Bandas que levam muito tempo entre um disco e outro podem
acabar dispersando seus fãs, uma vez que nem mesmo a constante manutenção de
notícias e shows pode suprir a necessidade de material novo e fresco para os
ouvidos. Ainda mais nos dias de hoje, onde os downloads digitais ilegais
causaram enormes problemas para a indústria fonográfica como um todo. Mas tem
aqueles grupos que fazem valer a espera, pois sempre nos trazem material de
primeira linha. E verdade seja dita: no Brasil, poucos chegaram aonde o SHADOWSIDE chegou. E seis anos depois
do lançamento de “Inner Monster Out”,
finalmente eles chegam com “Shades of
Humanity”, seu novo disco.
Basicamente, a aura moderna que a banda apresentou em seu
disco anterior foi levada a outro nível agora, com as guitarras roncando com
aqueles timbres modernos e bem abrasivos. Mas ao mesmo tempo, toda carga
melódica do grupo continua presente, especialmente nos refrãos muito bem
compostos. Em termos técnicos, a banda sempre teve um nível acima da média, e
ele continua presente, mas ao mesmo tempo, a técnica individual de cada integrante
apenas acrescentou valor ao que já era muito bom. E sim, esse disco gruda nos
ouvidos e não sai mais, de tão bom.
Desta forma, se percebe claramente que o SHADOWSIDE está vivendo um excelente
momento musical.
Confiantes em seu talento, o grupo mais uma vez fez as
gravações de um álbum nos Fredman Studios, na Suécia, tendo como produtores Fredrik Nordström e Henrik Udd, uma dupla famosa no cenário
mundial pelos trabalhos com nomes como DIMMU
BORGIR, ARCH ENEMY, IN FLAMES e outros. Tudo para montar uma sonoridade que
fosse moderna e agressiva, mas ao mesmo tempo clara e que permitisse que as
melodias das músicas fossem compreendidas em sua completitude. E verdade seja
dita: eles conseguiram.
A parte gráfica, por sua vez, foi concebida pelo guitarrista
Douglas Jen (do SUPREMA e que trabalha na Furia
Music), e que ficou linda, esboçando bem os temas densos das letras, e onde
os detalhes inacabados na arte simbolizam as imperfeições da humanidade.
Uma das novidades é a presença do baixista Magnus Rosén (que já passou por nomes
como HAMMERFALL e JORN, e atualmente toca também no AVALANCH), que trouxe sua marca em duas
canções em parceria dele com Andy
LaRocque. Mas a banda nem precisaria tanto, já que o SHADOWSIDE está em uma fase esplendorosa, com canções cheias de
energia, refrãos ganchudos, melodias bem definidas e uma sonoridade agressiva
intensa. Além disso, os arranjos musicais estão fenomenais, e nas letras, temas
como aborto, depressão e mesmo o desastre da barragem de Mariana é contado.
O disco é excelente de ponta à ponta, e fica difícil
destacar uma ou outra canção. Mas por mera referência, as ótimas melodias e
refrão envolvente de “The Fall” (que
é preenchida pela voz extremamente versátil de Dani Nolden) e “Beast Inside”
(os riffs de guitarra criados por Rafael Mattos nesta aqui são de primeira, e mais um refrão excelente
nos é apresentado), o andamento mais lento e abrasivo de “What If” (que assim ganha agressividade, mas sem que as melodias
sejam perdidas, e temos ainda um trabalho ótimo de baixo e bateria, mostrando que Magnus e Fábio Buitvidas estão bem entrosados), as
harmonias cheias de influências do Metal tradicional de “Make My Fate”, a mistura de linhas harmônicas mais secas e partes mais
melodiosas em “The Crossing”, a
pegada mais acessível e de fácil assimilação que se ouve em “Drifter” (que remete diretamente ao
hit “Angel with Horns” sem ser uma
cópia, mas a forte dose de acessibilidade se dá ao uso de vocalizações mais
limpas e uma estética simples no instrumental, e como de praxe, e um refrão que
é um grude só), o jeitão mais moderno e sujo de “Unreality”, e os tons mais experimentais, densos e etéreos de “Alive” (que possui toques de teclados bem
sacados, fora uma forte aura melancólica, e mais uma vez ouvem-se vocais privilegiados).
