Tipo: Full
Length
Ano: 2018
Selo: RaisingLegends Records
Importado
Tracklist:
1. Beneath Black Clouds
2. Unquiet Heart
3. Shadow’s Kingdom
4. Collision
5. The Sun Wields Mercy
6. Fear of the Unseen
7. Strepitant Mist
8. Between Death’s Line
9. The Awakening
10. Silence from Above
Banda:
Miguel Silva - Vocais, guitarras
Rui Coutinho - Guitarras
Ricardo Nora - Baixo, backing vocals
Diego Mascarenhas - Bateria
Convidados:
Eduardo Sinatra - Bateria
André Ribeiro, Mário Lopes, João Rocha
Ficha Técnica:
André Matos, Miguel Silva - Produção, mixagem
Caesar Craveiro - Masterização
Miguel Silva - Artwork, layout
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/Wrathsins/
Twitter:
Youtube: https://www.youtube.com/WrathSins/
Instagram:
Bandcamp: http://wrathsins.bandcamp.com/
Assessoria: trmpress.com.br (TRM Press)
E-mail: WS_wrathsins@hotmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Todos sabem que o Brasil e Portugal guardam laços históricos
de longa data. Mas é estranho que, mesmo nessa era regida pela informação
instantânea, o público brasileiro não tem a dimensão de como é ampla e criativa
a cena Metal Lusitana. Tem momentos em que simplesmente ver o nome de uma banda
associada ao país para que já tenhamos certeza de que vem coisa boa aí. E no caso
do quarteto WRATH SINS, da cidade de
Porto, essa associação é plausível, já que o segundo disco deles, “The Awakening”, mostra uma banda de
primeira!
O quarteto mostra que não é conservador em nada.
Musicalmente, vemos uma banda de Progressive Thrash Metal moderno, cheio de
vigor e melodias, mas com ótima técnica instrumental. A impressão que temos sobre
o trabalho musical do quarteto é de que Chuck
Billy foi cantar no TRIVIUM, ou
seja, uma base instrumental agressiva e densa, mas com um vocal agressivo de
timbres rasgados naturais (e alguns mais normais em alguns momentos). E apesar
do pouco tempo de atividade (a banda foi formada em 2011), mostram um trabalho
maduro e de muita energia, com algumas partes mais soturnas aqui e ali.
Ao se falar da qualidade sonora, é preciso ter em mente que
não estamos lidando com uma banda cuja música seja convencional, logo, a
produção de Miguel Silva e André Matos (não confundir com o
vocalista brasileiro) é bem experimental, buscando timbres modernos bem
definidos, fugindo dos timbres graves usuais. E tudo está claro, nos permitindo
compreender o que eles fazem, mas com uma ótima dose de peso e agressividade. E
a arte, também de Miguel Silva, é
antenada com o trabalho denso e musicalmente azedo do grupo.
O WRATH SINS não
tem medo de ousar, fica claro em cada uma das canções de “The Awakening”. A banda sabe arranjar bem suas músicas para dar consensualidade
ao que fazem, e digamos que não é algo simples, já que eles não estão presos a
uma fórmula sonora específica. Se isso os torna um tanto quanto difíceis de
classificar, também mostra que são corajosos o suficiente para buscarem algo
novo para si em uma época em que a clonagem do passado é permitida sem
restrições.
Todas as canções de “The
Awakening” são muito boas, mas as mudanças de ritmo e energia azeda quem
preenchem “Unquiet Heart” (veja que
baixo e bateria capricham em termos técnicos e peso o tempo todo), os riffs
sinuosos e densos de “Shadow’s Kingdom”
e seu ritmo cadenciado e pesado, a brutalidade que beira o Death Metal exposta
em alguns momentos da agressiva “The Sun
Wields Mercy”, o slamdancing intenso de “Fear of the Unseen”, a complexidade Thrasher de “Between Death’s Line” (alguns vocais
melodiosos surgem de forma bem espontânea no refrão), e a opressiva “The Awakening” e suas passagens que
mixam brutalidade e melancolia.
Digamos de passagem: o WRATH
SINS é, sem sombra de dúvidas, um candidato ao posto de revelação, mesmo
sendo “The Awakening” o segundo
disco deles.
Nota: 94%
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