2017
Nacional
Tracklist:
1. Baphomet
2. The
Devil’s Son
3.
Swinefever - Regent of Pigs
4. Apophis
- Black Dragon
5.
Totenkult - Exegesis of Deterioration
6.
Totenbeschwörer
7. Spell of
Reflection
8.
Embracing a Star
9.
Totenritual
Banda:
Helmuth Lehner -
Vocais, guitarras
Serpenth - Baixo
Bloodhammer - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://www.belphegor.at/
Facebook: https://www.facebook.com/belphegor
Twitter: http://twitter.com/_Belphegor
Instagram: https://www.instagram.com/belphegor_official
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Algumas bandas, mesmo sem se tornarem lideranças dentro de
seus respectivos estilos, são tão criativas e possuem uma legião fiel de fãs
que ganham o notório status de “cult”. Um dos mais recentes é o grupo austríaco
BELPHEGOR, conhecido pela energia de
sua música crua, mas de bom gosto. E após o bem sucedido “Conjuring the Dead”, é a vez do trio destruir pescoços com “Totenritual”, seu mais recente disco,
lançado no Brasil pela dobradinha Shinigami
Records e Nuclear Blast Brasil.
O estilo do grupo é o mesmo, aquele Death/Black Metal
carregado e vibrante, cheio de energia e com boa noção técnica. Mas a banda
diminuiu o nível de extremismo musical, já que os tons instrumentais não estão
tão baixos e opressivos como em “Conjuring
the Dead”. Sim, eles deram um passo atrás em termos de sonoridade, mas
deram muitos passos adiante, já que a estética usada no álbum é extremamente
criativa, permitindo que algumas melodias surjam de forma espontânea no meio da
agressividade de suas canções. Mas a verdade seja dita: a banda está em um
nível de criatividade bem alto, mas mantendo a espontaneidade de sempre.
A combinação de um som brutal e intense com uma estética
mais limpa (que não deixa o grupo sem peso) é um dos pontos mais fortes de “Totenritual”. Os trabalhos de Jason Suecof na mixagem e de Mark Lewis na masterização permitiram que a música do grupo continuasse
com suas características mais primordiais, mas que fosse mais inteligível. E
justamente os timbres instrumentais não tão extremos como antes ajudaram muito
nesse sentido.
Na capa, com uma arte obscura e sinistra, vemos o sentimento
caótico da música da banda exposto de forma gráfica. Mais uma vez, o trabalho
de Seth Siro Anton é ótimo, e soma
pontos.
Tecnicamente, se percebe que o BELPHEGOR se aprimorou, e que está mais solto e espontâneo. Fruto
de muito trabalho e de turnês incessantes, o que lapidou o trabalho do grupo, e
novamente, afirmamos que “Totenritual”
é o ápice do talento da banda até os dias de hoje, seu melhor trabalho.
Juntando uma qualidade sonora bem feita como talento musical
deles, fica claro que as 9 canções do álbum são todas excelentes. Mas por mera
referência ao leitor, destacam-se a força técnica e o peso da base rítmica de “Baphomet” (a ambientação agressiva e
sinistra, mostrando uma criatividade que antes era mais subjetiva), a
velocidade e riffs azedos de “The
Devil’s Son” (as guitarras estão excelentes, destroçando os tímpanos dos
menos acostumados), a técnica esmagadora de crânios mostrada em “Swinefever - Regent of Pigs”, a mezzo
veloz e mezzo cadenciada “Totenkult -
Exegesis of Deterioration” (uma mostra de como os vocais urrados da banda
podem ser versáteis), a condução perfeita de tempos feita pelo baixo e a
bateria em “Spell of Reflection”, os
cantos Gregorianos em formatação Death Metal que são ouvidos na ótima “Embracing a Star”, e a velocidade
amassa-crânios de “Totenritual”. Mas
é necessário frizar mais uma vez: todas as canções são ótimas.
Mesmo que nunca seja reconhecido como merece, o BELPHEGOR é uma das forças-motrizes do
Death/Black Metal atual. Ouçam “Totenritual” e comprovem por si mesmos!
Nota: 9,4/10,0
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