Podemos dizer que com “Shades
of Humanity” o SHADOWSIDE deu um autêntico ponta-pé para escancarar as portas do sucesso no exterior de vez, e dessa forma, se tornar um
dos grandes nomes do Metal brasileiro da atualidade.
Como todos os nomes mais proeminentes do
Metal brasileiro, o nome do quarteto paulista TORTURE SQUAD vez por outra está envolto em polêmicas. Mas apesar
delas, o disco mais recente do grupo, “Far
Beyond Existance” tem sido bem recebido por público e crítica.
Aproveitando o bom momento que a banda
está vivendo, aproveitamos para bater um papo com eles e saber um pouco do
passado, do presente e planos futuros.
BD: Saudações.
Antes de tudo, quero agradecer pela entrevista. Para começar, uma curiosidade:
após “Esquadrão de Tortura” e “Coup d'État Live”, em que a banda
parecia com sua line-up estabilizada, pufff, mudanças de formação, com a
entrada de Mayara e Rene. O que aconteceu, afinal de
contas?
Castor: O período do
álbum “Esquadrão de Tortura” foi um grande aprendizado pra nós em todos os
sentidos! Temos muito orgulho dele! Mas eu e o Amilcar sentimos que era hora de voltar a sermos quarteto, a nossa
essência, com uma voz que seguisse a fórmula do TORTURE SQUAD.
Amilcar:
A
gente resolveu voltar com uma voz mais Death Metal novamente e o André foi transparecendo um
descontentamento em relação a isso, até que ele saiu e deu lugar ao Rene Simionato, que sempre foi fã da
banda e está muito feliz em continuar essa história com o TORTURE SQUAD.
Amilcar Christófaro
BD: Na época, “Return of Evil” veio pouco tempo
depois da entrada de Mayara e Rene. Ele seria uma resposta da banda à
demanda por algo novo em termos de material, ou uma necessidade de mostrar como
a nova formação se encaixara no contexto sonoro do TORTURE SQUAD?
Castor: Foi uma coisa
mútua entre a banda e pessoas quererem algo inédito com a formação nova. E ser
também uma prévia do que poderia se esperar dessa nova cara do TORTURE SQUAD.
Amilcar: Exatamente.
BD: Após o
lançamento de “Return of Evil”, o TORTURE SQUAD se tornou figura comum em
festivais e mesmo shows individuais de uma forma que não ocorria antes... Não
nesse número! O que mudou? As entradas de Mayara
e Rene ajudaram nesse aspecto?
Castor: Acho que não
necessariamente por esse fato apenas, quando a banda estava como trio, a agenda
de shows estava bem legal também. O que mudou foi os planos da banda nos moldes
de fazer turnês pelo Brasil tocando de segunda a segunda, isso foi o que
obviamente aumentou a nossa rotatividade de shows, na minha opinião.
Amilcar:
Na
verdade eles ajudaram a manter o trabalho que a banda sempre teve. A turnê do “Return of Evil” que fizemos em 2016,
28 shows em 32 dias, tocando durante a semana, tendo banda e crew na estrada,
assim como a turnê desse ano em um ônibus e etc, era uma coisa que sonhávamos
em fazer desde os primórdios, mas que conseguimos fazer somente agora.
Conseguimos agora porque é uma evolução do trabalho da banda e não porque é
esse ou aquele line up. Se continuássemos como trio iriamos fazer da mesma
forma. O TORTURE SQUAD é muito maior
do que qualquer um que está ou que esteve na banda.
