2017
Selo: Hellion Records Brasil
Nacional
Nota: 9,2/10,0
Tracklist:
1. Lost in
Forever
2.
Beautiful Lies
3. Written
in Blood
4. Against
the World
5. Beyond
the Mirror
6. Halo of
the Dark
7. Dies
Irae
8. Forget
My Name
9. Burning
in Flames
10.
Nevermore
11. Shine
and Shade
12. Heaven
in Hell
13. Love’s
a Burden
14. The
Other Side
15. Dim the
Spotlight
16. Our
Little Time
17. Rage
Before the Storm (Official Wacken Hymn 2015)
Banda:
Jennifer Haben - Vocais
Nils Lesser - Guitarra solo, teclados
Christopher
Hummels - Guitarra base, backing vocals
Erwin Schmidt - Baixo
Michael Hauser - Teclados
Tobias Derer - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://www.beyondtheblack.de/
Twitter: www.twitter.com/_btb_official
Youtube:
Instagram: www.instagram.com/beyondtheblack_official
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: info@mps-hanseatic.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Muitos alardeiam o fim do Metal, baseando suas idéias no
encerramento de atividades de alguns gigantes, e do falecimento de outros. Essa
é uma visão errada, já que o estilo, diferente de outros, se encontra em
constante renovação. É necessário não confundir a fragmentação em que o estilo
está imerso e a visão conservadora do Brasil com a falta da chegada de novos
talentos. A segunda é constante no Metal, e o sexteto alemão BEYOND THE BLACK é um novato que chega
muito bem com seu segundo álbum, “Lost
in Forever”, que foi lançado no Brasil pela Hellion Records.
Os esforços da banda são focados na criação de uma fórmula
bem particular de Symphonic Metal, cheio de belas orquestrações e melodias
muito envolventes. E tudo isso guiado pelo dueto de vocais, onde a suavidade e
força das vozes femininas e a aspereza de tons masculinos (tanto guturais como
normais) se mesclam, criando algo diferente. E não apenas isso, pois as
guitarras são excelentes (seja nos riffs ou nos solos), a base rítmica é pesada
e bem trabalhada, e os teclados dão aquele toque de elegância, alinhavando
todos os instrumentos. Ou seja, é muito bem feito e com boa dose de
acessibilidade.
A produção de “Lost
in Forever” é de Sascha Paeth,
que trabalhou tanto na engenharia sonora como na mixagem, embora Hardy Krech, Mark Nissen, Thorsten Brötzmann, Hannes Braun e Ivo Moring sejam creditados como
produtores e tenham trabalhado na mixagem e gravação do álbum (pois estes
contribuíram em canções diferentes uns dos outros), e a masterização é de Sascha “Busy” Bühren. Óbvio que tanta
gente junta teria que fazer um trabalho diferenciado, que resultou em uma
qualidade sonora excelente, limpa e pesada nas medidas corretas, e com boa dose
de agressividade. E a bela arte gráfica de capa e layout realmente são ambos de
primeira, transparecendo o conteúdo musical do sexteto.
Apesar de ser apenas o segundo disco do BEYOND THE BLACK, a fluência e diversidade musical são
surpreendentes. Os arranjos dos teclados e guitarras realmente se complementam,
ao passo que baixo e bateria criam uma base diversificada, enquanto os vocais
vão nos cativando pela diversidade de timbres usada. E ainda por cima, existe uma gama enorme de músicos convidados que dão um toque a mais de classe e peso ao trabalho musical o sexteto, logo, preparem os babadores.
Em disco desse nível é difícil poder ressaltar uma ou outra
canção. Mas se sobressaem a bela “Lost
in Forever” (e suas belas passagens de guitarras melodiosas, com alguns
urros mais agressivos), as lindas e amenas melodias Folk de “Beautiful Lies” (quase que uma balada,
recheada de belos duetos vocais), a modernosa e pesada “Written in Blood”, o peso grandioso e sinfônico de “Against the World”, que é recheada de
ótimas orquestrações dos teclados (onde o ritmo alterna bastante, de partes
mais pesadas e outras mais introspectivas); a pegada um pouco mais voltada ao Doom/Gothic
de “Beyond the Mirror”, as harmonias
aveludadas de “Forget My Name”, que
são entremeadas por crescendos pesados (e mais uma vez surgem duetos de vocais
femininos melodiosos e urros agressivos, isso em uma música cheia de mudanças
de ritmo muito boas), e a presença acentuada do baixo e o peso da bateria que
criam um contraste de peso e beleza em “Nevermore”
e em “Shine and Shade”. Mas como a
Hellion Records sempre presta serviços de alta qualidade, a versão nacional de “Lost in Forever” ainda tem 4 canções bônus:
“The Other Side” (que transita entre
o intimista e o etéreo com algumas passagens mais agressivas), a intensidade
sinfônica aliada a tons modernos de “Dim
the Spotlight”, o contraste entre melodias grandiosas e partes mais secas
de “Our Little Time”, e “Rage Before the Storm”, o hino official
da edição de 2015 do Wacken Open Air (uma canção forte e que nos embala).
No mais, o BEYOND THE
BLACK é excelente, logo, levem para casa, pois a satisfação é garantida.