segunda-feira, 21 de agosto de 2017

FIRE STRIKE - Slaves of Fate (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 8,7/10,0

Tracklist:

1. Reach For Your Life
2. Master of the Seas
3. Slave of Your Fate
4. Electric Sun
5. The Wolves Don’t Cry
6. Losing Control
7. Streets of Fire
8. Lust
9. Our Shout is Heavy Metal


Banda:


Aline Nunes - Vocals
Helyad Amaro - Guitarras
Henrique Schuindt - Guitarras
Edivan Diamond - Baixo
Alan Caçador - Bateria

Convidados:

Andria Busic - Backing vocals em “Reach for Your Life”, “Streets of Fire” e “Our Shout is Heavy Metal”, violão em “losing Control”
Ivan Busic - Narração épica em “Eletric Sun”
Pedro Zuppo - Vocais em “Master of the Seas”


Contatos:

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Bandcamp:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Fazer Metal à moda antiga não é algo simples. Antes de tudo, é necessário que o músico sopre vida dentro de estilos que já foram erodidos pelo tempo e/ou pelo uso indiscriminado. De outro, mostrar personalidade própria dessa forma é bem difícil, já que é extremamente comum as comparações com medalhões. Mas mesmo assim, existem bandas que fazem um trabalho bem legal, diferente de cópias bolorentas do que já foi feito.

Uma delas é o quinteto FIRE STRIKE, de São Paulo. E se eles já haviam feito um trabalho muito bom no EP “Lion and Tiger”, mostram que as labutas no underground fizeram o grupo amadurecer e nos brindar com seu primeiro “full-length”, “Slaves of Fate”, que a Shinigami Records colocou no mercado.

A priori, percebe-se a clara influência da NWOBHM no som do grupo (em especial o IRON MAIDEN), mas ao mesmo tempo, não é errado perceber as nuances que bandas como ACCEPT, FAITHFUL BREATH e WARLOCK também deixaram no som deles. Ou seja, peso e melodia nas doses certas, o enfoque técnico é uma consequência do que as músicas pedem, além de boa dose de energia e refrãos marcantes. Pode até não ser nada inédito, mas merece aplausos.

Um dos diferenciais do quinteto da maioria de seus pares de estilo é que a produção sonora do grupo foi bem cuidada. Andria Busic (ele mesmo, o ex-DR. SIN) produziu o disco e cuidou da mixagem e masterização. A sacada mais esperta em termos de sonoridade foi deixar o grupo soando orgânico e simples, sem muitas firulas, mas com boa dose de peso e bem clara. Aliás, a clareza deriva justamente dos aspectos tecnológicos modernos, que deram um toque diferenciado ao disco.

Em termos de arte, a capa de Celso Mathias ficou ótima, mas o uso das cores verde e amarelo no encarte deu uma diferenciada bem legal no velho padrão de fundo preto com letras brancas ou fundo branco com letras pretas.

O trabalho do FIRE STRIKE mostra-se mais maduro e coeso que antes, com a possibilidade de atingir uma parcela grande do público. E o trabalho do grupo é muito honesto: é Heavy Metal tradicional, puro e simples, apresentando uma releitura bem feita dos velhos clichês (mas que sempre funcionam na mão de quem sabe o que faz).

Em “Slaves of Fate”, se destacam bastante a energia envolvente de “Master of the Seas” (uma pegada pesada envolvente, com vocais de primeira além de belos duetos de guitarra), a força rítmica de “Slave of Your Fate” (bela mistura de passagens melódicas e introspectivas com refrão marcante, com baixo e bateria mostrando boa técnica), a acessibilidade Hard’n’Heavy marcante de “Electric Sun” e de “The Wolves Don’t Cry”, a debulhada à lá NWBOHM de “Streets of Fire”, e a mistura de energia, peso e melodia bem equilibrada de “Lust”. Mês de forma alguma isso quer dizer que “Reach For Your Life”, “Losing Control” ou “Our Shout is Heavy Metal” sejam faixas dispensáveis, bem longe disso.

Indicado aos fãs de Metal tradicional, bem como aos que possuem bom gosto.

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