segunda-feira, 2 de outubro de 2017

ALICE COOPER - Paranormal (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 9,5/10,0

Tracklist:

CD1:

1. Paranormal
2. Dead Flies
3. Fireball
4. Paranoiac Personality
5. Fallen in Love
6. Dynamite Road
7. Private Public Breakdown
8. Holy Water
9. Rats
10. The Sound Of A

CD2:

Gravações de estúdio com a formação original da Alice Cooper Band:

1. Genuine American Girl
2. You and All of Your Friends

Live in Columbia com a formação atual da Alice Cooper Band:

3. No More Mr. Nice Guy
4. Under My Wheel
5. Billion Dollar Babies
6. Feed My Frankenstein
7. Only Women Bleed
8. School’s Out


Banda:


Alice Cooper - Vocais, backing vocals em “Private Public Breakdown”
Nita Strauss - Guitarras, backing vocals
Tommy Henriksen - Guitarras, backing vocals
Ryan Roxie - Guitarras, backing vocals
Chuck Garric - Baixo, backing vocals
Glen Sobel - Bateria

Convidados:

Tommy Denander - Guitarras
Tommy Henriksen - Guitarras, backing vocals, percussão em “Paranoiac Personality”, “Dynamite Road” e “Rats”; efeitos sonoros em “Paranoiac Personality”, “Dynamite Road”, “Rats” e “The Sound of A”; teclados em “Rats”, backing vocals em “You and All of Your Friends”
Larry Mullen Jr. - Bateria
Bob Ezrin - Teclados em “Paranormal”, “Rats” e “Genuine American Girl”, órgão em “Fireball” e “The Sound of A”, efeitos sonorous em “Paranoiac Personality”, backing vocals em “Private Public Breakdown” e “You and All of Your Friends”
Roger Glover - Baixo em “Paranormal”
Billy Gibbons - Guitarras em “Fallen in Love”
Jimmy Lee Sloas - Baixo em “Dead Flies”, “Paranoiac Personality”, “Fallen in Love”, “Dynamite Road”, “Private Public Breakdown” e “Holy Water”
Dennis Dunaway - Baixo em “Fireball”, “Rats”, “The Sound of A”, “Genuine American Girl” e “You and All of Your Friends”
Parker Gispert - Guitarras e Backing vocals em “Private Public Breakdown”
Steve Hunter - Guitarra solo em “Holy Water”, guitarras em “Genuine American Girl” e guitarra solo em “You and All of Your Friends”
Demi Demaree - Backing vocals em “Holy Water” e “The Sound of A”
Johnny Reid - Backing vocals em “Holy Water” e “The Sound of A”
Jeremy Rubolino - Trompa em “Holy Water”
Adrian Olmos - Trompa em “Holy Water”
Chris Traynor - Trompa em “Rats”
Michael Bruce - Guitarras em “Rats”, “Genuine American Girl” e “You and All of Your Friends”
Neal Smith - Bateria em “Rats”, “Genuine American Girl” e “You and All of Your Friends”
Nick Didkovksy - Guitarras em “Fireball”, “The Sound of A” e “You and All of Your Friends”


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia

É fato que todos nós tivemos ou temos aquele irmão do nosso pai ou de nossa mãe com quem nossa identificação é mais forte. E creio que em termos de Rock ‘n’ Roll/Heavy Metal, poucos são os desnaturados que não tenham ligações com Tia ALICE COOPER, um dos nomes mais lendários do meio.  E mesmo com mais de 50 anos na ativa, lá vem mais uma bela estória de horror de nosso herói: “Paranormal”, seu vigésimo sétimo disco de estúdio do verdadeiro Príncipe das Trevas do Rock. E a Shinigami Records colocou o disco no mercado nacional em sua versão dupla Digipack!

