Banda: RUI CAMPOS
Início de atividades:
2016 (carreira solo),
Discos lançados: “Som do Anjos” Single (2016), “Sem Limites” álbum (2017)
Formação atual: Rui Campos (vocais, guitarras)
Cidade/Estado: Recife/PE
BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma
banda?
Hoje estou trabalhando sozinho. Foi algo diferente para mim,
mas entendi que deveria tentar, pois desta forma poderia me sentir mais livre
para ousar. Por mais que meus parceiros de banda fossem ótimos, esse era o momento
que precisava fazer algo mais pessoal.
BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no
cenário?
Infelizmente o cenário nacional ficou restrito e
extremamente comercial, deixando muito aquém as músicas, os vocais. Poucas são
as oportunidades para novos artistas e visões diferenciadas, atualmente, são
raros os novos músicos que se destacam, principalmente no Rock.
Não tendo o apoio da mídia, seja qual ela for, e nem de grandes
empresários dispostos a investir, ficamos a mercê de eventos isolados e das
redes sociais, onde estas se tornam ainda mais ingratas para as bandas
desconhecidas.
BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de
Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?
Hoje estou morando em Jundiaí (SP), e estou montando uma
banda para tocar minhas músicas, mas assim como na maioria das cidades o espaço
é difícil e suado. Precisamos sempre trabalhar com cover para ganhar alguma
abertura, visibilidade, e posteriormente introduzir as músicas autorais.
BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal,
já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma
banda, como encaram esse tipo de comentário?
Não entendo como o fim do Metal, pois sempre existirá
pessoas que curtem o estilo, onde este sentimento vai passando de geração a
geração, mas concordo que o crescimento do Metal está estagnado, ficando
restrito ao seu público fiel, que não morrerá nunca.
BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário
dar certo? Qual sua opinião?
Em primeiro lugar entendo que um dos principais problemas do
Metal hoje no Brasil, é o próprio Metal, se o estilo for um pouco diferente o
preconceito impera, e quando o estilo é mais leve (como o próprio Hard Rock), ai
é que o Metal mais pesado se afasta.
Entendo isso como uma grande perda de oportunidade, se trabalhássemos
juntos, como montando shows para divulgação em conjunto, não com separação de
estilos, mas intercalados, existiria um conhecimento mútuo de todos, e novos
fãs iriam surgir e compartilhar os trabalhos.
Isso não se aplica só para shows, também do compartilhamento
nas redes sociais, sempre que posso estou divulgando vídeos de bandas que
conheço e eles divulgam também o meu material, isto ajuda pois o meu público
vai conhecendo eles, assim como o deles vai me conhecendo.
Vejo também trabalhos excepcionais de pessoas como Gleison Junior, Marcos Garcia, Juli Moraes,
Sidnei Santos e muitos outros que não citei aqui, que lutam para manter o
Metal vivo, fazendo trabalhos magníficos, mas que infelizmente são oásis no
meio de um deserto tão árduo (mas continuo a acreditar que o trabalho realizado
por eles alcançara uma projeção ainda maior).
Hoje são raros os empresários que se arriscam, a maioria
fica com o lucro certo. Se não fizermos nada, ficaremos dependendo de uma
mudança natural no status quo. E acho que isso não vai acontecer, se a cena
continuar tão distante.
BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.
Para terminar gostaria de falar para os leitores que ousem
sempre, se permitam conhecer novas caras, novos gêneros musicais, as grandes
mudanças do mundo sempre foram promovidas por aqueles que saíram da zona de
conforto, e abraçaram as possibilidades que o novo e o desconhecido tem a oferecer.
Links
para contatos:
E-mail:
rui.campos.musico@gmail.com
Links
para audição:
E
todos os streamings mais conhecidos (Apple Music, Amazon, Google Play, entre
outros)
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