2017
Nacional
Nota: 9,6/10,0
Tracklist:
1. Die by
the Sword
2. Hole in
the Head
3. The Rise
of Chaos
4. Koolaid
5. No
Regrets
6. Analog
Man
7. What’s
Done is Done
8. Worlds
Colliding
9. Carry
the Weight
10. Race to
Extinction
Banda:
Mark Tornillo - Vocais
Wolf Hoffmann - Guitarras
Uwe Lulis - Guitarras
Peter Baltes - Baixo
Christopher
Williams - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://acceptworldwide.com/
Facebook: https://www.facebook.com/accepttheband/
Twitter: https://twitter.com/accepttheband
Instagram: https://www.instagram.com/acceptworldwide/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Alguns nomes no Metal são icônicos, apesar de não terem nos
dias de hoje a projeção do seu passado de glórias. E o melhor exemplo para
ilustrar estas palavras é o quinteto alemão ACCEPT. Antes de tudo, o grupo é o pai por direito do que viemos a
chamar de “Heavy Metal Germânico”, com sua energia envolvente, corais e refrãos
marcantes, e a base instrumental de primeira. Eles tiveram suas glórias maiores
nos 80, pararam, voltaram nos 90, pararam, e desde que voltaram, estão mantendo
o alto nível de seus discos. Que o diga o mais recente disco deles, “The Rise of Chaos”, lançado no Brasil
ela Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil em mais uma parceria.
É preciso estabelecer algo: o disco não tem absolutamente
nada de novo. Não, é apenas o bom e velho ACCEPT
de sempre, com seu estilo melodioso, agressivo e marcante (o que já é bem mais
que suficiente). Assim como “Stalingrad:
Brothers in Death” e “Blind Rage”,
podemos dizer que “The Rise of Chaos” honra
o nome do grupo, mesmo estando longe do nível de seus discos mais clássicos.
As guitarras do novato Uwe
Lulis (ex-GRAVE DIGGER, REBELLION)
e do veterano Wolf Hoffman estão
excelentes, om riffs envolventes e de fácil assimilação, e solos de primeira. A
base rítmica de Pete Baltes (baixo)
e do também novato Christopher Williams
é sólida e pesada, mantendo a coerência e solidez dos ritmos das canções. E Mike Tornillo está cada vez mais
entrosado, cantando bem e impondo agressividade em sua voz em cada uma das
faixas. Talvez “The Rise of Chaos”
tenha sua melhor performance em um álbum desde que entrou na banda.
Esclarecendo: “The
Rise of Chaos” não inova, mas o ACCEPT
precisa inovar mais o que?
A produção, mixagem, masterização e gravação são, mais uma
vez, de Andy Sneaps. A parceria que
vem dando certo não foi mexida, justamente para quilo que Wolf tem dito em
algumas entrevistas: a fusão da velha essência e identidade do ACCEPT com uma sonoridade mais forte e “cheia”
que os equipamentos modernos permitem. Dessa maneira, a sonoridade se torna
híbrida, com muita energia e pesada, mas sempre com o feeling de que existe uma
banda tocando.
A arte da capa e o layout são de Gyula Havancsák, artista húngaro que já fez capas para bandas como ANGELUS APATRIDA, ANNIHILATOR, DESTRUCTION,
GRAVE DIGGER e outros. E a imagem da capa é icônica, deixando clara a idéia
do título. E a versão nacional é em formato Digipack!
O que se pode dizer de “The
Rise of Chaos” além de que é um dos fortes concorrentes ao Top 10 de muitos
ao final do ano?
Como dito acima, seguindo o velho estilo eles lançaram um
disco ótimo, com músicas excelentes e arranjos fantásticos. A banda parece mais
cheia de vigor que em “Blind Rage”,
com vontade de fazer música de alto nível. E quem ganha somos nós.
Pedradas como a energia seca e cativante de “Die by the Sword” (andamento com
velocidade média, esbanjando melodia, ótimo refrão e Mike pondo os pulmões para
fora, cantando muito bem), a trampada e com aquele jeitão clássico do quinteto “The Rise of Chaos” (aqui a sessão
rítmica mostra sua força e peso, sem exagerar na técnica), a levada pegajosa e
mamutesta de “Koolaid” (aquela pega
em meio tempo tão ACCEPT, um refrão
com bons backing vocals e um trabalho primoroso das guitarras), o peso “Metal
Made in Germany” de “No Regrets” e “Analog Man” (a primeira com boas
passagens mais melodiosas, e mesmo certo tom de acessibilidade musical, e a
segunda com aquelas pequenas paradas que o quinteto sempre fez muito bem, com
os vocais ótimos, excelentes backing vocals e guitarras excepcionais), aquelas
melodias bem feitas e grudentas do grupo apresentadas em “Worlds Colliding”, e as melodias em um andamento “up tempo” de “Race to Extinction”.
“The Rise of Chaos” veio
para mostrar que o grupo está vivendo um ótimo momento na carreira. E usando a
frase de um grande amigo meu, quem gosta de Metal, gosta de ACCEPT.
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