2017
Selo: Shinigami Records
Nacional
Nota: 8,7/10,0
Tracklist:
1. Rising of
the King
2. Power,
Lies and Cruelty
3. Ariadne’s
Thread
4. The Fall
of Minotaur
5. Dedalus
and Icarus Scape
6. Corona
Borealis
7. End of a
Reign
8. Erinyes
Banda:
Paulo Schmidt - Vocais
Annia Bertoni - Vocais
Paulo Melo - Guitarras
Tiago Souza - Baixo
Murillo Vuldroph - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://megairaofficial.com/
Twitter:
Instagram:
Bandcamp: https://megaira.bandcamp.com
Assessoria:
E-mail: bandamegaira@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O conceito “luz e sombra”, bastante utilizado no quando o
assunto são as vertentes das artes, é uma concepção em que a mescla de
contrastes díspares entre si convivendo harmoniosamente, sem que existam problemas.
E aplicado em termos musicais, cria uma música em que momentos mais melodiosos
e outros mais extremos se mesclam, uma proposta bastante ousada. E nisso, o
quinteto MEGAIRA, de São Bernardo do
Campo (SP), se mostra um baluarte, como se ouve em “Power, Lies and Death”, primeiro disco do grupo que acaba de ser lançado
pela Shinigami Records.
Usando a mistura de aspectos do Power/Heavy Metal com
elementos do Thrash, Death e Black Metal, temos em mãos uma música híbrida, de bom gosto
e que soa com muita energia. Apesar dessa proposta não ser algo novo, a abordagem
do grupo dela é algo muito pessoal, com o enfoque no uso de uma sonoridade onde
as melodias fluem das guitarras (e não dos teclados, como ocorre muitas vezes),
usando de uma base rítmica de peso e boa técnica, além dos timbres vocais
oscilarem entre rasgados e guturais, além de vocais femininos muito bem
encaixados e alguns toques de teclados aqui e ali. Ou seja, existem belíssimas
surpresas em “Power, Lies and Death” para
nossos ouvidos.
É muito bom o trabalho de Luiz Portinari na produção, mixagem e masterização do álbum, e é
preciso citar que existem mixagem e masterização adicionais feitas por Thiago Oliveira. Isso permite que a música
da banda tenha um bom equilíbrio musical entre a agressividade e a clareza, entre
o peso e a melodia. Nisso, os arranjos aparecem, mas os timbres dos instrumentos
poderiam ser um pouquinho melhores (mas isso não quer dizer que estão ruins,
longe disso).
A arte visual, um trabalho de Leandro Furlanetto, ficou bem feita, pois fora a capa (trabalhada
em tons mais escuros), o layout foge do comum das artes gráficas, do uso de cores
mais costumeiras para o gênero, preferindo algo mais claro.
Luz e sombra preenchem “Power,
Lies and Death”, seja pelos arranjos dinâmicos do quinteto, seja pelo
requintado “insight” da banda. Essa junção de aspectos extremos com melodias
bem definidas rende bem nas mãos do quinteto, que mostra bom domínio técnico e
sabe o que está fazendo.
Embora o quinteto mostre um trabalho ótimo no disco como um
todo, fica óbvio que se destacam a mais cadenciada e opressiva “Power, Lies and Cruelty”, cheia de
boas mudanças rítmicas e ótimos duetos vocais; os riffs instigantes de “Ariadne’s Thread” e seu refrão azedo e
adornado de belas passagens de teclados; o andamento mais cadenciado e trabalhado
de “Dedalus and Icarus Scape” e suas
melodias envolventes (baixo e bateria estão ótimos, sem falar nas passagens de teclados),
com os mesmos elementos permeando a envolvente “Corona Borealis”, e a energia crua e intensa que flui dos arranjos
dinâmicos de “Erinyes”. E sim, a
banda usa muito de mitologias em suas letras.
Sim, o MEGAIRA
possui muito talento, mas ainda pode ir mais longe. Por agora, “Power, Lies and Death” é um disco de
primeira.
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