segunda-feira, 21 de agosto de 2017

THE NIGHT FLIGHT ORCHESTRA - Amber Galactic (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 10,0/10,0

Tracklist:

1. Midnight Flyer
2. Star of Rio
3. Gemini
4. Sad State of Affairs
5. Jennie
6. Domino
7. Josephine
8. Space Whisperer
9. Something Mysterious
10. Saturn in Velvet
11. Just Another Night (Bônus Track)


Banda:


Björn “Speed” Strid - Vocais
David Andersson - Guitarras
Sebastian Forslund - Guitarras, percussão
Sharlee D’Angelo - Baixo
Richard Larsson - Teclados
Jonas Källsbäck - Bateria

Convidados:

Johanna Beijbom - Backing vocals
Åsa-Hanna Carlsson - Violoncelo
Martin Lindqvist - Saxofone


Contatos:

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Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


E eis que o projeto THE NIGHT FLIGHT ORCHESTRA, surgido do desejo do vocalista Björn “Speed” Strid e do guitarrista David Andersson (ambos do SOILWORK) e do baixista Sharlee D’Angelo (do ARCH ENEMY, WITCHERY e SPIRITUAL BEGGARS) de explorarem um universo musical diferente do que estavam acostumados, chega ao terceiro disco, “Amber Galactic”, que aporta esta terra de Vera Cruz pela parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil.

Mas qual seria a sonoridade da banda, para aquele que não são iniciados e ainda não conhecem o trabalho deles?

Para início de conversa, esqueça as bandas principais de ambos, pois não vai encontrar nada daquilo no NFO. Aqui é o mais puro, divertido, melodioso e descompromissado Classic Rock dos anos 70, com claras referências à Soul Music da Motown, mais aquela aura do Rock e Rhythm’n’Blues, inclusive com a presença de saxofones, violoncelos e backing vocals femininos. Basicamente, é o som que existia antes do Metal apenas longe de ser datado com muito swing e energia. E sim, extremamente pessoal e diferente, além das melodias que aderem a nossos ouvidos e não saem mais.

Bom é apelido!

A produção de “Amber Galactic” é excelente. O sexto tomou as rédeas do processo nas mãos, tendo a engenharia sonora de Bengan Andersson, a mixagem de Sebastian Forslund (que também fez a arte gráfica do disco), mais a masterização de Thomas “PLEC” Johansson. Tudo para que o disco soe espontâneo, com uma pegada mais “old”, mas longe de soar datado. E sabe-se lá como, mas é isso que temos: o novo e o velho se mesclando de uma forma que o vencedor é o ouvinte.

Arranjos bem feitos, um dinamismo musical enorme, boa técnica (do jeito que as músicas pedem), cada um dos refrãos são altamente pegajosos, e as canções são inspiradas (e sem perder a espontaneidade), onde vemos que TOTO, SUPERTRAMP e outros deixaram uma marca no grupo, sem, no entanto, fazer com que essas influências fiquem aparentes (é bem trabalhoso percebê-las). Por isso o trabalho da banda transcende muito rótulos. É THE NIGHT FLIGHT ORCHESTRA, e ponto final!

E não, esqueçam, destacar uma ou outra canção de “Amber Galactic” é um sacrilégio! Ouçam o disco de ponta a ponta!

Para uma referência inicial, indicamos a sedutora e ganchuda “Midnight Flyer” e seus andamentos de primeira (fora o trabalho dos vocais estar magnífico, fora as ótimas guitarras), o belo trabalho de backing vocals e arranjos de baixo e bateria em “Star of Rio” e em “Gemini”, a presença criativa dos teclados (que alinhavam perfeitamente a música) e guitarras em escalas havaianas em “Sad State of Affairs”, “Jennie” e seus ótimos arranjos quase Pop dos teclados (tem bastante da pegada Pop dos anos 70 e início dos 80), “Domino” e seu jeito quase Disco Music (e seu excelente refrão), a grudenta e de melodias acessíveis “Josephine” (outra com belos teclados, mas os vocais e backing vocals estão em alto nível novamente e que refrão chicletoso do cão), o famoso “ouvi-gamou” que permeia os arranjos de guitarras do Rockão de “Space Whisperer”, o típico AOR/Pop Rock “made in 1981-1982” de “Something Mysterious” (poderia seguramente ser trilha sonora de filme ou de comercial de cigarros, com certeza), e o Boogie provocante de “Saturn in Velvet” com um groove essencial na sessão rítmica. E sem mencionar a ótima faixa-bônus, “Just Another Night”, uma versão bem personalizada do grupo para o velho hit de Mick Jagger, vindo direto do primeiro disco solo dele (“She’s the Boss”, de 1985), que aqui soa um pouco menos eclético que o original, mas igualmente excelente, inclusive pelo ótimo solo de saxofone.

Mais uma vez, sou forçado a falar de todas as canções, pois não há uma delas que seja especial, favorita ou melhor que as outras. O disco inteiro é maravilhoso.

Aproveitem, pois o disco é sensacional, e vai te ganhar de vez, sejam fãs de Metal, Rock, saudosistas do Pop dos anos 70 ou 80... Basta estar vivo para gostar de “Amber Galactic”!






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