quarta-feira, 15 de novembro de 2017

DESTROYERS OF ALL - Bleak Fragments (Álbum)


2016
Importado

Nota: 10,0/10,0

Tracklist:

1. From Ashes Reborn
2. Hollow Words
3. Hate Through Violence
4. Bleak Fragments
5. Death Healer
6. Unexistence
7. The Pain That Feeds
8. Speed of Mind
9. Tormento
10. Day of Reckoning


Banda:


João Mateus - Vocais
Alexandre Correia - Guitarras
Guilherme Busato - Guitarras
Bruno Silva - Baixo
Filipe Gomes - Bateria


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Já não é novidade para quem quer que seja que a cena portuguesa de Metal vai além do MOONSPELL. Nomes como TERROR EMPIRE, SCAR FOR A LIFE e outros já mostraram que Portugal tem todo potencial para ser um criadouro de bandas do primeiro time. E como é bom podermos falar, apesar do atraso, do primeiro álbum do DESTROYERS OF ALL, quinteto de Coimbra que vem arrasando em “Bleak Fragments”. Se o EP “Into the Fire” já prometia, preparem seus pescoços, pois o caldo engrossou e a PORRA FICOU SÉRIA!!!!

Misturando Thrash Metal com Groove e elementos progressivos, mais toques diferenciados de Death Metal, melodias de Metal tradicional, linhas melodiosas complexas, e mais algumas coisas de estilos regionais (como as passagens de Fado em alguns pontos de “Tormento”). Bastante técnico, com muitos ritmos quebrados, ótimas melodias, uma dupla de guitarras que esbanja riffs e solos de primeira, uma técnica fantástica de baixo e bateria, e vocais que sabem usar uma ótima diversidade de timbres. Sim, é diferente, é novo, é o DESTROYERS OF ALL! E que energia abusiva, não deixa a cabeça parar de balançar!

O baterista do TERROR EMPIRE, João Dourado, é quem fez a mixagem e a masterização de “Bleak Fragments”. E digamos de passagem que ele criou uma sonoridade limpa e seca, mas moderna e agressiva, que se encaixa perfeitamente no quebra-cabeça que é a música do quinteto. Tudo claro, audível, mas com timbres bem escolhidos que transformam a audição do disco em um apocalipse de prazer.

A arte de Silencer8 para a capa é muito bonita, bem feita, embora usando uma palheta de cores mais simples. Mas se enquadra perfeitamente na música do quinteto, e vai ambientando o ouvinte.

Para ouvir “Bleak Fragments”, é necessário que o fã esteja preparado para um disco que vai desafiá-lo em cada momento. A digestão não é simples, pois o DESTROYERS OF ALL não é uma banda simples. Mas lhes garanto: ouviu, gostou, é amor por toda uma vida.

É bem difícil destacar esta ou aquela canção, porque eles capricharam muito nos arranjos e na dinâmica de cada canção. Mas o Thrash ganchudo e bem trabalhado de “Hollow Words” e suas passagens mais técnicas (especialmente de baixo e bateria), o peso abrasivo e cheio de feeling de “Hate Through Violence” (muitos momentos jazzísticos aqui e ali, e ampla influência da escola sueca do Thrash Metal moderno, e que vocais), o trampo “thrashissívo” de “Bleak Fragments” e suas ótimas guitarras (esses caras tocam demais), a porrada grooveada de “Death Healer” (cheia de variações e ótimos backing vocals)... Ah, a quem vou enganar?

“Unexistence”, “The Pain That Feeds”, “Speed of Mind”, “Tormento” e seu Fado logo no início, e “Day of Reckoning” não ficam devendo nada as outras, mas estão no mesmo nível delas. É IMPOSSÍVEL destacar uma ou outra faixa em “Bleak Fragments”, pois a banda é inspirada, faz algo inovador e cheio de vida. É algo raríssimo nos dias de hoje, mas eles têm personalidade e sonoridade bem próprias.

Ouçam, comprem, viajem até Portugal e descolem suas cópias de “Bleak Fragments”. Com o apoio certo, o DESTROYERS OF ALL é um dos próximos grandes nomes de Portugal, se não for do mundo!

Duvida? Ouça com sinceridade, e comprovarão o que eu digo!

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