terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Entrevista com Patrice Guers (RHAPSODY REUNION)

Por Isabele Miranda (Maximus Music Channel) e Vivian Oliveira (Valrock Zine)


Patrice Guers foi o antigo baixista da banda de metal sinfônica italiana RHAPSODY OF FIRE. Ele se juntou à banda depois que Alessandro Lotta deixou a banda e tocou com eles até 2011, quando ele saiu da banda com o guitarrista Luca Turilli para formar o LUCA TURILLI’S RHAPSODY. Depois de uma turnê Ásia no mês passado, Rhapsody retornará ao Brasil no dia 7 de janeiro em São Paulo, no Tom Brasil. Na sequência, a banda segue para 6 países da América Latina e depois segue para a Europa. Confira a entrevista com o baixista da banda!



Você tocou com o RHAPSODY OF FIRE de 2002 a 2011. Por que resolveu deixar a banda naquela época?

Patrice Guers: Após o fim da saga no RHAPSODY OF FIRE, Lucna decidiu começar uma nova banda, a LUCA TURILLI’S RHAPSODY, e me pediu se eu queria estar nela com ele. É claro que foi uma honra seguir a aventura com tamanho compositor, adoro o universo musical dele. Foi algo realmente natural. Após tantos anos compondo com a mesma banda, eu consigo compreender totalmente a necessidade de Lucca de novas aventuras musicais com liberdade plena. Da mesma forma, também é muito bom voltar às raízes com a RHAPSODY REUNION após alguns anos.


Com tantos shows e turnês longas, como você concilia tudo isso com as aulas de baixo?

Patrice: Estou livre das clínicas de baixo e aulas. Posso planejá-las quando estou disponível, e também dou aulas de baixo pelo Skype. Logo, não existem problemas de estar em turnê. Fazer turnês e tocar em shows é minha atividade principal nos últimos 25 anos, amo fazer isso.


Em sua opinião, o que difere o público latino americano daqueles de outros continentes?

Patrice: o público latino americano é fantástico! E não é um cumprimento, mas verdade! Quando estamos aqui, eles nos seguem do aeroporto até o show, J. Adoro a atmosfera latina, o bom clima, as pessoas rindo, dançando, ouvindo música... Descobrir a cultura latino americana, andar pelas ruas, visitar lugares e encontrar as pessoas é algo necessário para mim. Não é só vir aqui, tocar e depois voltar para casa.


Quais são os planos após a turnê europeia?

Patrice: Com o RHAPSODY, absolutamente nenhum, J


O que pode nos dizer sobre Fabio Lione enquanto vocalista da banda brasileira ANGRA?

Patrice: Fabio é um cantor fantástico, não importa em qual banda. Como artista, ele está certo em fazer aquilo que quiser e gostar. O ANGRA é uma grande banda e com ótimos músicos. O que posso ver após estes anos tocando com bandas diferentes é que Fabio está melhor que nunca. Estou fazendo a mesma coisa como baixista, tocando com bandas diferentes com estilos que vão do Blues ao Funk. É muito interessante juntar todas essas influências em cada nota que toco. Cada nova experiência musical é importante para um músico que sempre que ser melhor. Não existe fim na evolução como músico.


A 20th Anniversary Farewell Tour foi anunciada em novembro de 2016, trazendo os ex-membros do RHAPSODY. Quais são os planos da banda para o final da turnê, e consequentemente, quais os futuros planos da banda e seus?

Patrice: Nada está planejado para o RHAPSODY após a turnê europeia em março. Então, eu irei excursionar com outras bandas como tenho feito por muitos anos. Ainda estou estudando música, viajando pelo mundo para aprender sobre ritmos africanos, batidas cubanas, etc... Como músico, é importante para mim tocar coisas diferentes e aprender onde quer que seja. Isso não significa tocar linhas de baixo de Salsa em música Heavy Metal, é apenas como se sente tocando bateria para criar o melhor groove possível, e dar o melhor para a música. É fantástico ver a relação entre todos os estilos musicais, do Blues ao Rock ‘n’ Roll e ao Heavy Metal... Algumas vezes, você sente que é tudo o mesmo, com uma mudança no som das guitarras, por exemplo, J.


Quais são suas expectativas em relação ao show de São Paulo?

Patrice: Apenas um show no Brasil nessa turnê, então esperamos muita loucura nele. Brasileiros, venham e fiquem loucos conosco nesta última oportunidade de ver um show do RHAPSODY. Vamos lhes dar nosso melhor!





sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Mario Linhares (DARK AVENGER - *01/07/1972 - +22/12/2017).


Infelizmente, o ano de 2017 te se mostrado um ano de muitas perdas para o Metal nacional. Hoje, no início da noite de 22/10/2017, chegou a notícia de que o amigo e irmão de muitos (inclusive meu), Mario Linhares, vocalista e líder do DARK AVENGER veio a fazer a passagem. A causa mortis: edema pulmonar decorrente de insuficiência aórtica aguda.

Dono de uma voz forte e de um estilo muito pessoal de cantar, Mario encantou gerações por duas décadas, mostrando-se uma pessoa humilde, apesar de todo seu talento. 