Castor
BD: Hora de falar
da atualidade. “Far Beyond the
Existance” caiu como um raio no cenário, causando reações extremas (ou
seja, uns amaram, outros nem tanto). Como foi o processo de composição? Todos
os integrantes entraram com ideias, arranjos, letras, linhas melódicas?
Amilcar: Como sempre, já
tínhamos algumas músicas prontas e assim que a Mayara e o Rene
começaram a ensaiar com a banda naturalmente começamos a nos entrosar e colocar
as ideias em prática. Todos têm ideias de tudo e particularmente gosto muito
disso. E em relação às letras, acho que só não tem do Rene...
Mayara: Nada na música
é unânime, sempre vai haver quem goste e quem não goste e essa é a grande
sacada. Somos uma banda entrosada e com muita liberdade de composição, as
ideias podem partir de qualquer um, assim como há no “Far Beyond Existence”. Você pode notar no encarte que há letras
feitas pelo Amilcar, que sendo
baterista, não se restringe apenas ao próprio instrumento, e eu como vocalista
contribuo com riffs também, há uma introdução com vozes minhas, do Castor e também do Rene... As ideias sempre vão ser trabalhadas em conjunto.
Castor: Sempre
escutamos ideias de todos e o processo de composição é bem aberto entre nós,
desde o começo da banda é assim praticamente.
BD: De certa forma,
o conceito mais central de “Far Beyond
Existance” parece remeter diretamente a algo mais sombrio que nos discos
anteriores. Existe certa “aura” negra em torno do disco, logo, essa mudança foi
intencional, ou mera consequência do processo de composição?
Castor: Não existe
conceito neste álbum, mas as letras acabam se encontrando de certa forma.
Buscamos temas bem variados, que vem
desde figuras mitológicas ate a heróis modernos como Bruce Lee. O lado sombrio vem do próprio ser humano, que em sua
arrogância não consegue enxergar a grandeza do universo!
Amilcar: O tema
principal do álbum é relembrar as pessoas que tudo é muito além da existência.
Basta você dar uma olhada no céu, olhar a lua, ou olhar uma montanha de
centenas de anos, enfim, prestar atenção na natureza e tentar responder as
perguntas que lhe vem à cabeça. Se todos fizessem isso, muitos seres humanos
chegariam à conclusão de que somos nada mais do que mais uma pequena peça nesse
grande jogo incógnita. Fazendo com que eles se colocassem no lugar deles e
tomassem um banho de humildade, dando mais atenção a valores que teriam que
estar em primeiro plano como a paz, o amor, o respeito, a honestidade. O mundo
seria melhor se todos prestassem mais atenção nas lições da natureza.
Rene
BD: Em “Far Beyond Existance”, alguns
convidados deram as caras. Dave Ingram
aparece em “Hate”, Edu Lane na narração em “Cursed by Disease”, Luiz do Vulcano em “You Must
Proclaim”, Marcelo Schevano
tocando o velho Hammond em “Torture in
Progress”, e Alex Camargo nos
vocais “Just Got Paid”. Como é que
tiveram a ideia de chamar essa turma, e como foi trabalhar com eles no estúdio?
Castor: Com o David Ingram, o contato veio através da
nossa gravadora, Secret Service Records.
Somos grandes fãs dele, principalmente na época do Benediction, que é a banda conheço mais dos trabalhos dele. Ele
passou pelo Bolt Thrower, que também
é uma banda que curto muito. Nós mandamos a gravação do instrumental e letra da
música “Hate” pra ele, e então ele
gravou as vozes diretamente do estúdio dele na Suécia.
O Edu
Lane é um grande amigo de longa data e tivemos a ideia de convida-lo a
participar desse som não como baterista, mas fazendo uma narração na música “Cursed by Disease”. Passamos a ideia
pra ele e ele captou perfeitamente! Fizemos no estúdio Loud Factory, onde gravamos as cordas e os vocais do álbum, e ele
colou lá e rolou de boa!
