2017
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Reign of Pills
2. On the Edge
3. Call of the Night
4. Dusty Blue Shadow
5. Listen to Me
6. The Man I’ve Become
7. King of Nothing
8. Haunted
9. Peace or Pieces
10. Who Are You
11. Mr. Mirror
12. I.M. Jimmy
13. Jane
14. Cult of the Rough Awakening
15. In the Dark/As Shallow as It Gets
16. Redemption (European Bonus Track)
17. Haunted - Piano Version (Japanese
Bonus Track)
Banda:
Renato Costa - Vocais
Eduardo Holanda - Guitarras
Thiago Nascimento - Teclados
Aldecy Souza - Baixo, pianos adicionais
Cleber Melo - Bateria
Contatos:
Site Oficial: www.stillliving.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/still.living.52
Twitter: https://twitter.com/still_hardrock
Instagram: https://www.instagram.com/still_hardrock/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: still_hardrock@hotmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Fazer discos conceituais é uma arte que anda cada vez mais
escassa no mundo do Metal e do Rock ‘n’ Roll. Talvez seja um reflexo da
sociedade imediatista dos últimos dez anos, onde se consome tudo de forma
rápida, inclusive arte e cultura. Mas ainda há quem use o formato, e consiga
resultados de primeira linha.
E nisso, o terceiro disco do STILL LIVING, “YmmiJ”,
vem mostrar que se pode fazer música de qualidade aliada à letras inteligentes.
O Hard Rock/Melodic Rock da banda continua o mesmo, sempre
bem feito e com arranjos esmerados, mas de fácil assimilação e com ótimos
refrãos, guitarras ótimas, baixo e bateria com uma base sólida e de peso,
teclados criando atmosferas interessantes. Mas lembrando: mesmo com melodias
grudentas e uma estética acessível, o trabalho do quarteto é pesado e cheio de
influências de outros gêneros musicais. E sendo um disco conceitual, a banda
precisa ambientar cada canção para expressar a estória em questão, e mesmo
nisso eles acertaram a mão.
A produção de “YmmiJ”
ficou nas mãos da própria banda, tendo como coprodutor Aldecy Souza (que também mixou e masterizou o disco) . E a
experiência acumulada nos anos de estrada os fez chegar a um nível muito bom de
qualidade sonora, com uma gravação bem feita e o som fluindo de forma natural e
intensa, mas sem que as melodias do grupo sejam perdidas. A crueza que se sente
faz parte da música da banda, ela é assim.
Em termos de arte gráfica, verdade seja dita: a capa é
ótima, dando uma ideia do conceito abordado nas letras. Mas a apresentação é
bem leve e agradável, em um trabalho ótimo de Márcio Abreu (desenhos) e Vinícius
Townsend (colorista), e um design ótimo para o encarte (feito por Eduardo Holanda, guitarrista do grupo).
A estória de Jimmy,
personagem principal, é a estória de uma noite cheia de reviravoltas e uma
mistura de vários sentimentos. É uma estória que poderia ser da sua vida, da
minha, da vida de qualquer um, cheia de altos e baixos, enfim, que vale a pena
ser decifrada pelo ouvinte com calma.
A grosso modo, o disco tem 15 canções, sendo que as versões europeia
e japonesa terão bônus. E destacam-se a melodiosa e envolvente “Reign of Pills”, com seu jeitão meio THE WHO e seu belíssimo trabalho de
vocais e teclados (Renato está
cantando cada vez melhor, sem contar que se percebe uma ótima interpretação); o
peso sujo e acessível de “On the Edge”
e suas belas guitarras (Eduardo é
mesmo um ás dos riffs); o peso duro, mas acessível, de “Call of the Night” (mostrando o valor do trabalho de Aldecy e Cleber); a grudenta e envolvente “Dusty Blue Shadow” e seu solo melodioso e eficiente; a Glam/AOR “Listen to Me” e suas melodias
acessíveis, além dos teclados providenciais (verdade seja dita: Thiago sabe realmente dar vida às
canções) e ótimo refrão; a pegada mais pesada de “The Man I’ve Become” e seu jeito Metal de ser; a balada sensível e
terna que se ouve em “King of Nothing”
(lindos detalhes em pianos, vocais versáteis e bela presença de baixo); o peso
moderno e Progressivo de “Peace or
Pieces” (lembra algo do DREAM THEATER
do “Images and Words” em seus
momentos mais lentos); a linda “Mr.
Mirror”, recheada de mudanças de ritmo (começa como uma baladinha de voz e
piano, mas logo vira um Hardão cheio de energia e vitalidade); a pegada
ganchuda e envolvente de “I.M. Jimmy”
(mais um refrão daqueles); a energia crua e direta de “Cult of the Rough Awakening”, a canção mais pesada do disco, mas
com um swing forte, e a instrumental cheia de narrativas “In the Dark/As Shallow as It Gets”. Além dessas, a versão europeia
tem o bônus de “Redemption”, uma
linda balada de piano e voz, enquanto a versão japonesa tem como extra uma
versão em piano e voz para “Haunted”. Ou seja, tirando as curtas instrumentais/introduções, todas as faixas são ótimas.
O STILL LIVING é
uma banda de alto nível, e que já não tem mais espaço no Brasil. A música deles
em “YmmiJ” já tem nível internacional.
Nota: 9,5/10,0
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