2017
Selo:
Independente
Nacional
Nota: 9,2/10,0
Tracklist:
1. The Rag
Doll
2. I Don’t
Believe in Your Lies
3. Bad
Memories
4. Chaos of
Day
5. In the
Name of Desire
6. Atos Terroristas
7. Pião pra Pião
Banda:
Alexandre Gomes - Vocais
Alan Franklin - Guitarras
Johnny Pains - Guitarras
Lucas Oliveira - Baixo
Wellington
Nunes - Bateria
Contatos:
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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
As tendências modernas do Metal são recebidas de formas polêmicas
no Brasil. Muito disso nasce do sentimento que as mudanças são ruins, algo que
no fundo, possui profundas raízes no pensamento conservador no qual estamos
imersos desde a época do Brasil Colônia, dos tempos da casa grande e senzala. Não
digo para gostar ou não, apenas para respeitar as diferenças que a evolução nos
dá todos os dias. Mesmo porque nada permanece, tudo muda. E tendo em mente que
a mudança não é algo ruim, podemos apreciar de verdade do trabalho do quinteto PATO JUNKIE, da cidade de Patos de
Minas (MG), que chega com seu segundo álbum, a pedrada “The Rag Doll”.
A melhor forma de encarar o grupo é apenas como uma banda de
Metal/Rock moderno, já que não é lá simples lhes conferir uma classificação. Elementos
de Metalcore, New Metal, Metal Alternativo e mesmo pitadas de Crossover são
percebidas em suas músicas, por isso, o trabalho deles é bem diferente e
pessoal. A energia flui em torrentes, junto com uma fusão de melodias bem
feitas com uma timbragem agressiva e atual de seus instrumentos. Dessa maneira,
o PATO JUNKIE mostra que tem raça, e
faz de “The Rag Doll” um disco
ótimo, grudento e alta qualidade.
A própria banda assumiu a tarefa de produzir o disco, tendo
a mixagem e masterização sido feitas pelo guitarrista Alan Franklin. O resultado é uma sonoridade seca e pesada, com uma
clareza enorme. Nada em “The Rag Doll”
fica escondido, e mesmo a timbragem dos instrumentos ficou de primeira, com
todos muito bem definidos, mas sem ter aquele exagero de graves tão costumeiros
de tendências modernas. Está abrasivo, mas não exagerado.
A arte da capa, criada pelo artista Diogo Alcântara em parceria com a Mortuus T-Shirt, ficou muito boa, bem trabalhada e mostrando o
conceito do título.
Bem diferente de tudo que já ouvimos por aí, o PATO JUNKIE é uma banda viciada em
fazer música de alto nível, e reunindo influências diversificadas. Além disso,
a capacidade de arranjar suas canções e mudar de ritmos é incrível. Percebe-se
que o grupo é maduro, e tem muito para dar ao cenário.
E ouvindo canções como a trampada e agressiva “The Rag Doll” (muito groove e ótima
técnica de baixo e bateria guiando os ritmos), a pegada semi-Thrash moderno de “I Don’t Believe in Your Lies” com suas
guitarras faiscando riffs intensos e o baixo debulhando, o jeito introspectivo e
moderno de “Chaos of Day” (onde os
vocais mostram sua versatilidade, com timbres bem melodiosos), o approach ganchudo
e cheio de elementos de New Metal de “In
the Name of Desire”, e na mistura de levadas Thrash com elementos regionais
em “Atos Terroristas”. E para fazer uma
ligação entre passado e presente, temos a regravação da curta e grossa “Pião pra Pião”, vinda do primeiro
álbum da banda, “Doido e Violento”
(de 2015), um autêntico chute HC/Crossover, com muita energia.
O PATO JUNKIE é
uma ótima banda, tem personalidade e mostra que é possível fugir do ponto comum
e ser criativo. Aliás, “The Rag Doll”
é um puta discão!
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