Full Length
2017
Selo:
Shinigami Records, Gain Records
Tracklist:
1. Bastard of Society
2. Redefined
3. Shit City
4. Time on Our Side
5. Best of the Broken
6. Eye of the Storm
7. Blind Leads the Blind
8. We Rule
9. Do You Want It?
10. Into The Great Unknown
Banda:
Erik Grönwall - Vocais
Sky Davids - Guitarras
Jona Tee - Teclados
Jimmy Jay - Baixo
Crash -
Bateria, percussão
Contatos:
Site Oficial: http://www.heatsweden.com/
Facebook: https://www.facebook.com/heatsweden/
Twitter: https://twitter.com/heatsweden
Instagram: https://www.instagram.com/heatsweden
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Desde que o Hard/Glam Metal (e por consequência, todas as vertentes
do mesmo) foi varrido do mainstream norte-americano no início dos anos 90, foi
uma sofrida jornada de volta. Apesar de não estar no topo como antes, o gênero refloresceu
na Europa e tomou o velho continente. Não é à toa que a Suécia se tornou um criadouro
de bandas do gênero. E um dos nomes mais conhecidos daquelas bandas é o do
quinteto H.E.A.T., velho conhecido
do público brasileiro, e que nos chega com “Into
the Great Unknown”, seu mais recente disco. Uma dádiva da Shinigami Records, digamos de passagem.
Apesar da essência musical do grupo estar intacta (aquele
Hard/Glam melodioso e com ótimas passagens de AOR/Melodic Rock), em “Into the Great Unknow” surgem
elementos extremamente acessíveis, em um trabalho muito bem feito, com boas
harmonias, melodias simples e refrãos bem grudentos. Mas ao mesmo tempo, o
grupo parece ter ganhando uma dose maior de acessibilidade musical, uma vez que
existem momentos que beiram o Pop Rock dos anos 80 e mesmo algumas influências
de Synth Pop, embora a sonoridade esteja mais compacta, focada nas guitarras e
nos refrãos, tanto que os teclados estão menos evidentes (mas não ausentes, e
brilham em momentos em que o grupo fica comercial). Ou seja, o quinteto mudou a
abordagem do próprio estilo, mas sem perder suas características.
Tobias Lindell é
o produtor de “Into the Great Unknown”,
bem como aquele que mixou o disco. A masterização é de Henrik Jonsson. Como o quinteto buscou algo mais simples em termos
musicais, a sonoridade do disco é bem seca e sem firulas, com timbres sonoros
mais bem definidos e claros. Desta forma, podemos dizer que o H.E.A.T. priorizou ainda mais seu lado
acessível, mas sem perder a mão do que eles são.
A arte visual é de Vitality
S. Alexius. E apesar da beleza da capa, percebe-se que tudo no aspecto
gráfico está bem econômico, direto, em um reflexo do que o grupo apresenta
sonoramente. E ficou muito bom.
Se o H.E.A.T. sempre
foi um grupo conhecido por seguir um
estilo de Hard/AOR próximo a BON JOVI
e JOURNEY, agora ganhou alguns
contornos mais agressivos na linha do AC/DC
em alguns momentos, mas como já dito, o nível de acessibilidade musical
também cresceu bastante. Óbvio que a sonoridade do grupo ficou menos elaborada,
mas mesmo assim, eles ainda oferecem um trabalho de primeira categoria.
O disco inteiro mantém alto nível de qualidade. Mas das dez
canções, destacam-se a grudenta “Bastard
of Society” com seus backing vocals e refrão cheios de energia (além dos
vocais estarem muito bem), a bem acabada “Redefined”
e suas linhas melódicas bem simples (que chegam a beirar o Pop Rock em alguns
momentos), a despojada e pesada “Shit
City” com suas guitarras ferozes e arranjos de teclados, o Synth/Pop Rock
que surge em “Time on Our Side” (onde
os teclados se destacam bastante), o hardão seco e agressivo apresentado em “Blind Leads the Blind” (com um ótimo
trabalho de baixo e bateria, e mais um ótimo refrão), a grudenta e acessível “Do You Want It?”, e a semi-balada “Into The Great Unknown” e seu peso
cavalar.
Pode ser que alguns fãs mais incautos fiquem de ouvidos em
pé na primeira audição, mas “Into the
Great Unknown” é um ótimo disco, sem sombra de dúvidas!
Nota: 8,7/10,0
Nota: 8,7/10,0
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