Na faixa “You Must Proclaim”, temos o Luiz
Lousada, vocal do grande Vulcano
e Chemical Desaster ele dividiu as
vozes com a May. Ele como é de
Santos, ficou mais viável ele gravar diretamente de lá. Curtimos a combinação
da voz dele com a Mayara!
O Alex
Camargo do poderoso Krisiun está
em “Just Got Paid”, tributo que
fizemos ao ZZTop, que tivemos a
honra de ter ele nos vocais. Ele também gravou no estúdio deles aqui em SP.
Em “Torture
in Progress”, temos o Marcelo
Schevanno, guitarrista do Carro
Bomba, Golpe de Estado e Casa das Máquinas tocando Hammond.
Gravamos todos juntos ao vivo, clima de jam session, na moda antiga, que se
tornou uma grande jam! Esse som foi totalmente gravado no estúdio Orra Meu, onde gravamos toda a bateria
do álbum também.
Amilcar: Sempre quando
podemos e pensamos numa participação que possa se tornar algo legal e que venha
a somar, a gente não mede esforços e tenta fazer acontecer. O Dave Ingram foi pelo contato da Secret Service. O Luiz, dono da label conhece ele e fez o convite, o Dave já conhecia e curte o TORTURE SQUAD, então aceitou. Até numa
troca de idéias ele comentou “Your band
kick serious fuckin ass man!”, o que fez a gente dar risada de felicidade,
porque ele é um puta vocal que cantou no Benediction
e no Bolt Thrower, duas bandas que
sempre respeitamos. O Edu é um
grande amigo das antigas e uma das pessoas que mais admiro na cena. O Luiz, que pra mim é o Batata (risos), é outro que é a cara da
cena Metal brasileira. Tocamos muito com o Chemical
Desaster na década de noventa e foi aí que cresceu a amizade que continua
até hoje. O Schevano hoje é o dono
do Rock nacional, né (risos), e teve uma música que veio a ideia de colocar um Hammond,
e ele foi a primeira pessoa que pensamos. Toca muito, curti muito a melodia e o
clima que ele criou na “Torture in
Progress”. E o Alex Camargo,
assim como o Max e o Moises, é desde sempre um dos nossos
grandes heróis, que hoje tenho o privilégio de poder ser amigo e compartilhas
dessa paixão pelo ZZTop, e ter ele
cantando essa versão com a gente é extremamente especial.
Mayara
BD: Mesmo gravado e
produzido no Brasil, a sonoridade do álbum é ótima, especialmente no que tange
baixo e bateria. Como foi trabalhar em cima disso e obter uma qualidade sonora
que beira as produções de fora do Brasil?
Amilcar:
É
uma junção de coisas. Você junta a experiência de cada gravação durante anos,
com bons produtores como o Wagner
Meirinho e o Tiago Assolini da Loud Factory, que acompanharam todas as
pré-gravações, estúdios maravilhosos como do Orra Meu e da Loud Factory,
instrumentos de qualidade, com a banda tendo a intenção de querer matar alguém
na hora de gravar (risos), acho tudo somado faz a diferença.
BD: Aliás, como surgiu a ideia de
gravarem um cover do ZZTop? No
início, é bem estranho para quem conhece a versão original, mas não é difícil
de acostumar com o enfoque mais esporrento que colocaram nela.
Amilcar: “Enfoque mais
esporrento” (risos)... Gostei disso... Todos nós curtimos muito ZZTop, eles são muito verdadeiros na
música deles, e posso falar que eu e o Castor
conhecíamos ZZTop, mas fomos
realmente doutrinados de ZZTop. Quando
a gente ia na casa dos Krisiun
quando ele mudaram pra São Paulo, no começo da década de noventa, e a gente
ficava escutando um som, fumando um, comendo pizza, assistindo luta do Mike Tyson e shows de bandas em VHS.
