Banda: FINAL DISASTER
Início de atividades:
2013
Discos lançados: “Another
Victim” Single (2014), “Finis
Hominis” (Single) 2015, “The Darkest
Path” EP (2017)
Formação atual: Kito
Vallim (vocais), Laura Giorgi (vocais),
Daniel Crivello (guitarras), Rodrigo Alves (guitarras), Felipe Ribeiro Kbça (baixo), Bruno Garcia (bateria).
Cidade/Estado: São Paulo/SP
Final Disaster |
BD:
Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?
Kito Vallim: Eu já havia participado de
diversos projetos e estava afastado do Metal há algum tempo, tocando muito Rock
e Hard Rock. Achava que a melhor forma de me expressar artisticamente seria
montando uma banda de Metal, conversei com a Laura, chamamos alguns amigos e iniciamos a banda. A principal
motivação do FINAL DISASTER é que a
gente consiga se expressar artisticamente, o importante é que todos se sintam
completos com o que acontece com a banda e quanto mais pessoas curtirem nosso
trabalho, melhor.
BD: Quais
as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?
Kito Vallim: O cenário está saturado de coisas
acontecendo ao mesmo tempo. Temos uma grande quantidade de bandas de todos os
estilos, temos uma grande quantidade de eventos acontecendo simultaneamente,
temos uma grande quantidade de casas de show. E existe público para tudo isso,
mas o excesso de informação está dispersando a atenção de tudo e todos, então
apesar de tudo que está acontecendo ao mesmo tempo, há uma grande dificuldade
de se conseguir destaque. Então conseguir crescer nesse cenário e sustentar uma
banda de forma saudável é extremamente complicado hoje em dia.
BD: Como
estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com
regularidade? A estrutura é boa?
Kito Vallim: Em São Paulo
e arredores há sempre algum evento ocorrendo que precisa de mais uma banda,
então, sim, conseguimos tocar com regularidade. Infelizmente o público é muito
instável, então às vezes tocamos para grandes públicos e às vezes para
praticamente ninguém. E isso ocorre por diversos motivos. A estrutura dos
palcos por aqui também é algo completamente heterogêneo, há casas de show com
excelente estrutura e outras com estrutura muito abaixo. São Paulo é uma cidade
tão grande que acho que é possível encontrar todos os cenários possíveis quando
se vai fazer um show, na verdade rsrs.
BD:
Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes
estão partindo, e outros parando. Mas, e vocês, que são uma banda, como encaram
esse tipo de comentário?
Kito Vallim:
Artistas novos surgem todos os dias, eles só não chegam mais ao nível do Metallica (e nunca mais vão chegar). O
que vem ocorrendo é que a sociedade está cada vez mais nostálgica e estamos
olhando cada vez com mais carinho para o passado, muitos esquecem do presente,
mas as coisas não deixaram de acontecer e muitos grandes artistas continuam
surgindo.
Uma coisa que vem me
preocupando é que o público no metal vem se renovando pouco. A maioria dos
shows que eu vou ou que eu faço, a média de idade do público é superior à
minha. Eu brinco dizendo que quando tinha 15 anos, meus ídolos tinham a minha
idade hoje e não estou vendo ninguém com 15 anos se espelhando em mim rsrs. É
uma brincadeira, mas expressa um pouco do que vemos no cenário.
Outra coisa é que estamos
vivendo tempos de internet e as estratégias para um artista hoje em dia são
outras.
Muito do que se fazia nos
anos 70 e 80 já não davam certo nos anos 90 e, consequentemente, muito do que
se fez nos anos 90 já não dá mais certo hoje. Existem grandes artistas novos,
mas eles não estão mais nos mesmos meios de antes e, se você está conhecendo um
artista novo hoje, é muito fácil misturar artistas pequenos com grandes nas
plataformas digitais, o que pode dar a impressão de que não temos bandas
influenciadoras mais. Mas temos. E muitas.
BD: Em
termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?
Kito Vallim: Nosso
mercado é muito fechado em termos musicais. Não exportamos a maioria das nossas
bandas e não importamos uma grande variedade de bandas (as bandas gringas que
vem para cá costumam ser sempre as mesmas e quando vem uma diferente e lota uma
casa de show grande, todos ficam surpresos). Lá fora temos uma grande
quantidade de artistas com menos de 10 anos de carreira fazendo longas turnês e
tocando próximos dos grandes Headliners (ou, de fato, sendo headliners) de
festivais. Não sei se é a falta de um grande circuito de festivais, ou o alto
custo logístico tanto para excursionar no Brasil quanto para viajar para outro
país, ou mesmo a nossa moeda que é, historicamente, mais fraca do que moedas
consolidadas como Euro e Dólar. Mas o que falta para o cenário dar certo, a meu
ver, é um maior Intercâmbio entre bandas nacionais e estrangeiras (aqui dentro
e lá fora) além de uma mentalidade mais aberta ao diferente no cenário.
BD:
Deixem sua mensagem final para os leitores.
Kito Vallim: Antes
de mais nada, gostaria de agradecer ao Metal Samsara pela oportunidade!
Gostaria de afirmar que é uma verdadeira HONRA participar dessa entrevista. A
iniciativa é excelente e todos do FINAL
DISASTER esperamos que isso revele grandes bandas para o público e gere
retorno para o blog! São iniciativas assim que dão fôlego para a nossa cena e
fazer parte disso para nós é algo inexplicável. Muito obrigado!
Queríamos agradecer aos
leitores que chegaram até o fim da entrevista, são vocês que fazem a máquina do
underground rodar e são por pessoas como vocês que as bandas se mantém ativas e
os sites e blogs se mantém no ar! Espero que tenhamos instigado um pouco da
curiosidade para conferirem nossa banda! Temos nosso EP “The Darkest Path” no
Spotify e no Youtube, dia 07/09 lançaremos um clipe para o EP, então estamos muito
ansiosos e empolgados!
Links para contatos:
Intagram
@finaldisasterofficial
Links
para audição:
EP "The Darkest Path" no Youtube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLXr_Tjc4CoeuIanmRnF3aTIrL2CLeszRO
Lyric Video de "This Is The End": https://www.youtube.com/watch?v=7Ec_R6yXWFs
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