Tipo: Full
Length
Ano: 1992
(relançamento: 2017)
Selo: Rising Records
Nacional
Tracklist:
1.
Selective Eye
2. Joinning
the Pieces
3.
Brainwash
4. Noise
5. The
Prisioner
6. Holy
Words
7. Sunshine
of Your Love
8. Addicted
to Kill
Demo Tape “Holy
Words” (1991):
9. No
Violence
10. The
Prayer
11.
Boundless Insanity
Demo Tape “Oppression
and Pain” (1989):
12. Son of
Evil Lives
13. Shadows
of Death
14. X-Rated
15.
Opression and Pain
16. Nightmares
17. Immortal Curse
Banda:
Robson - Vocais
Ivan - Guitarras
Antônio - Guitarras
Luciano - Baixo
Gilson - Bateria
Ficha Técnica:
Gladiator - Produção
Sérgio dos Santos Júnior - Arte
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/GladiatorThrash
Twitter:
Youtube:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:
http://braunamusicpress.com/ (Brauna Music Press)
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O Metal brasileiro tem uma história bem longa, e nem sempre
temos finais felizes.
Além do grande número de bandas que surgem todos os dias, o
desprezo de muitos bangers pelo produto nacional, as dificuldades
sócio-econômicas acabam se tornando cruéis fatores de corte. E assim, muitas
bandas de potencial nunca chegam a ter grande expressão, e quando estas lançam
um disco, este acaba desaparecendo nas areias do tempo. Hoje, com a ajuda de
selos interessados em resgatar um pouco dessa história, alguns discos tem
recebido uma nova chance, como “Dreadful
Dreams”, único disco do quinteto GLADIATOR,
de Porto Alegre (RS), relançado pela Rising
Records.
O grupo é um dos precursores do Thrash Metal no RS, e se
percebe no trabalho deles uma boa estética técnica, muito peso e melodia permeando
a agressividade à lá EXODUS do
quinteto. Já se percebe nas músicas de “Dreadful
Dreams” uma banda um pouco adiante de seu tempo, já que mostram momentos
mais técnicos e toques de Metal tradicional, além de uma estética que remete ao
Rock 70. Algo bem incomum naqueles tempos.
Óbvio que a produção sonora não é lá essas coisas para os
padrões atuais. Mas não estamos analisando um disco lançado em 2018, mas em
1992, época em que ser independente no Brasil era um ato de coragem, pois os
investimentos eram parcos. Mas também não chega a ser algo que não se
compreenda. Está até boa para os padrões da época, e que foi melhorada pela
remasterização. E mesmo a arte ficou bem legal, uma imagem que mexe com os
sentidos do ouvinte, fora o encarte com letras, o depoimento de Luiz Carlos Louzada (do VULCANO), fotos da época e de hoje,
além de recortes de notícias de jornal.
Talvez o grande valor de “Dreadful Dreams” seja, além do musical, o de seu legado. Dessa
época, no RS (assim como no RJ e SP), não era incomum vermos bandas de vários
estilos de Metal tocando juntas. Isso é algo que muitos hoje em dia não
suportam nem pensar, quanto mais aceitar que seja feito. Além disso, como dito
acima, o GLADIATOR mostrava
incursões corajosas no Metal tradicional e no Hard Rock 70.
No mais, canções como “Selective
Eye” (belo trampo de baixo e bateria), “Brainwash”
(essa com um jeitão furioso e trabalhado à lá EXODUS), “The Prisioner”
e seu jeitão bruto com tempos não muito velozes, a raivosa e excomungante “Holy Words”, além da versão pesada e
sinuosa para o velho hino “Sunshine of
Your Love”, do CREAM, que ficou
ótima. Mas a coisa não para por aí: ainda temos as Demos “Oppression and Pain” de 1989 e “Holy Words” de 1991, resgatadas e disponibilizadas para todos (o
que era difícil nos 80, pois raro uma banda comerciar a própria Demo Tape).
Em uma época em que tantos relançamentos sem sal ocorrem no
exterior, é ótimo ver a Rising Records
sendo seletiva e trazendo as coisas boas do passado...
Ouça “Dreadful Dreams”
em alto volume, e entenda o porquê o GLADIATOR
merece aplausos.
Nota: 86%
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