Este ano, o DARK AVENGER vinha colhendo frutos pelo lançamento de seu último disco, “The Beloved Bones: Hell”, um álbum conceitual que figura na lista de muitas revistas e sites como um dos grandes discos do ano. E ao mesmo tempo, por muitos é considerado o mais belo dos momentos da banda.


Ele deixa família, amigos e fãs desolados. E este autor entre eles, pois desde 2012, quando nos conhecemos, tivemos muito contato. Inclusive acredito ter sido o primeiro autor que ele contatou para resenhar “The Beloved Bones: Hell”. Me sinto muito chocado e triste, pois o Metal brasileiro perdeu uma de suas grandes vozes, e eu, particularmente, perdi um amigo...

Mas sempre digo a mesma coisa: não vou chorar, mas agradecer, pois além da amizade e parceria, sou fã de Mario. Ele deixou um legado maravilhoso como músico, e cada vez que ouço (e que ainda ouvirei) o DARK AVENGER e o HARLLEQUIN, ele estará vivo. Além disso, deixou o legado da amizade, e isso a passagem não desfaz, mas eterniza.

OM SHANTI! Parta em paz, meu amigo (que tantas vezes me chamou de irmão), e que você alcance a luz.

Obrigado por tudo, Mario


"If we believe we’ll cross this line
For better days and wealthy times
And we will see what we have achieved
And we will find
The flame we thought being dead,
So bold and still alive." (DARK AVENGER – “Dead Yet Alive”)

Melhores de 2017 - Internacional

Discos (não existe ordem de preferência - No order of preference):


CRADLE OF FILTH - Cryptoriana - The Seductiveness of Decay

CARACH ANGREN - Dance and Laugh Amongst the Rotten

DRAGONFORCE - Reaching Into Infinity

THE NIGHT FLIGHT ORCHESTRA - Amber Galactic

MOONSPELL - 1755

BATTLE BEAST - Bringer of Pain

KREATOR - Gods of Violence

EZOO - Feeding the Beast

DECAPITATED - Anticult

ACCEPT - The Rise of Chaos

SUFFOCATION - ...Of Dark Light

DOOMSDAY KINGDOM - Doomsday Kingdom

IMMOLATION - Atonement

BODY COUNT - Bloodlust

PRONG - Zero Days

INCURSED - Amalur

ALICE COOPER - Paranormal

VENOM INC. - Avé

RAGE - Seasons in Black

WINTERSUN - The Forest Seasons

Melhor disco ao vivo

HANSEN & FRIENDS - Thank You Wacken

Melhor DVD

DIMMU BORGIR - Forces of the Northern Night

Melhor EP

ROCK GODDESS - It’s More Than Rock and Roll

Melhor show

BORKNAGAR (Teatro Odisséia- RJ)


Decepções:

Falta de renovação no Metal mainstream, nada de novo disco de estúdio do DIMMU BORGIR.


Esperanças para 2018:


Que o mundo seja melhor para todos, e que o Metal, o Hardcore, o Punk, o Rock em geral, sejam ferramentas nessas mudanças.

Melhores de 2017 - Nacional

Discos (não existe ordem de preferência):

MIASTHENIA - Antípodas

ALÍRIO NETO - João de Deus

DARK AVENGER - The Beloved Bones

WAEL DAOU - Sand Crusader

POP JAVALI - Resilient

NOTURNALL - 9

MYRKGAND - Myrkgand

RUINS OF ELYSIUM - Seeds of Chaos and Serenity

THIAGO BIANCHI'S ARENA - Thiago Bianchi’s Arena

WEAKLESS MACHINE - Manipulation

SODOMA - Mutapestaminação

FORCEPS - Mastering Extinction

LE CHANT NOIR - Ars Arcanvm Vodvm

PEDRO ESTEVES - Novos Tempos

FIRE STRIKE - Slaves of Fate


SHADOWSIDE - Shades of Humanity


GREYWOLF - The Beginning


TRANSCENDENT - Awakening

METALMORPHOSE - Ação & Reação

PRIMORDIUM - Old Gods



Melhor disco ao vivo

MORCROF - Live at the Brazilian Swamp

Melhor DVD:

-

Melhor EP: 

KAMALA – Consequence of Our Past – Vol. 1


Revelações

WEAKLESS MACHINE



RUINS OF ELYSIUN



VILETALE



Melhor show

Headbanger Fest (NERVOSA, SIRIUN, VORGOK - La Esquina - RJ)

No Class Festival (REBAELLIUN, LACERATED AND CARBONIZED, FUNERATUS, FORCEPS, D.I.E., VORGOK, 7PELES - Casarão Ameno Resedá - RJ)


Decepções:

Bolsobangers, brigas no cenário, preconceitos (homofobia, machismo, racismo, e outros), conservadores contra artes degeneradas (sendo o Metal, o Punk, o Hardcore artes degeneradas), ausência de grandes nomes do Metal no Rock in Rio.


Esperanças para 2018:

Que o mundo seja melhor para todos, e que o Metal, o Hardcore, o Punk, o Rock em geral, sejam ferramentas nessas mudanças.