Tipo: Full Length
Ano: 2018
Selo: Spiritual Beast Records
Importado
Tracklist:
1. Phoenix
Rising
2. Damn
Proud
3. Symphony
of Fear
4. March of
War
5. No More
Lies
6.
Salvation Paradise
7. I Need
More
8. Holy War
9. Time
Goes By
10. Get
Outta My Way
11. Fire and
Ice
12. Lightning
Strikes Again (canção bônus da edição japonesa)
Banda:
Mario Pastore - Vocais
Convidados:
Márcio Eidt - Guitarras
Ricardo Baptista - Guitarras
Johnny Moraes - Guitarras
Johnny Moraes - Guitarras
Fábio Carito - Baixo
Marcelo de Paiva Berno - Bateria
Edu Ardanuy
- Guitarras em “Lightning Strikes Again”
Ficha Técnica:
Márcio Eidt - Produção, mixagem, masterização
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/PastoreOficial
Twitter:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria: trmpress.com.br (TRM Press)
E-mail: pastoreband@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O Brasil sempre foi um país onde o Metal daqui é
primeiramente aceito e aplaudido fora. Muito disso vem do background cultural
do público brasileiro, ainda com forte ranço do período colonial, aonde o
colonizador vinha para cá na esperança de encher os bolsos de dinheiro e queria
sair daqui, voltar para a metrópole. De tanto o pensamento ser repetido na
época, entrou no DNA cultural de nosso povo, sendo uma das raízes desse
desprezo dos headbangers brazucas pelo produto nacional. São muito bobos os que pensam assim, já que uma
ouvida em um discão como “Phoenix Rising”,
novo do PASTORE, põe esse tipo de
pensamento a nocaute. E ele foi lançado primeiramente fora do país, pela gravadora japonesa Spiritual Beast Records (mas o disco pode ser encontrado na Die Hard Records e na
Transitando entre o Metal tradicional e um pouquinho do
Power Metal alemão dos anos 80, com uma novidade: a pegada melodiosa de sempre
está presente, mais um pouco mais seca e agressiva. Sim, nesse disco, o PASTORE vem mais atualizado e agressivo,
talvez um retrato do momento difícil em que o país vive em vários sentidos. Ótimas
estruturas harmônicas, refrãos de assimilação simples, peso e energia em
quantidades homeopáticas... Justamente aquilo que o médico receitou para o
coração de qualquer headbanger que se preze bater feliz.
A produção fez com que a sonoridade do disco ficasse bem
seca, dura e pesada, com boa escolha de timbres sonoros em cada um dos instrumentos.
Ao mesmo tempo, se a agressividade ficou evidente, temos que a sonoridade não
oblitera o lado melodioso ao qual estamos acostumados em trabalhos de Mario Pastore. Pelo contrário, as
linhas melódicas são bem claras aos ouvidos. E na bela capa, se percebe que o
grupo vive um momento em que está renascendo das cinzas, após 5 anos de
silêncio desde “The End of Our Flames”,
de 2012, e fato interessante: mais uma vez, o artista escolhido para trabalhar com os aspectos gráficos foi Marcelo Berno, o mesmo dos discos anteriores da banda.
Talvez o nome do disco diga tudo: a Fênix ressurge, logo, é
sinal que o PASTORE renasceu. E veio
pronto para lutar e crescer, já que esse “insight” moderno deu uma revigorada e
tanto ao trabalho da já elegante da banda. Além disso, se percebe que eles estão mais soltos,
mais coesos, e a presença de músicos como Fábio
Carito (baixo, do ADDICTED TO PAIN,
SUPREMA, INSTINCTED), o ex-companheiro do HEAVIEST Márcio Eidt nas
guitarras, além de Ricardo Baptista
(guitarras, do TIMOR TRAIL e LAUDANY), Johnny Moraes (guitarras, HEVILAN), e Marcelo de Paiva (bateria, ex-GUILLOTINE) só
fizeram bem ao resultado final. Além deles, Edu Ardanuy,
um dos guitarristas mais virtuosos do Brasil, dá uma canja nas seis cordas em “Lightning Strikes Again”. A qualidade
está mais que garantida.
O disco possui 12 canções de primeira, já que temos em mãos
a versão japonesa (que possui uma faixa bônus). Mas não há como não destacar o
peso avassalador de “Phoenix Rising”
e sua pegada agressiva, as guitarras sinuosas e provocantes de “Damn Proud”, o jeitão mais moderno de “Symphony of Fear” e a interpretação de
primeira dos vocais (falar de Mario
Pastore e chover no molhado, pois o homem é um dos grandes vocalistas d
Metal nacional, mostrando uma versatilidade de timbres ótima), as belas
melodias introspectivas de “No More Lies”
(onde baixo e bateria estão bem evidenciados e com boa técnica), a impactante e
bruta “I Need More” (o refrão é bem fácil
de assimilar), a elaboração agressiva de “Holy
War” e a pegada mais “Old School” de “Fire
and Ice”. Agora, a faixa-bônus chega a ser uma covardia com o coração, já
que a versão mais pesada e agressiva que “Lightning
Strikes Again”, do DOKKEN,
ganhou, chega a ser um abuso de tão boa (especialmente pelas guitarras e pela
beleza dos vocais).
O PASTORE
mostra-se renovado e pronto para mais um round no meio. Logo, preparem-se, pois
“Phoenix Rising” veio para quebrar
ossos!
Nota: 91%
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