2017
Selo: Independente
Nacional
Nota: 9,3/10,0
Tracklist:
1. Ogum (intro)
2. No Açoite
3. Mordaça
Banda:
Rodrigo Costa - Vocais
Fernando Marques - Guitarras
Rafael Coutinho - Baixo
Theo Espindola - Bateria
Convidado:
Bruno Saraiva - Teclados
Professor Jeison Silva - Percussões
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/matakabra/
Twitter:
Instagram: https://www.instagram.com/matakabra
Bandcamp: https://matakabra.bandcamp.com/releases
Assessoria: https://www.facebook.com/cangacorockcomunicacoes/
(Cangaço Rock Comunicações)
E-mail: matakabra.contato@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Maus tratos a 95% da população do nosso país. É sempre
assim, é a história de 517 de uma nação que erra e não aprende. Continuam
presentes no dia a dia o ódio aos menos afortunados, aos homossexuais, ao
afrodescendente e indígena, ou seja, em tudo. Ódio que necessita ser extirpado,
nem que em uma dolorosa cirurgia sem anestesia, pois nada justifica tanta
opressão, tanto ódio, tanta afronta às diferenças. E carregados de revolta
suficiente para rasgar os céus, o agora quarteto pernambucano MATAKABRA chega com seu mais recente
trabalho, o EP “Marginal”.
Se em “Prole” (EP
anterior da banda) eles já davam sinais que não são a típica banda de Metalcore
com passagens limpas e de melodias evidentes, aqui fica mais clara a vocação
extrema do grupo. Ainda com uma sonoridade moderna (clara pelos timbres
gordurosos dos instrumentos, apesar de bem definidos), percebe-se que o grupo
está ainda mais raivoso e extremo, quase como se pudéssemos chamar o estilo
musical deles de Death Metalcore. E não, não seria nenhuma heresia, já que
elementos os elementos de Death Metal de antes estão mais evidentes dentro da
musicalidade moderna do quarteto.
Produzido por eles mesmos, a sonoridade de “Marginal” é ainda mais abrasiva e
brutal que em prole. A afinação baixa das guitarras e baixo deixaram tudo ríspido
agressivo, mas a sonoridade continua limpa e intensa. Sim, o grupo conseguiu um
bom nível de sonoridade mais uma vez, mas um passo adiante do que já haviam
mostrado antes.
A arte da capa evoluiu, em um trabalho muito bom de Pedro
Muniz, deixando claro que o trabalho do grupo é focado em algo agressivo até os
ossos.
O EP abre com “Ogum”,
uma introdução que começa com efeitos climáticos, para logo surgir a sonoridade
de berimbaus, evocando a herança afro-brasileira de todos nós. Mas quando “No Açoite”, recheadas por influências
modernas e com baixo e bateria trovejando em ritmos quebrados e técnicos (mas
ouve-se um solo de guitarra caótico, mas bem feito). E “Mordaça” mostra um lado um pouco mais melodioso, embora a
brutalidade reine, mostrando vocais urrados ótimos e riffs de guitarra de cair
o queixo (e mesmo algumas partes rappeadas surgem, cheias de efeitos de
teclados, deixando tudo ainda mais moderno).
Torno a dizer: já passou da hora do MATAKABRA gravar um álbum, pois o grupo é ótimo!
Ouçam, se apaixonem, e aporrinhem bastante seus vizinhos!
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