Eis que um dia eles colocaram o ZZTop
ao vivo do Rockpalast na Alemanha, estava preto e branco o show ainda, e partir
daquele momento o ZZTop me pegou
fundo. Então fui conhecendo tudo, tatuei a capa do “Degüello” no braço esquerdo e virou banda do coração. Por isso é
muito especial ter o Alex cantando
com a gente no álbum, porque envolve todas essas lembranças. É a celebração
definitiva de uma consideração e um sentimento muito puro e verdadeiro que
sempre tivemos pelo Krisiun, como
pessoas e como banda, desde sempre.
BD: Falando em shows: vocês passaram um
bom tempo tocando pelo Brasil, tendo a companhia do HATEFULMURDER, RECKONING HOUR e WARCURSED. Como foram os shows e a convivência com as bandas que
viajaram com vocês esse tempo todo?
Amilcar: Nos tornamos
uma grande família Metal. Um ajudava o outro, um se preocupava com o outro,
tudo em prol do mesmo objetivo, e isso foi marcante. Todas as bandas são
matadoras e merecem tudo de bom em suas carreiras.
Mayara: Nessa turnê
tivemos do nosso lado bandas de altíssimo nível de diversas regiões do Brasil,
foi muito especial para mim por ser a primeira turnê onde duas das bandas eram
lideradas por mulheres, e não importasse se eram experientes ou estreantes
todos vieram com muita garra e isso se manteve do primeiro ao ultimo show. Foi
firmada uma grande amizade entre os membros das bandas, essa união foi vital
para a boa convivência na turnê. Todos os dias a sensação era de orgulho em
estar excursionando com eles, e com certeza são bandas que vão muito longe com
seus trabalhos!
BD: Ainda sobre
esta turnê: em termos de Brasil, são raras as bandas que conseguem fazer longas
turnês, mas vocês fizeram. Qual a chave do segredo?
Amilcar:
Não
pensar só em você. Pensar no todo. Pensar em como você consegue chegar com a
sua banda até onde as pessoas querem te ver sem com que o promotor tenha
prejuízo com isso. Pensar em todos os detalhes. Uma tour de 28 shows não
envolve somente 1 promotor de show, e sim 28, então isso já traduz que a união
faz a força mesmo, e você trabalhando dentro da sua realidade, a tour sendo
marcada com bastante antecedência, sendo maciçamente divulgada tanto pela
agencia de shows quanto pelos promotores locais, não tem o que dar errado. A
cena brasileira é muito forte e o circuito está sendo costurado. Hoje podemos
corre o país praticamente inteiro em uma turnê, coisa que a Europa e os EUA têm
há anos. Tava na hora de entrar nessa, era um passo a ser dado, um passo
evolutivo pra nossa cena, foi dado e hoje é uma realidade. Agora é só todos
manterem o trabalho com os pés no chão que não tem o que dar errado.
BD: Mais uma sobre
shows: existem planos, algo de concreto, para turnês pela América do Sul,
Europa e América Central? Sim, pergunto isso baseado que “Far Beyond Existance” terá lançamento tanto no Chile como no Peru.
Amilcar:
Sim.
O álbum acabou de ser licenciado para o México e Rússia também, então ele já é
o álbum do TORTURE SQUAD com mais
licenciamentos pelo mundo. Até agora foi lançado no Brasil e como disse será
lançado no Chile, México, Europa e Rússia, então só falta alguns países da
América do sul, EUA, Canada, África, Japão e Austrália para completarmos nosso
plano diabólico de conquista do planeta (risos).
Foto: Phill Lima
BD: e já que
falamos em lançamento, como tem sido a recepção do disco no exterior? A Secret Service Records, selo de vocês,
é de fora, logo, como está sendo o feedback? E a Secret Service Records tem atendido às necessidades de
distribuição/divulgação a contento de vocês?
