2017
Selo: Night Hunter Records
Nacional
Nota: 8,0/10,0
Tracklist:
1. Intro
2. The Smell of Death
3. Unceasing Torment
4. Annihilator of Minds
5. Bastard Blood
6. Confronting Death
7. Global Devastation
8. Death Row
9. Peter Killer
10. Cruel Faith
11. Social Chaos
12. Voluntary Slavery
13. Nightfear
Banda:
Caio -
Vocais
Alex - Guitarras
Marcelo - Baixo
Ivan - Bateria
Contatos:
Site Oficial:
Twitter:
Youtube: https://www.youtube.com/user/ufrat1
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria: https://roadie-metal.com/press/ufrat/ (Roadie
Metal Assessoria)
E-mail: ufrat_banda@hotmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Bandas que andam pelos caminhos do Thrash/Death Metal (ou do
reverso, Death/Thrash Metal) sempre têm um enorme desafio: soarem atuais e
cheias de vida.
Isso ocorre devido ao fato que muitos pegam por referências
trabalhos antigos de bandas de Thrash Metal e Death Metal para criarem suas
músicas, mas muitos não gostam de atualizar o que fazem, e acabam com trabalhos
musicais que soam datados. Mas bandas como o UFRAT nos mostram que as possibilidades não são limitadas. Uma
ouvida em “Global Devastation”,
primeiro disco do quarteto, e perceberão isso.
Sujo e rascante, o trabalho deles mostra ampla influência de
nomes como SLAYER, SODOM, BENEDICTION
(de quem inclusive fazem um cover, “Nightfear”)
e MORBID ANGEL. Óbvio que podemos
aferir que o grupo é 75% Thrash e 25% Death Metal, e mesmo longe de ser algo
original, mostra peso e energia como poucos. E se repararem nas guitarras, os
solos possuem uma estética melodiosa interessante, com os solos mostrando um
feeling mais anos 70 em alguns pontos. A base rítmica possui um trabalho muito
bom em termos de peso e técnica, até um pouco incomum para o gênero. Os vocais
ficam em tons agressivos entre os timbres normais e o urrado, mas poderiam
explorar alguns tons mais extremos também. E do jeito que a banda é e mostra
potencial, não duvido que possam ir longe.
O calcanhar de Aquiles do disco: a produção. Ela ficou mais
crua que o necessário, talvez em busca de algo mais orgânico. Mas algo um pouco
mais seco poderia ter tido resultados melhores. Os timbres não estão ruins, se
consegue entender o que a banda está tocando, mas embora esteja bom, está fora do
que o som da banda merece.
O lado gráfico da produção é simples, direto e funcional. E
isso faz com que os temas de foco social das letras da banda fiquem claros. Mas
ao mesmo tempo, toda a atenção fica na música deles.
E digamos de passagem, o UFRAT tem muito potencial.
Esse quarteto que vem de Ivaiporã (PR) tem identidade, peso
e a capacidade de criar músicas interessantes, com passagens ganchudas e muita
garra. Só algumas lapidadas que a experiência e a estrada darão, e eles estarão
no ponto.
Por agora, canções como “The
Smell of Death”, com seu andamento envolvente e cheio de mudanças (e reparem
no solo com enfoque melódico bem feito); a energia intensa e crua que flui de “Unceasing Torment” e seu jeitão mais
cadenciado e grudento, com riffs animais (e sempre os solos mostrando
identidade e melodia); a força da base rítmica em “Annihilator of Minds” (baixo e bateria firmes, com boas conduções
e sem deixar espaços); a curta, grossa e carregada em puro Death Metal “Global Devastation” (vocais muito
bons, mas as passagens rápidas de baixo e bateria ficaram ótimas também) o peso
azedo e opressivo de “Death Row” (outra
exibição muito boa de guitarras); a levada Thrash/Death sedutora de “Peter Killer”; e a velocidade
encorpada de “Social Chaos”. Mas a
versão mais trabalhada de “Nightfear”,
do BENEDICTION, ficou arrasadora.
Uma produção sonora um pouco melhor, mais uns acertos
pontuais aqui e ali, e esses caras irão destruir pescoços e detonar ouvidos,
com toda certeza!
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