosa importante, e esta levará ao estado laico de hoje. Através do Marquês de Pombal, Portugal foi um dos
primeiros países a desenvolver tecnologia de construção eficiente contra sismos,
bem como (dito acima) lançou as bases da Sismologia moderna. E conforme o vocalista Fernando Ribeiro, o ano de 1755 marcou
o nascimento de um novo Portugal.
Aproveitemos que esta obra de arte este documento histórico
de Portugal, nos foi legado por uma banda de Metal, logo, ouçam “1755”, um dos grandes discos do MOONSPELL e um dos melhores lançamentos
do ano.
O underground brasileiro tem mostrado sua fertilidade ano
após ano, e vemos bandas cada vez melhores e mais profissionais surgindo.
Infelizmente, nem sempre o feedback no Brasil é o que elas merecem, já que os
fãs de Metal brasileiros parecem mais preocupados com infinitas tretas e
política do que com o estilo em si. É uma pena, mas é como as coisas estão nos
últimos anos. Sempre triste ver algo assim, pois eles não se permitem ouvir
bandas como o CRUSHING AXES, de São
José dos Campos, um veterano que chega com seu mais novo álbum, “Trail of Blood”.
Por ser uma “one man band” (uma banda de uma pessoa apenas,
que toca todos os instrumentos e faz todos os vocais), Alexandre Rodrigues orienta o lado musical do projeto para algo
próximo ao Death Metal, apenas com um “insight” mais experimental, diferente do
que se ouve por aí. O enfoque é sempre pesado, seja nos momentos mais velozes
ou nos mais cadenciados. E sim, cada uma das músicas de “Trail of Blood” merece uma ouvida bem cuidadosa.
Óbvio que Alexandre
cuidou da produção e todos os aspectos técnicos da sonoridade. E aqui,
percebe-se que a opção foi por algo mais limpo, mais claro, do que nos primeiros
trabalhos do projeto. Mas ao mesmo tempo, ela nos permite ouvir claramente como
a essência musical do CRUSHING AXES está
bem mais clara ao ouvidos, em composições mais soltas e espontâneas. O que a
experiência e o tempo não fazem...
Brutal e técnico, mas sempre preocupado em se manter coeso e
diferenciado, o que se ouve em “Trails
of Blood” é algo ótimo, com bons arranjos e músicas que fluem de maneira
espontânea, sem nada forçado.
E desta forma, percebe-se que canções como “God Says Hate” e seu ataque de riffs
ferozes e bem trabalhados (sim, há uma pegada interessante nas guitarras em
vários pontos dessa música), as partes mais refreadas de “Below Salt” (onde se percebe a clara influência de Thrash Metal aqui
e ali, e o trabalho de baixo e bateria está muito bom), a mais experimental “Trial by Combat” (onde na introdução,
temos a presença de violões e guitarras limpas antes do mundo vir abaixo, mostrando
uma canção mais pesada e cadenciada, mostrando baixo e bateria em grande forma),
mesmos elementos que se ouvem em “Burn
Everyone”. Um pouco mais trabalhada em termos de arranjos é “In the Path of Death”, que tem velocidade
e onde se tem a participação do vocalista do CHAOS SINOPSYS, Jairo Vaz
Neto; a veloz e agressiva “Trail of
Blood” é outra bordoada no queixo, onde Glauber Rico (vocalista do NEKROST)
chega junto e participa; mais trabalhada e cheia de detalhes ótimos de guitarra
é “Commotio Cordis”, onde Luiz Artur do HATEMATTER aparece. E destacam-se ainda a arrastada e azeda “The Spoilers of War” e seus vocais
guturais de primeira.
Desta forma, o CRUSHING
AXES se mostra vivo e disposto a continuar em sua trilha de sangue e boa
música.
"Our Never-Ending Loneliness", the new EP from Chicago Instrumental Dark Music Band THE KAHLESS CLONE is now streaming in its entirety. The band has also released a guitar play-through video for EP track "This is All Falling Apart," which can be viewed at: https://youtu.be/YeqLeek07ZA
"Our Never-Ending Loneliness" is available for streaming at these locations:
"Our Never-Ending Loneliness" will be released November 3 on digital and CD formats. Featuring NOVEMBERS DOOM guitarist Vito Marchese, the new EP builds on the foundation established with stunning debut EP "An Endless Loop", and forges the vibe of dark metal, with the sonic landscape and emotional buildups of post-rock. Pre-order the EP at thekahlessclone.bandcamp.com/album/our-never-ending-loneliness
"A tasteful mix of heavier bombast of metal, and the comforting ease and sway that is classic of post rock."
- All About the Rock
"Awesome riffs and even more amazing keyboard moments."
- Progressive Music Plant
"Psychedelic progressive post dark metal at its very best."
- Merchants of Air
"Our Never-Ending Loneliness shows off the impeccable chops of The Kahless Clone in creating a spellbinding work, one that draws the listener deep into a perfectly sculpted timeless sound."
- Beachsloth
"Very catchy and melodic. A pleasure to listen to."
- Hellfire Magazin
"Instrumental delicacy...bright musical nuances."
- Queens of Steel
"The feeling mentally of wandering in the vast emptiness of outer space, transported along in solitude by a sleek ship built from the base minerals of rock and metal."
- Canadian Assault
"Melodic dark doomy/prog-ish, like Katatonia/slower Opeth."