2017
Selo: Independente
Nacional
Nota: 8,7/10,0
Tracklist:
1. O Que Aconteceu Aqui?
2. A Rua e a Lua
3. Não
4. Quase Sempre Disfarço
5. Meu Bem
6. Seguir
7. Como Ser Sincero
8. Música!
9. Sonho
10. Queria Bem Mais
Banda:
Bellini - Vocais, bateria
E. Damm - Baixo, guitarras, B3, backing vocals
Glauber Ribat - Bateria
Dudu Chermont - Guitarras em “O que Aconteceu Aqui?” e “A
Rua e a Lua”
Fred Nascimento - Violão, gaita em “Sonho”
Contatos:
Site Oficial: www.bellinirock.com
Facebook: https://www.facebook.com/bellinirock/
Twitter:
Youtube: https://youtu.be/CgnyopE6vuk
Instagram: http://instagram.com/bellinirock
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: info@bellinirock.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Para que certas coisas sejam bem entendidas em termos de
Rock no Brasil, é preciso deixar claro que duas vertentes estão presentes no
consciente coletivo de todos, mas é preciso defini-las: de um lado temos as que
preferem algo mais sujo e com energia, apesar do forte acento melódico (caso de
bandas como CASA DAS MÁQUINAS, GOLPE DE ESTADO, GOATLOVE e outros), e
aquelas que conhecemos do chamado Rock Brasil dos anos 80, que tanto fizeram
sucesso. Mas temos que falar uma verdade: transitando entre estes estilos está “Bellini”, primeiro disco do cantor BELLINI, de São Carlos (SP).
O estilo de BELLINI
é simplesmente Rock ‘n’ Roll sem muito compromisso com vertentes. Momentos mais
voltados ao Classic Rock podem ser ouvidos em muitas músicas (como fica claro
em “O Que Aconteceu Aqui?”), outros
mais Pop, e por aí vai. Mas se percebe que o cantor é bem talentoso, sabendo
usar bem sua voz em todo disco, bem como cria melodias de fácil assimilação.
Podemos dizer que o disco é um autêntico “tem pra todo mundo”, mas sempre bem
feito e que irá satisfazer os ouvidos dos menos radicais.
Mixado e mixado no Estúdio
Urca, no RJ, podemos dizer que a sonoridade de “Bellini” é bem interessante. Embora se perceba que não houve
exageros que poderiam tirar a ambientação espontânea do disco, deixando tudo um
pouco mais visceral, percebe-se que houve uma preocupação em soar claro e
inteligível. Poderia ser melhor, óbvio, mas está bom.
O fato é: o cantor soube criar um disco interessante, com
músicas que possuem melodias ótimas, refrãos que grudam nos ouvidos, e bom
nível técnico nos instrumentos (sem exagerar, pois a proposta do trabalho não é
essa). Os arranjos são bem simples, mas eficientes para se encaixar no objetivo
de Bellini: ser um disco que seja,
antes de tudo, divertido, descompromissado, e que possa entreter a todos.
Em dez canções, percebe-se a competência do disco em
momentos mais clássicos em termos de Rock, como em “O Que Aconteceu Aqui?”, cheia de teclados inteligentes e linhas
melódicas bem simples, com certo acento Bluesy; nas linhas harmônicas de “A Rua e a Lua”, onde alguns backing
vocals ficaram bem encaixados e o refrão seduz o ouvinte, e mesmo partes mais
pesadas como se ouve em “Meu Bem”, que
possui toda aquela carga densa vinda do Blues. Mas o lado mais Pop Rock anos 80
surge com força em “Não” (as
melodias dessa canção a tornariam um hit das rádios em 1985 ou 1986, com
certeza), a melodiosa e mesmo ingênua “Quase
Sempre Disfarço” (puro Pop Rock, cheia de alguns arranjos de guitarras bem
legais, e que você na segunda audição já começa a cantar), a belíssima balada
de voz, violão e teclados em “Como Ser
Sincero”. Estas são as melhores canções, em que pese que o disco inteiro é
muito bom.
No mais, “Bellini”
é um disco convidativo, daqueles que se coloca no carro nas sextas à noite e se
vai para as baladas curtir uma cerveja, um beijo, uma noite.
Ah, sim: você pode ouvir “Bellini” nas plataformas digitais.
Spotify - http://spoti.fi/2yaxOzX
iTunes - http://apple.co/2zltRwO
Deezer - http://bit.ly/2zTOMDy
Amazon - http://amzn.to/2z1tNly
Tonlist - http://bit.ly/2z5fiwB
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