segunda-feira, 18 de setembro de 2017

INCURSED - The Slavic Covenant (EP)


Ano: 2017
Selo: Independente
Importado

Nota: 10,0/10,0

Tracklist:

1. The Slavic Covenant
2. Akelarre
3. Wild! (2017)
4. Fear A’ Bhata
5. Take On Me


Banda:



Lander Lourido - Vocais limpos, guitarras
Asier Fernandez - Guitarras
Jon Koldo Tera “Jonkol” - Teclados, vocais agressivos e limpos
Mikel Llona - Baixo
Asier Amo “Amo” - Bateria

Convidados:

Javi Crosas - Vocais em “The Slavic Covenant”
Narot Santos - Vocais em “Wild! (2017)”
Urtzi Iza - Guitarra solo em “Take on Me”
Javi Rubio - Violinos


Contatos:

Instagram:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Sabem aquela banda que mesmo em Singles ou EPs são arrasadoras, tamanha energia, bom gosto e coração que colocam de si na própria música?

Pois é, o quinteto espanhol de Pagan/Viking Metal INCURSED, de Bilbao (Espanha), é dessas bandas, e o EP “The Slavic Covenant” chega para provar isso.

Se na época de “Morituri” e “Fimbulwinter” o quinteto soava mais cru e agressivo, em “Elderslied” começaram a transitar para uma sonoridade que equilibra a agressividade e os aspectos Pagan/Viking, em que no EP se mostra ainda bem agressivo e bruto, nunca negando seu lado musical que transita entre o Death Metal e Black Metal (especialmente pelos vocais mais guturais), mas cheio de belas harmonias das guitarras e melodias atmosféricas que surgem dos teclados, fora alguns toques de violinos aqui e ali. E meus caros, a energia que flui das composições é algo por demais envolvente, fora o grupo estar mostrando cada vez mais personalidade, com um trabalho técnico mais esmerado e belas linhas melódicas (especialmente nos solos). Além do mais, este EP nos apresenta o novo guitarrista/vocalista do grupo, Lander Lourido, bem como o novo baixista, Mikel Llona, que se mostram ótimas aquisições para o grupo.

Pedro J. Monge é quem gravou, mixou e masterizou “The Slavic Covenant”, com tudo feito nos Chromaticity Studios. Percebe-se que o quinteto optou por uma sonoridade que apresenta uma boa dose de crueza e agressividade, para manter sua identidade, mas sem que a clareza seja afetada. Os instrumentos estão bem audíveis, com timbres mais secos e orgânicos. E a capa nos mostra toda aquela aura Pagã que o grupo sempre ostentou.

Em “The Slavic Covenant”, o INCURSED mostra-se mais variado musicalmente, onde as influências musicais que antes eram mais subjetivas, agora estão ficando mais e mais evidentes, aglutinando valor ao trabalho do grupo. Muitos solos e duetos de guitarras, maior equilíbrio de vocais urrados e limpos, os teclados estão encaixados com maestria, a base rítmica do grupo se mostra mais diversificada que antes, além de maior presença de corais e mesmo partes de violinos. E isso sem mencionar no toque de classe dado por Javi Crosas, do ex-vocalista Narot Santos, Urtzi Iza e de Javi Rubio.

Em “The Slavic Covenant”, temos uma canção que mixa influências de Pagan/Folk com melodias alegres vindas das guitarras, com um jeitão meio FINNTROLL, mas bem diversificada em termos de arranjos, ótimos vocais limpos e grandes corais (fora um refrão bem marcante). Em “Akelarre”, a banda dá uma cadenciada no som, nos permitindo a percepção de como baixo e bateria estão bem no disco, com partes cantadas em timbres limpos fantásticos (fora outro refrão intenso e que nos envolve totalmente). Já “Wild! (2017)” é um “remake” de uma das melhores canções do primeiro disco da banda, “Morituri”, mostrando a mesma agressividade de antes (inclusive pelos vocais urrados de Narot), mas agora com mais enfoque no lado melódico (graças aos belos duetos nas guitarras) e maior prevalência dos corais. Em “Fear A’ Bhata”, mais uma vez o ritmo fica mais cadenciado, com um trabalho técnico precioso de baixo e bateria, boa aclimatação feita pelos teclados, e mais uma vez, os vocais limpos dominam a canção como um todo. Fechando uma versão Pagan Metal para o velho hit pop “Take On Me”, do grupo norueguês A-HA, que ganhou muita agressividade por conta das guitarras, os teclados fazem um fundo perfeito nas partes cantadas, os vocais mais agressivos mostram duetos com os limpos no refrão, e embora a estrutura inicial não tenha sido alterada, o quinteto impõe seu próprio jeito de fazer as coisas e reescreveu muitas passagens (inclusive com a presença de solos de guitarras).

O INCURSED merece maior destaque, e “The Slavic Covenant” mostra isso claramente. E em breve, a banda lançará seu quarto álbum, “Amalur”.

Disparado um dos melhores EPs de 2017!





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