terça-feira, 19 de dezembro de 2017

BELPHEGOR - Totenritual


Full Length 
2017
Nacional


Tracklist:

1. Baphomet
2. The Devil’s Son
3. Swinefever - Regent of Pigs
4. Apophis - Black Dragon
5. Totenkult - Exegesis of Deterioration
6. Totenbeschwörer
7. Spell of Reflection
8. Embracing a Star
9. Totenritual


Banda:


Helmuth Lehner - Vocais, guitarras
Serpenth - Baixo
Bloodhammer - Bateria


Contatos:

Bandcamp:
Assessoria:

E-mail:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Algumas bandas, mesmo sem se tornarem lideranças dentro de seus respectivos estilos, são tão criativas e possuem uma legião fiel de fãs que ganham o notório status de “cult”. Um dos mais recentes é o grupo austríaco BELPHEGOR, conhecido pela energia de sua música crua, mas de bom gosto. E após o bem sucedido “Conjuring the Dead”, é a vez do trio destruir pescoços com “Totenritual”, seu mais recente disco, lançado no Brasil pela dobradinha Shinigami Records e Nuclear Blast Brasil.

O estilo do grupo é o mesmo, aquele Death/Black Metal carregado e vibrante, cheio de energia e com boa noção técnica. Mas a banda diminuiu o nível de extremismo musical, já que os tons instrumentais não estão tão baixos e opressivos como em “Conjuring the Dead”. Sim, eles deram um passo atrás em termos de sonoridade, mas deram muitos passos adiante, já que a estética usada no álbum é extremamente criativa, permitindo que algumas melodias surjam de forma espontânea no meio da agressividade de suas canções. Mas a verdade seja dita: a banda está em um nível de criatividade bem alto, mas mantendo a espontaneidade de sempre.

A combinação de um som brutal e intense com uma estética mais limpa (que não deixa o grupo sem peso) é um dos pontos mais fortes de “Totenritual”. Os trabalhos de Jason Suecof na mixagem e de Mark Lewis na masterização permitiram que a música do grupo continuasse com suas características mais primordiais, mas que fosse mais inteligível. E justamente os timbres instrumentais não tão extremos como antes ajudaram muito nesse sentido.

Na capa, com uma arte obscura e sinistra, vemos o sentimento caótico da música da banda exposto de forma gráfica. Mais uma vez, o trabalho de Seth Siro Anton é ótimo, e soma pontos.

Tecnicamente, se percebe que o BELPHEGOR se aprimorou, e que está mais solto e espontâneo. Fruto de muito trabalho e de turnês incessantes, o que lapidou o trabalho do grupo, e novamente, afirmamos que “Totenritual” é o ápice do talento da banda até os dias de hoje, seu melhor trabalho.

Juntando uma qualidade sonora bem feita como talento musical deles, fica claro que as 9 canções do álbum são todas excelentes. Mas por mera referência ao leitor, destacam-se a força técnica e o peso da base rítmica de “Baphomet” (a ambientação agressiva e sinistra, mostrando uma criatividade que antes era mais subjetiva), a velocidade e riffs azedos de “The Devil’s Son” (as guitarras estão excelentes, destroçando os tímpanos dos menos acostumados), a técnica esmagadora de crânios mostrada em “Swinefever - Regent of Pigs”, a mezzo veloz e mezzo cadenciada “Totenkult - Exegesis of Deterioration” (uma mostra de como os vocais urrados da banda podem ser versáteis), a condução perfeita de tempos feita pelo baixo e a bateria em “Spell of Reflection”, os cantos Gregorianos em formatação Death Metal que são ouvidos na ótima “Embracing a Star”, e a velocidade amassa-crânios de “Totenritual”. Mas é necessário frizar mais uma vez: todas as canções são ótimas.

Mesmo que nunca seja reconhecido como merece, o BELPHEGOR é uma das forças-motrizes do Death/Black Metal atual. Ouçam “Totenritual” e comprovem por si mesmos!

Nota: 9,4/10,0
  

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