1974 (relançamento: 2017)
Selo: Hellion Records Brasil
Nacional
Nota: 9,1/10,0
Tracklist:
1. Carolina County Ball
2. L.A. 59
3. Ain’t It All Amusing
4. Happy
5. Annie New Orleans
6. Rocking Chair Rock ‘n’ Roll Blues
7. Rainbow
8. Do the Same Thing
9. Blanche
Banda:
Ronnie James Dio - Vocais
Steve Edwards - Guitarra solo
Micky Lee Soule - Teclados, guitarra base
Craig Gruber - Baixo
Gary Driscoll - Bateria
Convidados:
Helen Chappell - Backing vocals
Liza Strike - Backing vocals
Barry St. John - Backing Vocals
Ray Swinfield - Clarinete
Chris Pyne - Trombone
Henry Lowther - Trompete
The Manor Chorus - Vocais em “Blanche”
Roger Glover - Arranjos de cordas
Mountain Fjord - Cordas
M.D. - Cordas
Martyn Ford - Cordas
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O Rock dos anos 60 e 70 e toda sua forte carga Bluesy e de
Boogie é a base do que viemos a chamar de Heavy Metal mais tarde. É impossível
não perceber as similaridades durante uma retrospectiva histórica. E mesmo
alguns artistas reconhecidos, que marcaram história no Metal, têm profundas
raízes no passado. Basta ouvirem “Carolina
County Ball”, segundo álbum do quinteto nova-iorquino ELF (recentemente lançado no Brasil pela Hellion Records) e entenderão o que digo.
Antes de tudo, é preciso entender que o ELF pouco ou nada tem com RAINBOW,
BLACK SABBATH, THE RODS ou outro grupo em que seus integrantes estiveram a posteriori. O quinteto tem um enfoque
bem Rock ‘n’ Roll/Blues/Hard Rock/Boogie, ou seja, é muito diferente dos
trabalhos futuros. Mas mesmo assim, essa força mais orgânica e melódica do
quinteto, com partes se exageros técnicos, são os pontos fortes do grupo.
Aliás, “Carolina County Ball” é
excelente, fascinante!
A qualidade sonora ficou muito boa para a época. A produção
é assinada por Roger Glover
(baixista do DEEP PURPLE),
garantindo que a sonoridade do disco seja de primeira, mesmo para os dias de
hoje. Todos os instrumentos estão com bons timbres e soando limpos, nos
permitindo compreende e assimilar mais facilmente o trabalho musical da banda.
Na capa, uma foto da banda, um recurso bastante utilizado na época, e que ficou
muito bom.
Bem acessível e envolvente, o ELF realmente é uma banda de Classic Rock, com todos os elementos
mencionando anteriormente. Mas se percebe uma preocupação estética enorme com
suas canções, de forma que as mesmas soem espontâneas, mas muito bem acabadas.
E sim, são uma tentação para aqueles que (como este autor) pouco se preocupam
com o rótulo musical.
Nove canções excelentes nos aguardam, mas é impossível não
destacar como a bela Jazz/Bluesy “Carolina
County Ball” (bela performance dos vocais, backing vocals e pianos), o
Rockão/Boogie de “L.A. 59” e seus
arranjos ótimos de baixo e bateria, as linhas melódicas e belos pianos de “Ain’t It All Amusing” e seu jeitão
ganchudo (inclusive com percussões quase tribais), aquele Blues melancólico e
intimista que se conhece dos EUA em “Happy”
(mais uma vez, belos arranjos de pianos), a envolvente “Annie New Orleans” com seu jeito descontraído e baixo gorduroso,
aquela típica pegada dos anos 70 em “Rocking
Chair Rock ‘n’ Roll Blues”, que tem seus momentos mais rockers (as
guitarras são de primeira, os vocais ótimos, mas o baterista é um monstro), e
os elementos mais pesados nas guitarras em “Do
the Same Thing”.
Não de forma alguma “Carolina
County Ball” pode ser como um disco que documenta uma parte da vida
profissional de seus músicos, mas é um disco excelente, que merece ser ouvido
de novo, e de novo, e de novo...
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