Ano: 2017
Selo: Independente
Importado
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. The
Slavic Covenant
2. Akelarre
3. Wild!
(2017)
4. Fear A’
Bhata
5. Take On
Me
Banda:
Lander Lourido - Vocais limpos, guitarras
Asier Fernandez - Guitarras
Jon Koldo Tera “Jonkol” - Teclados, vocais agressivos e
limpos
Mikel Llona - Baixo
Asier Amo “Amo” - Bateria
Convidados:
Javi Crosas - Vocais em “The Slavic Covenant”
Narot Santos - Vocais em “Wild! (2017)”
Urtzi Iza - Guitarra solo em “Take on Me”
Javi Rubio -
Violinos
Contatos:
Site Oficial: http://www.warbanner.eu/incursed/
Twitter: https://twitter.com/IncursedBand
Instagram:
Bandcamp: http://incursed.bandcamp.com/
Assessoria:
E-mail: incursed@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Sabem aquela banda que mesmo em Singles ou EPs são
arrasadoras, tamanha energia, bom gosto e coração que colocam de si na própria
música?
Pois é, o quinteto espanhol de Pagan/Viking Metal INCURSED, de Bilbao (Espanha), é dessas
bandas, e o EP “The Slavic Covenant”
chega para provar isso.
Se na época de “Morituri”
e “Fimbulwinter” o quinteto soava
mais cru e agressivo, em “Elderslied”
começaram a transitar para uma sonoridade que equilibra a agressividade e os
aspectos Pagan/Viking, em que no EP se mostra ainda bem agressivo e bruto,
nunca negando seu lado musical que transita entre o Death Metal e Black Metal
(especialmente pelos vocais mais guturais), mas cheio de belas harmonias das
guitarras e melodias atmosféricas que surgem dos teclados, fora alguns toques
de violinos aqui e ali. E meus caros, a energia que flui das composições é algo
por demais envolvente, fora o grupo estar mostrando cada vez mais
personalidade, com um trabalho técnico mais esmerado e belas linhas melódicas
(especialmente nos solos). Além do mais, este EP nos apresenta o novo guitarrista/vocalista do grupo, Lander Lourido, bem como o novo baixista, Mikel Llona, que se mostram ótimas aquisições para o grupo.
Pedro J. Monge é
quem gravou, mixou e masterizou “The
Slavic Covenant”, com tudo feito nos Chromaticity
Studios. Percebe-se que o quinteto optou por uma sonoridade que apresenta
uma boa dose de crueza e agressividade, para manter sua identidade, mas sem que
a clareza seja afetada. Os instrumentos estão bem audíveis, com timbres mais
secos e orgânicos. E a capa nos mostra toda aquela aura Pagã que o grupo sempre
ostentou.
Em “The Slavic
Covenant”, o INCURSED mostra-se
mais variado musicalmente, onde as influências musicais que antes eram mais subjetivas,
agora estão ficando mais e mais evidentes, aglutinando valor ao trabalho do
grupo. Muitos solos e duetos de guitarras, maior equilíbrio de vocais urrados e
limpos, os teclados estão encaixados com maestria, a base rítmica do grupo se
mostra mais diversificada que antes, além de maior presença de corais e mesmo
partes de violinos. E isso sem mencionar no toque de classe dado por Javi Crosas, do ex-vocalista Narot Santos, Urtzi Iza e de Javi Rubio.
Em “The Slavic
Covenant”, temos uma canção que mixa influências de Pagan/Folk com melodias
alegres vindas das guitarras, com um jeitão meio FINNTROLL, mas bem diversificada em termos de arranjos, ótimos
vocais limpos e grandes corais (fora um refrão bem marcante). Em “Akelarre”, a banda dá uma cadenciada
no som, nos permitindo a percepção de como baixo e bateria estão bem no disco,
com partes cantadas em timbres limpos fantásticos (fora outro refrão intenso e
que nos envolve totalmente). Já “Wild!
(2017)” é um “remake” de uma das melhores canções do primeiro disco da
banda, “Morituri”, mostrando a mesma
agressividade de antes (inclusive pelos vocais urrados de Narot), mas agora com mais enfoque no lado melódico (graças aos
belos duetos nas guitarras) e maior prevalência dos corais. Em “Fear A’ Bhata”, mais uma vez o ritmo
fica mais cadenciado, com um trabalho técnico precioso de baixo e bateria, boa
aclimatação feita pelos teclados, e mais uma vez, os vocais limpos dominam a
canção como um todo. Fechando uma versão Pagan Metal para o velho hit pop “Take On Me”, do grupo norueguês A-HA, que ganhou muita agressividade
por conta das guitarras, os teclados fazem um fundo perfeito nas partes
cantadas, os vocais mais agressivos mostram duetos com os limpos no refrão, e
embora a estrutura inicial não tenha sido alterada, o quinteto impõe seu
próprio jeito de fazer as coisas e reescreveu muitas passagens (inclusive com a
presença de solos de guitarras).
O INCURSED merece
maior destaque, e “The Slavic Covenant”
mostra isso claramente. E em breve, a banda lançará seu quarto álbum, “Amalur”.
Disparado um dos melhores EPs de 2017!
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