2017
Selo:
Shinigami Records, Nuclear Blast Brasil
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. Awaken
From the Dark Slumber (Spring)
Part I: The
Dark Slumber
Part II:
The Awakening
2. The
Forest that Weeps (Summer)
3. Eternal
Darkness (Autumn)
Part I:
Haunting Darkness
Part II:
The Call of the Dark Dream
Part III:
Beyond the Infinite Universe
Part IV:
Death
4.
Loneliness (Winter)
Banda:
Jari Mäenpää - Vocais, corais, guitarras, baixo, programação
de bateria, teclados, samples
Teemu
Mäntysaari - Backing vocals, corais
Jukka
Koskinen - Backing vocals, corais
Convidados:
Heri
Joensen - Corais em “The Forest That Weeps”
Markus
Toivonen - Corais em “The Forest That Weeps”
Jukka-Pekka
Miettinen - Corais em “The Forest That Weeps”
Mathias
Nygård - Corais em “The Forest That Weeps”
Olli Vänskä
- Corais em “The Forest That Weeps”
Perttu
Vänskä - Corais em “The Forest That Weeps”
Jussi
Wickström - Corais em “The Forest That Weeps”
Kasper
Mårtenson - Corais em “The Forest That Weeps”
Jesper
Anastasiadis - Corais em “The Forest That Weeps”
Aleksi
Sihvonen - Corais em “The Forest That Weeps”
Daniel
Freyberg - Corais em “The Forest That Weeps”
Micko Hell
- Corais em “The Forest That Weeps”
Mikko
Salovaara - Corais em “The Forest That Weeps”
Mitja
Harvilahti - Corais em “The Forest That Weeps”
Contatos:
Site Oficial: http://www.wintersun.fi/
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Bandcamp:
https://wintersun.bandcamp.com/releases
Assessoria:
E-mail: vip@wintersun.fi
Por Marcos “Big Daddy” Garcia
No caso de alguns músicos, a diversidade musical e mesmo
certa megalomania parecem estar relacionadas à genialidade dos mesmos. Um
exemplo muito bom de ser lembrado nessa questão é Roger Waters do PINK FLOYD,
que o que tinha de genial (estamos falando no sujeito que criou o conceito de
obras como “The Dark Side of the Moon”, “Wish
You Were Here”, “Animals” e “The
Wall”) tinha de megalomaníaco. Mas os gênios são assim. Aqui, estamos falando do músico e compositor finlandês Jari Mäenpää. Desde que ele criou o WINTERSUN, ganhou uma enorme legião de
fãs pelo mundo todo, e nos surpreende a cada trabalho novo da banda. E em “The
Forest Seasons”, Jari mostra toda sua criatividade e bom gosto, além de sua própria
forma de megalomania. Ainda bem que a Shinigami
Records se juntou com a Nuclear
Blast Brasil e lançaram o disco por aqui.
O estilo da banda não mudou em quase nada: ainda é aquele mix bem feito de Death Metal melódico
nos moldes finlandeses com partes sinfônicas e elementos de Power/Prog Metal. E
mais uma vez (como foi em “Time I”), Jari optou por canções longas e cheias
e mudanças de ritmo e com belas nuances tecidas pelos teclados, sem deixar de
soar agressivo e pesado nas guitarras, baixo e bateria, e sempre com alguns
duetos de vocais limpos com timbres rasgados. Mas se o trabalho do WINTERSUN não foge do estilo já
delineado em seus discos anteriores, neste disco mas soa mais melodioso e grandioso que antes, mais coeso, e ainda assim, mais
bem acabado. Mas nem passe pela cabeça dos leitores que isso significa que a
banda não soa cheia de energia e garra. Muito pelo contrário, há momentos em
que a banda soa tão viva como antes, se não for mais ainda.
Ou seja, “The Forest
Seasons” é mais um disco de primeira do WINTERSUN, e talvez seu trabalho mais ambicioso.
Como o grupo é o “filho” de Jari, ele mesmo cuidou da produção, gravação, mixagem, e masterização do álbum.
Tudo para manter o controle da obra, para que o disco soasse como a idéia dele,
e dessa forma, podemos dizer que a sonoridade está muito boa, fundindo energia,
agressividade, peso e melodia de uma ótima forma. E além disso, os timbres
instrumentais foram muito bem escolhidos, permitindo que tudo soe extremamente claro e
inteligível aos nossos ouvidos.
A belíssima capa, que transpira o significado no nome do
álbum, é de Gyula Havancsák. Mas
encarte e fotografias também são de Jari,
mostrando a necessidade dele de manter tudo sobre estrita supervisão e
controle. Mas tudo em termos de arte gráfica é de alto nível.
O lado musical do WINTERSUN
não decepcionará seus fãs de muitos anos, mas irá conquistar alguns novos, já
que as partes mais sinfônicas são bem acessíveis aos fãs de fora do Metal
extremo. E como o disco só possui quatro canções, se preparem para arranjos de
primeira, mudanças de ritmos, passagens com lindas melodias grandiosas. E tudo
isso trabalhando com solidez e harmonia.
Um álbum cujo nome foi inspirado em “As Quatro Estações” (concerto de violino de Antonio Vivaldi) não tinha como dar errado, e em seus 54 minutos de
duração, “The Forest Seasons” nos
leva a uma viagem que começa nos arranjos fenomenais e grandiosos das duas
partes de “Awaken From the Dark Slumber
(Spring)”, mostrando belos vocais e passagens pesadas de baixo e bateria, e
a canção representa o frescor e beleza da primavera, na escuridão do inverno anterior (“The Dark Slumber”) até o novo despertar
da vida (“The Awakening”). Um pouco
mais abrasiva e causticante em alguns momentos é “The Forest that Weeps (Summer)”, mas mesmo assim, belas passagens
melódicas de teclados e excelentes corais vão dando uma ambientação densa e exuberante
às passagens das guitarras, pois o verão é a estação do calor intenso. O início
mais extremo e agressivo de “Eternal
Darkness (Autumn)” e suas passagens terrorosas nos teclados nos guiam pela
introspecção do outono, partindo dos ecos da escuridão que se aproxima (“Haunting Darkness”), passando pelas
harmonias densas que lembram a hibernação vindoura (“The Call of the Dark Dream”), até solos de guitarra sobre as
passagens mais melancólicas e melodiosas de uma reflexão além de nossa visão (“Beyond the Infinite Universe”),
chegando ao fim inexorável onde reinam harmonias sombrias, com baixo e bateria
mais agressivos onde tudo se encerra (“Death”).
E o fim de se dá em “Loneliness (Winter)”,
onde passagens mais lentas com de vocais limpos e guitarras limpas antecedem a
agressividade amargurada dos vocais rasgados, logo seguidos por vocais limpos
entremeados por teclados etéreos soberbos.
Dessa maneira, percebe-se que o hiato de 5 anos entre “Time I” e “The Forest Seasons” estão mais que justificados.
Dessa maneira, percebe-se que o hiato de 5 anos entre “Time I” e “The Forest Seasons” estão mais que justificados.
Sim, Jari pode
ser considerado um megalomaníaco, mas daqueles do bem, e que com o WINTERSUN nos brindando com um dos
grandes discos do ano. Sim, “The Forest
Seasons” é um dos melhores discos de 2017, sem sombra de dúvidas!
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