2017
Selo: Drakkar Productions
Nacional
Nota: 9,5/10,0
Tracklist:
“Candelarum” EP:
1. Candelarum
2. Rebellionis
3. Hoc Est Corpus Meus
4. Viva Satanas
“Adornus
Satani” Rehearsal Demo 1998:
5. Moon of
Serpent
6. Adornus Satani
“Adornus Satani” Rehearsal Demo 2000:
7. The
Majestic Throne of Forest (Intro)
8. Moon of
Serpent
9. Adornus
Satani
10. Gran
Dominium
11. The
Dark Sphere of Soul
12. Dark
Enchantment
13.
Tormented by the Evil Existance (Outro)
Banda:
Lord Mephyr - Vocais, guitarras, teclados, baixo
Pestiferat XIII - Bateria, percussão
Contatos:
Site Oficial: http://spellforest.com/
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Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Quando se fala em Black Metal no Brasil, muito se pensa no
aspecto das polêmicas, mas não deveríamos nunca deixar de lado o aspecto
musical. Apesar de tudo, o gênero agrega muito valor a todos os outros. E por
aqui, podemos dizer que temos de tudo em termos de Black Metal, e o SPELL FOREST, um grupo de muita
experiência nos ombros, é um dos nomes mais fortes e criativos do gênero. E
como a Drakkar Productions Brasil
possui forte preocupação mercadológica com os fãs do estilo, eles bancaram o
relançamento do EP “Candelarum” de
2014, só que com algumas faixas bônus ótimas.
O que temos em mãos é uma compilação. Temos, juntamente com
as faixas do supracitado EP mais as duas Demos-ensaios “Adornus Satani”, sendo uma de 1998 e a outra de 2000, antes que a
banda lançasse seu primeiro álbum em 2001. O que se percebe através dessa
passagem que compreende 16 anos é que o SPELL
FOREST mantém uma identidade musical forte, mas que não se nega a evoluir
dentro dos limites do Black Metal soturno e sombrio nos moldes da SWOBM. E essa
fusão de personalidade com uma visão diferenciada e experiente faz da banda um
nome bem conhecido no underground e com um trabalho tão bom.
Em termos de qualidade sonora, é mais que óbvio que elas
existem. As das Demos estão em um bom nível para a época, onde as limitações
financeiras e de equipamentos (e mesmo de um pouco de “know-how” de como se
gravar o gênero por aqui), e mesmo porque a crueza faz parte do charme do Black
Metal, verdade seja dita. Já as quatro do EP possuem uma crueza mais calculada,
embora permitindo que os instrumentos sejam ouvidos e compreendidos. Tudo isso
visando soar mais orgânico, cru e sombrio, e justamente por isso, ficou muito
bom.
A arte, feita por Mara
Huwe e o design interno da Svart Design deixam o disco ainda mais belo e
fúnebre, com o uso de tons de preto, branco e cinzento, tudo isso em um belo
formato Digipak de três painéis.
Embora não tão conhecido no cenário mundial como seus
compatriotas do MYSTERIIS, PATRIA e OCULTAN, o trabalho musical do SPELL FOREST é digno de menção honrosa
e tão bom quanto cada um deles. Sombrio e pesado, agressivo na medida certa,
com uma técnica musical sóbria e ótimos arranjos, suas canções seduzem os
ouvintes mais e mais conforme nos ambientamos a ela.
“Candelarum”,
como dito anteriormente, originalmente é um EP de quatro faixas, onde “Candelarum” mostra-se uma canção um
pouco mais tradicional em termos de Black Metal (com ótimas guitarras mostrando
melodias soturnas e teclados sinistros ambientando-a), seguida da agressividade
à lá MAYHEM antigo de “Rebellionis” com sua base rítmica veloz
em um bate-estacas impiedoso (embora com boas mudanças rítmicas por parte de
baixo e bateria), o peso ríspido e bruto de “Hoc Est Corpus Meus” e de “Viva
Satanas” (ambas com ótimos vocais e riffs excelentes) mostram como o grupo
tem lenha para queimar.
Em termos das Demos, é bom se preparar, pois a qualidade
sonora é extremamente crua, especialmente em “Adornus Satani” de 1998, com a de 2000 um pouco melhor. Mas ambas
as versões para “Moon of Serpent” e “Adornus Satani” de ambas as Demos,
mais “Gran Dominium” e sua agressividade
espontânea e envolvente, e a explosiva “Dark
Enchantment” nos levam à conclusão de que o grupo é realmente fiel às suas
raízes musicais, mas sem ficar preso ao passado.
No mais, o SPELL
FOREST não necessita de muitos elogios, já que o trabalho deles por si já
diz tudo. Logo, aproveitem, pois a tiragem de “Candelarum” é limitada a 500 cópias apenas!
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