Amilcar:
Está
sendo bom o trabalho deles, pelo menos até agora, tirando o lançamento na
Europa que atrasou, eles tem cumprido com tudo e tem feito o melhor para
trabalhar com a banda.
Castor: Eles estão
acreditando e fazendo tudo o que foi planejado até agora
BD: Bem, é isso.
Agradeço pela entrevista, desejo sucesso com o disco novo, e peço que deixem
sua mensagem para nossos leitores e seus fãs.
Amilcar:
Valeu
sempre a oportunidade da gente poder divulgar um pouco mais do nosso trabalho.
Espero encontrar todos na estrada!
Castor: Muito obrigado
pelo espaço, Big Daddy, sempre é muito gratificante poder ter um espaço pra
divulgar nosso trabalho!
Ouça “Cursed By Disease”, música de “Far Beyond Existance”:
It's Halloween, the night of the living dead. To celebrate it CREST OF DARKNESS and My Kingdom Music present a big dose of Horror music in the classic extreme way the Norwegian band uses to play and we do it with the lyric video of "The Noble Art" one of the most amazing songs taken from their last acclaimed album "Welcome The Dead".
So, no more to add... to get you in the mood for some fancy dress and trick or treating, just click play here (https://youtu.be/mzwd_AWw8jY) for a creepy and obscure trip in the best CREST OF DAKNESS Black Metal art.
BURY THE MACHINES is celebrating Halloween with the release of the official video for new single "Sweet Succubus." The single follows the release earlier this year of the Wicked Covenant EP. Get spooked at
In a modern culture of do-it-yourself ethics, viral videos and unfettered access to an endless amount of knowledge, BURY THE MACHINES has sought to define a new niche in a body of people and artists hungry for fresh, unadulterated material. Mapping out the peaks and valleys of sonic waves, BURY THE MACHINES discover a rhythmic groove and unique beauty amidst the uncountable tumultuous echoes of today's world wide web of noise. Breathing life into his machines, Chicago native John E. Bomher, Jr. (I KLATUS, ex-YAKUZA) masterfully conducts movements of immense weight acting as the heart to his cables, like veins, flowing with signals as blood pumping warmth and being into his body of mechanical, electronic appendages. Ultimately seeking to return the soul to machine-based music, John has created this project as a vessel of travel to take a listener from this world to one beyond, to where his ghosts and spirits rest, Buried with the Machines.
BURY THE MACHINES released the "Wicked Covenant" EP June 9 on Midnite Collective. The EP is available on CD, Cassette, and digital formats.
Já repararam que existem músicas e bandas que parecem
realmente viciados em trabalho?
Sim, pois mesmo em tempos de crise na indústria fonográfica
no mundo inteiro, alguns grupos lançam material todos os anos. Ou a
produtividade destes é muito alta e um único lançamento não lhes faz justiça,
ou voltamos aos anos 70. Como sabemos que a segunda hipótese é impossível,
temos a primeira. E mesmo na possibilidade de existir oscilações de qualidade,
o MISCONDUCTERS vem com tudo em seu
mais recente disco, “Pariah”.
Não, a qualidade da música do grupo não oscilou, mas parece
mais solta e bem desenvolvida em relação a “Circadian”,
de 2016. O estilo da banda, aquela mistura de Metal tradicional dos anos 70 com
influências do Hardcore e Hard Rock não mudou, mas está excelente em “Pariah”. Denfire, vocalista/guitarrista/líder e fundador da banda, gravou
todos os instrumentos e vocais, logo, esse fato pode ter influído bastante na
questão de controle da obra. Ou seja, “Pariah”
é o melhor trabalho do grupo até o momento, e pode vir desse controle sobre o
que foi feito.
O trabalho foi gravado, mixado e masterizado por Caio Schmid no Lumus Studio, em São Paulo. A gravação, apesar de ser feita com
recursos digitais, soa orgânica e com aquele sujeira essencial para a música do
grupo se desenvolver plenamente. Mas isso não significa que é algo tosco, longe
disso: a sonoridade de “Pariah” é
limpa, onde se pode compreender tudo que está sendo tocado sem nenhuma dificuldade.