Mesmo após tantos anos, um trabalho de ALICE COOPER continua ótimo, mantendo o nível de discos do passado. Óbvio que falamos de discos clássicos dele, não algumas pisadas na bola que ocorreram. “Paranormal” mostra a Tia revisando seu estilo mais clássico, despojado e sedutor, lembrando bastante a pegada de discos como “Billion Dollar Babies”, “Alice Cooper Goes to Hell” e “Constrictor”, ou seja, aquele Hard ‘n’ Roll clássico que estamos acostumados a ouvir, com alguns momentos mais pesados. E como de praxe da nossa titia desde que começou sua carreira solo, o disco é cheio de convidados que dão um brilho especial ao álbum.

Ou seja: se preparem, pois ALICE COOPER veio contar mais uma estória de horror recheada de por ótimas músicas.

Na produção, o veterano Bob Ezrin (que trabalhou com Alice em sua fase mais áurea nos anos 70), juntamente com Tommy Henriksen e Tommy Denander, moldaram uma sonoridade bem cuidada e moderna para “Paranormal”, sabendo dar aquele clareza necessária para que tudo soe em alto nível, mas sem exagerar e fazer com que  as músicas percam sua espontaneidade. Se repararem, existe um feeling bem “old” no disco, aquele toque anos 70 essencial.

A arte da capa, por sua vez, mostra a figura icônica da Tia com duas cabeças, representando a loucura e a insanidade (pois não há um lado normal no tocante a ALICE COOPER, ainda bem), e ficou ótima.

O que um veterano como ALICE COOPER ainda pode oferecer ao mundo do Rock ‘n’ Roll e Hard Rock? Música de alto nível, uma aula de como se faz Rock de primeira, envolvente, com um trabalho caprichado nas composições, refrão ganchudo encima de refrão ganchudo, e uma musicalidade que é facilmente digerida pelo ouvinte.

Se não temos em “Paranormal” um dos melhores momentos de ALICE COOPER, tenham certeza que ele não os decepcionará de forma alguma.

No CD 1, temos o álbum em si, com a sinistra e envolvente “Paranormal” com suas mudanças de clima (entre o pesado e o introspectivo, onde temos a participação do baixista Roger Glover, do DEEP PURPLE), a energia mais crua e intensa de “Dead Flies” e seu jeitão Hard, o andamento ganchudo e pesado de “Fireball” (reparem bem na presença de ótimas guitarras e um refrão que se ouve uma vez e gruda na mente), os backing vocals na cadenciada “Paranoiac Personality”, a pegada Blues/Rock suja de “Fallen in Love” (também, com a participação de Billy Gibbons do ZZTOP nas guitarras, o que poderíamos esperar?), o peso melodioso bem Hard anos 80 de “Private Public Breakdown” e seu belo trabalho de baixo e bateria, a engraçadinha e provocante “Holy Water”, o Rock ‘n’ Roll provocante e despretensioso de “Rats”, e a balada pesada e introspectiva em “The Sound of A” (adornada com um belo trabalho de teclados e órgão), canções que mostram que a Tia mais aloprada do Rock ainda está longe de se aposentar.

Mas não acabou. Não senhor, a tortura nunca acaba quando se fala da querida Titia.

Supreendentemente, no CD 2, temos duas pérolas: a provocante e acessível “Genuine American Girl” e a porrada Hard ‘n’ Roll setentista de “You and All of Your Friends”, ambas reunindo os membros originais da ALICE COOPER BAND, ou seja, os velhinhos Michael Bruce (guitarras), Dennis Dunaway (baixo), e Neal Smith (bateria) estão tocando nela como os garotos de antes (menos o guitarrista Glen Buxton, que faleceu em 1997). E para fechar e coroar o disco, versões ao vivo do hino “No More Mr. Nice Guy”, “Under My Wheel”, “Billion Dollar Babies”, “Feed My Frankenstein”, “Only Women Bleed”, e “School’s Out”, todas gravadas em um show em Columbia, mostrando que a energia de Alice parece não ter fim.

Torno a dizer: mesmo não sendo o melhor disco de ALICE COOPER, “Paranormal” é um disco e tanto, e melhor que muitos sobrinhos da Titia que andam perdidos por aí ou insistem em se prender ao passado.


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