Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Century Media Records
Importado
Tracklist:
1. Nuclear
Alchemy
2. Sacred
Damnation
3.
Teufelsreich
4. Furor
Diabolicus
5. A Throne
Below
6. Ultra
(Pandemoniac)
7. Towards
the Sanctuary
8. The Fire
of Power
9.
Antikrists Mirakel
Banda:
Erik Danielsson - Vocals, baixo
Pelle Forsberg - Guitarras
Håkan Jonsson - Bateria
Ficha Técnica:
T. Stjerna
- Gravação, mixagem, masterização
Oik Wasfuk – Arte de capa e contracapa
Ketola - Artwork
E. - Artwork
adicional, layout, caligrafia
Attila Csihar - Vocais adicionais em “Ultra (Pandemoniac)”
H. Death - Guitarra solo em “Ultra (Pandemoniac)”
A. Lillo - Músico convidado
Set Teitan - Músico convidado
Contatos:
Site Oficial: http://www.templeofwatain.com/
Facebook: https://www.facebook.com/watainofficial
Twitter:
Instagram: http://instagram.com/watainofficial
Bandcamp: https://watainsom.bandcamp.com/
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
As bandas de Metal possuem dois direcionamentos: ou elas se
tornam enraizadas em torno do próprio estilo e evoluem pouco em termos musicais
durante suas carreiras (o que não chega a ser algo ruim, bastando observar os
exemplos do AC/DC e do MOTORHEAD para chegarem a esta conclusão),
e aquelas em que a evolução é a força motriz do trabalho. Mas existem casos das
bandas do segundo grupo que, por algum motivo, preferem retroceder. E esse é o
caso do grupo sueco WATAIN. Toda a
evolução que mostraram em “The Wild Hunt”
está ausente em “Trident Wolf Eclipse”,
o recém-lançado disco do trio.
Basicamente, o trio resolveu dar uma rebuscada em seu jeito
cru e brutal de fazer Black Metal, lembrando um pouco o que fizeram em “Casus Luciferi” (2003) e “Sworn to the Dark” (2007). Está mais
direto e ardente como antes, limando toda e qualquer evolução. Mas não entendam
mal: “Trident Wolf Eclipse” é um
disco excelente, mas há momentos em que se percebe que a banda se forçou a soar
como em seu passado, que os famosos “mimimis” dos fãs chegaram aos ouvidos
deles. Há momentos inclusive que melodias soturnas surgem, como se pode ouvir
em “A Throne Below”, alguns toques
Thrash/Black à lá DESTRUCTION e SODOM aqui e ali. Está ótimo, mas não é
tudo que o WATAIN pode oferecer.
Basicamente, o time que trabalhou na produção do disco é o
mesmo de sempre. Isso garantiu que o resultado sonoro fosse algo com a
qualidade que a banda atingiu em “Lawless
Darkness” e “The Wild Hunt”, ou
seja, agressivo e ríspido, mas bem feito. A crueza do som vem dos tons
instrumentais escolhidos, permitindo assim que os ouvintes compreendam o que a
banda está fazendo. Óbvio que certo abafamento que se ouve é proposital, mas
dar aquela ambientação crua e opressiva característica da banda.
Em termos de arte, a capa já mostra o que o disco tem
musicalmente: uma volta às raízes musicais.
Bruto e agressivo, mesmo tendo recuado em termos evolutivos,
“Trident Wolf Eclipse” ainda mostra
o quanto o WATAIN tem tudo para ser
um dos nomes fortes do gênero, uma liderança forte, pois apesar de mais
simples, é justamente dessa forma que se percebe o talento do grupo, o que o
diferencia de tantos.
A sedutora e brutal “Nuclear
Alchemy” com seus riffs crus e mudanças de ritmo providenciais, o assalto
opressivo de baixo e bateria mostrado em “Sacred
Damnation”, a força cadenciada de “Teufelsreich”
(excelente trabalho de baixo e bacteria, criando uma base rítmica segura e bem
trabalhada), a ultra-agressiva “A Throne
Below” e seus excelentes vocais (bem como suas belas melodias sombrias e o bom
trabalho de baixo), os arranjos simples e eficazes de “Ultra (Pandemoniac)” e de “The
Fire Power” formam a espinha dorsal de um dos grandes discos de Black Metal
do ano.
É bom se prepararem, pois o WATAIN está de volta para causar caos e destruição, bem como para
pulverizar ossos, pescoços e ouvidos!
Nota: 93%
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