A sujeira que está presente vem dos timbres mais espontâneos e artesanais dos
instrumentos.
A ilustração da capa é do famoso artista Steve Otis, que se
encaixa no contexto musical do disco, e esta expressa bem a ideia de ser um
pária. O encarte ficou bem simples, funcional e direta, fazendo com que o foco
fique apenas na música.
E ainda bem que assim o é, pois como a inspiração andou em
alta, o MISCONDUCTERS realmente se
superou, pois as canções estão mais simples e fluídas, mais envolventes e com
melodias bem feitas. Tudo está funcionando bem, cada detalhe é de primeira. Se
preparem para ser fisgados!
Oito faixas de primeira os aguardam, mas se destacam a
energia melodiosa e ganchuda de “Skyline”,
que mostra guitarras com riffs ótimos e bateria com bumbos duplos muito bem
encaixados; o Hard ‘n’ Roll denso e sujo de “Top of the Chain”, mas extremamente instigante (e reparem bem como
o baixo se apresenta bem), a pegada cheia de melodias de “Pariah” e seu andamento bem pesado e toques à lá “Fast” Eddie Clarke nas guitarras. O
Rock ‘n’ Roll fica mais evidenciado pelos riffs simples e ganchudos de “Born Down South” e “Pace of Life” que apresentam também
ótimos vocais (a segunda tendo um andamento mais cadenciado e abrasivo). Além
disso, ainda temos em “Pariah” uma versão
para “Battlefield”, do grupo inglês INNER TERRESTRIALS, além de uma
regravação de “Vermifuge II” (música
da banda que vem do álbum “Hypnopaedia”,
de 2014).
DE LA MUERTE come back to the scenes with "Venganza", a new gaudy album, will be out December 15, 2017 via Revalve Records.
The new album is a loaded Colt gun with 11 bullets which burst in a aggressive and modern hard ‘n heavy metal inspired by the mexican "Nuestra Señora de la Santa Muerte" cult and pulp stories worthy of a Rodriguez's movie.
The album was recorded, mixed and mastered by Simone Mularoni (DGM) at Domination studio.
UK punk legends THE ADICTS have released their second album trailer of »And It Was So!«, where they're discussing why they stopped doing interviews for a long period of time.
The band also recently released the music video for 'Picture The Scene'. This infectious, graphical, motion voyage, was skillfully directed by Bobby Hacker and produced by Luke "Ramone" Davison. The song comes off their upcoming album »And It Was So!« which will be released on the 17th of November via Arising Empire and Nuclear Blast.
The band also released their first album trailer of »And It Was So!« , where Monkey and Pete are discussing who the Droogs are and if they are a "punk rock" band.
The album was recorded at Pete's Place in La Habra .Engineered was handled by Tom Arley, Pete Dee and Christopher Brookes. Pete was also in charge of handling the mixing of the record. The artwork for the album was created by the band.
THE ADICTS will be on tour with DIE TOTEN HOSEN at the end of the year.
THE ADICTS have inked a record deal with Arising Empire a few months ago.
Unparalleled with their Clockwork Orange Droog attire, infectious high energy, uptempo music and unforgettable performances, THE ADICTS are no strangers to the scene having formed in the 1975 in Ipswich, England. These punk legends continue to raise sonic hell.
THE ADICTS commented, "We are proud to announce we have signed to Nuclear Blast Records & Arising Empire Records!"
Nuclear Blast Founder Markus Staiger comments, "Back then I visited my first punk show ever in Böblingen… I’ve never seen something like THE ADICTS before… THE ADICTS made me become a punk and are legends today!"
Tobbe Falarz of Arising Empire comments, "I’m accompanying this band for years and I’m super happy to welcome one of the most influencing UK Punk bands to Arising Empire!"