2017
Selo: Shinigami Records
Nacional
Nota: 9,3/10,0
Tracklist:
1. You are
Your Money
2. The
Flight of the Sapini
3. C’est La
Vie
4. Guys
from God
5. Feeding
the Beast
6. Eyes of
the World
7. Colder
than Cool
8. Too High
to be Falling
9.
Motorbike
10. Since
You Been Gone
11. Don’t
Look Back
12. Coda
Banda:
Graham Bonnet - Vocais
Dario Mollo - Guitarras
Dario Patty - Baixo, teclados
Roberto Gualdi - Bateria
Convidados:
Guido Black - Baixo, backing vocals em “Eyes of the World” e “Since You Been Gone”
Contatos:
Graham Bonnet:
Site Oficial: http://grahambonnetband.com/
Twitter: https://twitter.com/TheGrahamBonnet
Instagram: https://www.instagram.com/bonnetofficial/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: grahambonnetbooking@gmail.com
Dario Mollo:
Site Oficial: http://www.dariomollo.com/
Facebook: https://www.facebook.com/mollodario/
Twitter: https://twitter.com/mollodario
Instagram: https://www.instagram.com/dariomollo/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Juntar duas feras (em termos musicais) é sempre um trabalho
bem difícil, já que sempre há o problema de agendas. Mas quando acontece, saiam
de baixo: vem coisa boa por aí. E o EZZO
nada mais é que um projeto de dois músicos fenomenais: o guitarrista italiano Dario Mollo (conhecido por trabalhar
com músicos como Glenn Hughes e Tony Martin) e do célebre vocalista Graham Bonnet (famoso por seus
trabalhos com RAINBOW, MSG, ALCATRAZZ
e IMPELLITTERI), acompanhados do
baixista/tecladista Dario Patty e do
baterista Roberto Gualdi (o primeiro
é companheiro de Dario no CROSSBONES, VOODOO COLINA e THE CAGE, enquanto o segundo é do THE CAGE). E o que “Feeding the Beast” tem que nos chama atenção??? Simplesmente
música do mais alto gabarito, e a Shinigami Records nos presenteia com esse
discão em versão nacional!
Em termos de estilo, aqui você tem o bom e velho Hard
Rock/Classic Rock que já se conhece dos trabalhos deles. A diferença está na
fusão da voz marcante e forte de Graham
com o estilo fluido e virtuoso de Dario.
Óbvio que pensarão nos trabalhos anteriores deles, mas acho melhor terem calma,
pois justamente por ser um projeto, tudo em “Feeding the Beast” é mais solto e espontâneo, sem pretensões de
reinventar a roda ou de se exibirem. Longe disso: o trabalho é centrado nas
canções, e por isso é tão maravilhosamente envolvente. Cada refrão é excelente,
as músicas transitam de uma para a outra de forma espontânea, cheias de feeling
e lindas linhas melódicas, mas com boa dose de peso.
A produção foi toda feita por Dario no Damage Inc. Studio, o que garantiu controle sobre a obra.
E vemos que ele fez uma produção de primeira, sóbria e sem muitas firulas, para
não perder o feeling mais orgânico e livre das canções. A qualidade sonora é clara,
com uma estética excelente e ótimos timbres instrumentais. Tudo soa coeso e em
seu devido lugar. A arte gráfica do disco é escura, com as letras em branco,
fazendo que todas as atenções fiquem somente na música do quarteto.
Como já dito, a música do EZOO é bem espontânea e sem a pretensão de salvar o Rock ‘n’ Roll e
o Heavy Metal. Percebe-se que “Feeding
the Beast” é um disco que converge musicalmente para a vontade mútua de Graham e Dario trabalharem em algo juntos. E, além disso, na mão deles, as
canções não soam datadas, mas bem pesadas e atuais, mesmo em seus momentos mais
ternos.
O disco é bom de ponta a ponta, sem exageros ou músicas que
se destaquem. Mas este autor (após um esforço enorme) se atreve a citar a
provocante e envolvente “You are Your Wallet”
e seu peso agradável (além de belos arranjos de guitarra e vocais bem postados),
a mais atual e intensa “C’est La Vie”
e sua riqueza de arranjos de guitarra (for baixo e bateria estarem muito bem e
coesos), o peso boogie presente na pegajosa “Guys from God”, a intensa e diversificada “Feeding the Beast” e suas passagens que se alternam entre melodias
mais intimistas e momentos mais secos (reparem na beleza dos arranjos de
guitarra e solos, bem como nos teclados, e tudo isso em 11 minutos que passam
ligeiros), “Colder than Cool” e “Too High to be Falling” (ambas com um
jeitão de Classic Rock modernizado e com belo trabalho dos vocais), a “hardoza”
com um jeitão meio anos 80 “Motorbike”,
o peso das guitarras com um tempero melodioso dos teclados em “Don’t Look Back”, e as instrumentais “The Flight of the Sapini” (onde a
guitarra chega a soltar fumaça pela rapidez de Dario) e “Coda” (em que
um ado mais sensível e melancólico das seis cordas está evidenciado).
Acabou?
E vocês acreditam que eu deixaria de for a as versões do EZOO para “Eyes of the World” (do RAINBOW)
e “Since You Been Gone” (que o RAINBOW popularizou, mas que é de Russ Ballard, mesmo autor de “God Gave Rock ‘n’ Roll To You 2”) de
fora? A primeira mostra o lado mais seco e agressivo do Hard Rock, com enfoque
nas guitarras, enquanto a segunda é um clássico, cheia de melodia e boa presença
de teclados, baixo e bateria (mas com um refrão único e marcante). E em ambas,
os vocais são perfeitos.
Quando dois monstros se juntam para fazer música, e o foco
fia somente nela, não tem erro. O EZOO
é assim, e “Feeding the Beast” é um
disco daqueles que se ouve todos os dias, e várias vezes!
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