2017
Selo: Black Lion Records
Nacional
Nota: 9,3/10,0
Tracklist:
1. Rites of Fire and Blood
2. The Cold Autumn Sunrise
3. Aeon Damnation
4. Flames to Eternity
5. A Missa Funebre
6. From a Dreadful Past
7. Behold the Mourful Nature
Banda:
Dizruptor - Vocais, guitarras, baixo, teclados
Morbus Deimos - Bateria
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/carpatus
Twitter:
Instagram:
Bandcamp: https://carpatusblacklion.bandcamp.com
Assessoria: http://www.metalmedia.com.br/carpatus/ (Metal
Media)
E-mail: carpatus666@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Sempre digo que o cenário Black Metal brasileiro é capaz de
produzir potências em termos musicais. Uma pena que muito poucos são os fãs
brasileiros que valorizam as bandas de nosso país, pois elas são capazes de
produzir trabalhos singulares, trabalhos que fariam o queixo de muitos cair da
cara. E um deles é o CARPATUS, de
Santo André (SP), que nos chega como “Malus
Ascendant”, seu terceiro álbum. O nível do grupo é tão bom que o selo sueco
Black Lion que lançou o disco (que tem distribuição nacional pela Hammer of
Damnation Records).
A banda faz um Black Metal direto, agressivo e pesado, com
enfoque na sonoridade fria e ríspida da SWOBM (Second Wave of Black Metal, a
geração que se inicia no final dos anos 80). Óbvio que isso já deixa claro que
o grupo foca em um trabalho técnico mais simples, em uma ambientação sinistra.
Mas isso não quer dizer que o grupo não tenha identidade. Aliás, isso a banda
tem, e muita, verdade seja dita.
A sonoridade de “Malus
Ascendant” é ótima. A produção de Marcos
Cerutti, que também mixou o trabalho. A masterização foi feita pelo sueco músico
e produtor sueco Dan Swanö (que já
trabalhou com nomes como OPETH e DARK FUNERAL, entre outros). E a
qualidade sonora é abusivamente agressiva, seca e pesada, com timbres
instrumentais bem definidos, mas com um toque essencial de clareza que permite
que os fãs entendam. E cada um dos instrumentos está em seu devido lugar, com o
melhor timbre possível.
Já a arte gráfica é mais um trabalho do designer Marcelo Vasco, da PR2Design (o mesmo
que já fez trabalhos para SLAYER, SOULFLY,
DARK FUNERAL, OBITUARY, BORKNAGAR, e outros). Como o som do grupo é bem
ríspido e tradicional, a opção pelo uso de preto, branco e tons de cinza na
arte foi ótima, e tudo feito em um formato Digipack de três folhas.
Maduro e mostrado personalidade forte, o trabalho do CARPATUS merece muitos elogios, em
especial porque a banda soube arranjar as canções de forma que elas não soem
cansativas aos ouvidos dos fãs. Pelo contrário: mesmo na simplicidade técnica,
o grupo sabe mudar as regras do jogo quando necessário.
Eles lançam mão de 7 faixas bem brutais e agressivas, mas
sempre com aquela aula densa e soturna do estilo. E as melhores são: “Rites of Fire and Blood” com seus
ritmos alternados e riffs de guitarra certeiros (além de ótimas partes dos
vocais); “The Cold Autumn Sunrise”, que
é adornada com belos arranjos de guitarras, vocais insanamente rasgados e certo
toque de melodias sombrias (mas se preparem que esta muda do climático para o
veloz e bruto sem aviso); “The Cold
Autumn Sunrise” com sua pegada mais tradicional em termos de Black Metal,
fora o uso de tempos mais lentos aqui e ali (bom trabalho de baixo e bateria,
realmente); “A Missa Fúnebre” e suas
passagens envolventes (e belíssimo solo de guitarra, diga-se de passagem); e a moenda
de ossos chamada “Behold the Mourful
Nature”, cheia de passagens mais climática, com momentos mais soturnos e
lentos, e outros mais velozes.
Ou seja: se você gosta de Metal extremo, pode reservar sua
cópia, pois o CARPATUS caprichou em “Malus Ascendant”.
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