Ano: 2017
Tipo: Full Length
Selo: Classic Metal Records
Nacional
Tracklist:
1. Nightfall
2. Midnight
City
3. Mistress
of Darkness
4. Wild ‘n’
Free
5. Heavy
Metal Hurricane
6. The Eyes of the Biter
Banda:
Diego Alcon - Guitarras, vocais
Jimmy Walker - Guitarras
Brian Adriano - Baixo, vocais
Anderson Bregantin - Bateria
Ficha Técnica:
Adriano Conde - Vocais
Gabriel Aguillar - Vocais
Fabiano Blator - Artwork
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/biter.metal
Twitter:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria: http://infomusicpress.com/site/ (Info Music Press)
E-mail: biter.metal@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
A paixão pelo Metal oitentista se justifica de várias formas,
especialmente porque a diversidade que conhecemos nos dias de hoje começou
justamente na primeira metade dos anos 80. O que muitos fãs ainda não
compreendem é que não existem proibições sobre se fazer o dito Metal “Old
School” nos dias de hoje (mesmo porque música é algo atemporal), mas trilhar
por este caminho significa que você vai precisar se atualizar em alguns
aspectos, para que a música não vire uma mera cópia do que já foi feito antes.
Nesse ponto, o quarteto BITER, de Indaiatuba
(SP) mostra que tem boas ideias e muito potencial em “The Eyes of the Biter”, seu primeiro álbum.
Em termos diretos: a banda faz uma mistura de Metal
tradicional à lá NWOBHM com aspectos do Speed Metal da primeira metade dos anos
80. Ou seja, boas melodias, nível de energia nas alturas, boa técnica
instrumental, mas o que mais surpreende no trabalho deles é a capacidade de
pegar todos os clichês do estilo e criar algo cheio de vida. A música flui
deles, e não é algo forçado, como muitos teimam em fazer. Não há um resgate ao “feeling
anos 80”, mas apenas a vontade de fazer a música que eles gostam. E isso conta
muitos pontos.
O ponto que causa alguns problemas é a produção sonora. Ela
ficou com volume de som baixo, e soa oca muitas vezes. Talvez o produtor tenha
buscado por algo mais orgânico e cru para encaixar na música do grupo, mas se
poderia ter feito isso de outras formas. Mas não está de todo ruim, pois se tem
a compreensão plena do que está sendo tocado. E a arte ficou muito legal, mais
uma vez usando os clichês dos anos 80, mas encaixou como uma luva no que eles
fazem.
O trabalho musical do BITER
não busca ser inovador ou criar novas vertentes no Metal. Tão pouco vem
querendo puxar o movimento para os anos 80. É algo honesto e que vem do
coração, bem feito e muito espontâneo. Eles possuem uma capacidade de criar
riffs e refrãos que grudam em nossos ouvidos, de tecer linhas melódicas simples
e envolventes. Ninguém precisa ser inovador, não há regras quanto a isso, mas
eles possuem identidade, e isso é o suficiente.
O lado musical supera os defeitos, justamente porque eles
têm talento, como as seis canções do álbum testemunham. Mas é uma experiência e
tanto ouvir Metalzões pesados como “Midnight
City”, a energia crua e sedutora de “Mistress
of Darkness” (reparem o jeitão Rock ‘n’ Roll à lá CHROME DIVISION em algumas artes, e vocais bem encaixados), o jeito
germânico grudento de “Wild ‘n’ Free”,
o trabalho peso-pesado de baixo e bateria em “Heavy Metal Hurricane”, e a pegada melódica suja de “The Eyes of the Biter” com seus riffs
melódicos e raçudos.
Uma produção melhor da próxima vez (algo como o ENFORCER costuma usar), e ninguém
segura esses sujeitos! E não foi à toa que o grupo foi escolhido para participar do Open The Road Festival Open Air, em fevereiro próximo.
Nota: 82%
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