Ano: 2017
Selo: Independente
Nacional
Nota: 9,6/10,0
Tracklist:
1. And
2.
Suffocating Me
3. Let It
Die
4. World in
Grey
5. All
Masks Fall
6. Become
7. Lost
8. End of
Integrity
9. My
Darkest Days
10. Demonized
11. End
Banda:
Michel Marcos - Vocais
Raphael Dantas - Vocais, teclados
Rogério Oliveira - Guitarras, teclados
Felipe Gabriel - Baixo
Raphael
Jorge - Bateria
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/xempireofficial
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Bandcamp:
Assessoria: http://www.metalmedia.com.br/xempire/
E-mail: contactxempire@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Hoje em dia, fazer discos de Metal se tornou algo bem mais
fácil e acessível do que há 20-30 anos no passado. E isso causa um dilúvio de
discos no mercado, alguns muito bons, outros nem tanto, e outros que
preferiríamos “desouvir”, tamanho o trauma que causam aos ouvidos. Mas ao mesmo
tempo em que a tecnologia de gravação barateou e evoluiu, algumas bandas ótimas
conseguem fazer trabalhos de primeira, sabendo usar das tecnologias em seu
favor. E nisso, o X-EMPIRE, de São
Paulo, é um mestre. Após a estréia em alto nível com o EP “End of Times” de 2014, eis que eles voltam com seu primeiro “full-length”,
“Grief”.
Não há muita diferença estilística entre “End of Times” e “Grief”. Ainda temos o bom e velho Metal tradicional com uma
sonoridade moderna, agressiva e pesada, com melodias de fácil assimilação, e mesmo
algumas partes mais extremas (sim, há vocais guturais por todo o disco). Mas
uma diferença surge para os ouvidos mais atentos: agora, o trabalho da banda
está preenchido por uma boa dose de melancolia, um feeling introspectivo que
transpira de suas melodias, algo como se a raiva dos momentos agressivos
transpirasse em momentos de dor e tristeza nas partes mais melodiosas.
Traduzindo: “Grief”
é um ótimo disco, desafiador e diferente.
“Grief” foi
gravado nos Flight Studios (que
pertence a Rogério Oliveira) e no M&H
Studio (este de propriedade de Michel
Marcos), com a mixagem e masterização do próprio Rogério (guitarrista do grupo) feitas no primeiro. E a sonoridade
obtida consegue ser híbrida e balanceada entre a agressividade latente do grupo
e a força de suas melodias modernas, mas sempre muito clara, além do uso de
timbres instrumentais bem selecionados. Ou seja, ficou de primeira!
Já a arte de Marcus
Lorenzet (da ArtSpell Artwork)
ficou ótima, representando muito bem o conteúdo musical e lírico do grupo,
usando tons de preto, branco, cinza e azul, em algo diferente do usual.
O amadurecimento do X-EMPIRE
ficou bem evidenciado, pois em tudo ele soa mais evoluído e equilibrado, mais
bem definido e com os arranjos musicais mais seguros. No fundo, a banda deu uma
polida, uma pequena simplificada em suas canções, o que torna o trabalho
acessível aos ouvintes. Mas isso tudo somado torna “Grief” um disco viciante.
O disco tem 9 ótimas canções, já que “And” e “End” são
pequenas instrumentais em teclados para a aclimatação do ouvinte. Mas a brutal
e melancólica “Suffocating Me” (que
apresenta boas mudanças rítmicas, partes progressivas, refrão marcante, além de
uma saraivada de ótimos riffs e duetos vocais muito bons), a intensa e
envolvente “Let It Die” (que possui
participação especial de Chris Clancy),
a modernosa e cativante “All Masks Fall”
e sua dose de Groove intenso (outra vez, ótimos riffs e um refrão de primeira),
a força melodiosa e de arranjos mais simples de “Become”, o peso cavalar intenso de “End of Integrity” (baixo e bateria mandando ver em uma base
rítmica de peso e com boa técnica), e a soturna e intensa “Demonized” (com melodias mais subjetivas e boas passagens de
teclados) são os melhores momentos.
No mais, “Grief”
é um disco marcante, de primeira e serve para mostrar que as tendências mais
modernas do Metal possuem representantes relevantes por aqui.
O X-EMPIRE é
mesmo genial.
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